Chloe Mansfield.

Chloe 24.

— Emily Valasquez. —

Eu me virei e me apressei para o abraçar. Os meus olhos se encheram de lágrimas, tive tantas saudades disso.

“Eu sei, eu sei que não devia ter voltado, eu sei que te pedi para me deixares em paz mas eu não consigo. Eu não consigo deixar de pensar em ti e de lembrar de como eu te amava e depois do que aconteceu hoje eu tive certeza, Erick eu te amo. Eu te amo, eu te amo e perdoo tudo que fizeste desde que voltemos a estar juntos, por favor. Eu sei que fui uma boba mas eu estava magoada tu não deves parar de tentar porque estou magoada!” Falei tão rápido e concentrada nas palavras que nem percebi quando entrei.

“Emily. Por quê que estás assim vestida e como é que sabes onde moro?” Eu o observei meio incomodado, de toalha na cintura e o cabelo molhado. Olhei em volta, roupas espalhadas pela sala. Eu dei um passo atrás quando ele deu um a frente.

“O... O Noah...” Eu olhei para ele. Ele praguejou baixo. Uma calcinha estava pendurada no canto do sofá com um fio que enforcou a minha esperança de voltarmos a estar juntos.

“Pãozinho porquê a demora? A água está... Oh, olá Emily.” Observei a menina seminua e molhada a minha frente.

“Emily isso não foi nada, é sério, eu estava frustrado e ela estava aqui... Tu não tens estado aqui...” Eu me controlei para não chorar. Ele tentou se aproximar e me tocar. Eu fechei os olhos e dei mais um passo atrás.

“Ela?” Uma lágrima caiu de meu olhos. “Depois de tudo...”

“Emily, vamos conversar.” Ele se aproximou.

“Isso foi um erro...” Sussurrei para mim mesma. Me dirigi a porta que estava entre-aberta e saí. Entrei no carro. “Droga, droga, droga, drogaaa!” Relutei com o volante. Respirei fundo e liguei o carro. Dirigi até a geladaria.

Mais uma vez fui feira de idiota. Só que dessa vez por mim mesma. Por que raio fui eu pensar que ele continuaria a minha espera? Afinal eu sou apenas a criança imatura e ele o gostosão que toda mulher adulta quer.

“Emily. Que bom ter a tua visita, como vai a universidade?” Jackson disse animado, eu podia dizer que ele é a pessoa mais animada dessa cidade.

“Quero dois milkshakes extra grande.” Me sentei no balcão. Ele me observou por alguns segundos e depois segurou a minha mão.

“Lora, podes substituir?” Ele olhou para a tal Lora. “Vem.” Ele me puxou até um quarto. Cabiam facilmente três camas de casal e sobrava espaço. “O que foi?” Ele me fez sentar na cama.

“O Erick foi.” Revirei os olhos e baixei a cabeça.

“Eu não sei muito sobre a tua história com ele mas dá forma que vocês falavam não era muito boa.” Ele fechou a porta.

“Eu fui idiota.” Permaneci com a cabeça baixa.

“Porquê?” Senti a cama afundar atrás de mim. Ele deitou.

“Eu voltei de NewCastle para me desculpar e tentar concertar as coisas mas ele já seguiu em frente. E seguiu com a Jay.”

“A Jay? Caramba.”

“Me diz que não sou eu a idiota.” Praticamente supliquei.

“Não és tu a idiota.” Ele disse sem muita importância.

“Só que não é fácil sabes. Eu já tentei mas dói...”

“Eu sei...”

“Dói apagar aquelas mensagens que já foram o motivo do meu sorriso. Dói, apagar as fotos, tentar não ligar. Ver ele sorrir com outra pessoa que não eu dói. Eu sei que é egoísta mas mágoa. Esperar um desculpa volta pra mim e receber o vazio. Não é fácil esquecer a pessoa que uma vez disse que ficaríamos juntos pra sempre.” Quando dei por mim estava a chorar que nem bebê. Ele não me abraçou, nem falou nada. Permaneceu deitado eu continuei a lamentar com lágrimas e ele em silêncio. “Por quê que estás tão calado?” Limpei às lágrimas do rosto. “Pareço uma sem noção, não é?”