Chloe 11.

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— Chloe Valens. —

Estava sentada porém cansada de estar presa no quarto. Estou de castigo até ir para a universidade. Apesar de faltar menos de uma semana a mamãe deixou bem claro que não me quer ver fora do quarto já que Erick fez queixas. Idiota e mimado. Pelo menos ele não sabe da parte que droguei ela.

“Chloe!” Ouvi dona Miranda me chamar da parte de baixo.

“Não posso sair do quarto!” Gritei.

“Anda antes que eu mude de ideias.” Falou. Eu revirei os olhos. Levantei da cama e desci.

“Sim.” Disse aborrecida.

“Vamos sair.” Meu pai disse.

“Estou de castigo.” Falei.

“Por hoje não. Vista um casaco. Vamos.” Não fiz muita questão. Vesti um casaco e subi na parte de trás do seu carro.

“Quem vai a conduzir?” Perguntei.

“Ofélio.” Ele disse. Eu bati no vidro que separava os lados e ele baixou.

“Boa noite senhor Ofélio.” Eu disse sorridente. Ele correspondeu com um sorriso e depois voltou a subir o vidro. “Para onde vamos?” Perguntei ao papai.

“Vamos dar uma volta pela cidade e depois talvez tomar sorvete.” Ele disse.

“Eu já não sou criancinha papai, esse sorvete no final já não me convence.” Eu disse. Ele sorriu.

“Pois então, daremos apenas uma volta pela cidade.” Eu relutei com os meus pensamentos.

“Mas eu não disse que não queria o sorvete.” Falei. “Eu quero.” Ele apenas concordou e se seguiu um silêncio constrangedor enorme. Eu me inclinei à janela e observei algumas pessoas a passar, carros e alguns hotéis.

Não podia deixar de achar estranho o facto dele ficar dias sem dar notícias e do nada resolve me levar para qualquer sítio e normalizar tudo.

“Está tudo bem?” Ele me tirou de meus pensamentos. Eu olhei para ele e mostrei um sorriso.

“Sim.” Disse calma.

“Fiz alguma coisa errada? Por quê que estás tão desconfortável?” Ele disse.

“Não estou desconfortável.” Menti. “Só achei estranho. O senhor nunca mais esteve presente e de repente me chama para sair.” Eu sorri.

“Estava a resolver problemas da empresa, quantas vezes tenho que repetir?!”

“Apartir de agora nenhuma.” Eu olhei para frente.

“Bom.”

“E esses assuntos da empresa levam o dia todo, todos os dias?" perguntei. Ele apenas olhou para mim. “É uma simples pergunta.”

“O importante é que já estão resolvidos e em breve poderei passar mais tempo com vocês.” Eu concordei.  O silêncio voltou a se instalar.

“Qual é mesmo o trabalho do papai é que eu não me lembro da última vez que o papai disse.” Ele lançou um olhar que me fez arrepiar. “Digo, para tanto mistério deve ser alguma coisa tipo CIA. É isso?” Perguntei. Só podia ser isso ou alguma coisa que envolva o tráfico. Ele não respondeu. “Eu juro que não conto a nin-

Chloe Mansfield.Onde histórias criam vida. Descubra agora