Chloe 15.

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— Erick Valens. —

Voltei para a empresa pela milésima vez mas dessa vez me dirigi ao escritório do meu pai. Comecei por revistar as gavetas. Tenho certeza que alguma coisa aqui fará algum sentido só não sei o que procuro.

“Senhor.” Olhei para Anna parada na porta. “Os novos investidores chegaram.”

“Achei que tivesse mandado cancelar tudo para hoje Anna.”

“Isso foi ontem senhor.”

“Cancela!”

“Mas... eles já estão na sala de reuniões...” Respirei fundo. Levantei. Organizei a minha roupa e me dirigi calmamente a sala de reuniões.

“Bom dia senhores.” Me sentei na cadeira principal.

“Vocês Valens são mesmo difíceis de encontrar.” Ele fez piada, eu sorri. Já quase todos sabem do desaparecimento da Chloe. “Principalmente o Richard.” Ele disse. Praticamente ninguém sabe que Richard está em coma. Se isso acontecer muitos não terão medo de nós atacar.

“É porque normalmente não temos tempo para ouvir piadas porém o circo insiste em vir até nõs.” Eles me olharam sérios. “Vamos ao que importa.”

“Vamos ser diretos. Trabalhamos para o Alonzo Martínez. Ele acordou com vontade de fazer parceria e vocês foram as bichinhas sortudas.” Eu olhei para o documento a minha frente. Bastante dinheiro só para entrada. Bons número de referência. Não havia nada que impedisse de assinar contrato,  não ser o facto dele ser instável.

“Eu não trabalho com Alonzo.” Fechei o documento. Eles ficaram com os olhos esbugalhados.

“10% para ele e o resto é vosso. É um bom investimento.” Disseram sem entender.

“Nós trabalhamos com armas e drogas. Não há melhor investimento que isso.” E nem disse sobre os A.P.C.¹

“Por trás disso?” Ele se referiu a empresa. “Isso parece uma empresa de advocacia.” Ele riu.

“Acham que estão aqui para fazer que tipo de contrato?” Franzi a sobrancelha. Eles não responderam. “Como eu já disse não temos tempo para circos.” Levantei da cadeira e coloquei às mãos no bolso. “Alonzo sabe como e com o que realmente trabalhamos. Diga-lhe que dissemos não.” Me dirigi a porta.

“Vocês podiam expandir até México!” Ele levantou do seu lugar.

“O que te garante que ainda não estamos lá?” Me virei para os olhar.

“Alonzo comanda o México!” Disse ele certo de si.

“Parece que tem uma parte que ele não consegue controlar.”

“Onde podemos encontrar o vosso produto?”

“Aqui? Em qualquer esquina e se fores bem influente até na esquadra policial. Mas isso é um segredo.” Eu pisquei o olho para eles. “Já no México... Bem... O Alonzo controla o México. Com certeza ele descobre.” Me virei para a porta e sai.

Voltei a escritório do papai. Olhei ao redor, com raiva comecei a partir tudo. Cheguei a parede e tirei o quadro da nossa família estava prestes a rasgar quando olhei para a parede. Uma espécie de mini porta. Notei pois a madeira estava mais reluzente que o resto da parede, o que mostrava ser novo. Abri e vi um cofre. Precisa de um código. Tentei o aniversário de casados, errado. A data de aniversário dele, Errado. Sem opções liguei para mamãe.

“Achei que fosse suposto descansar Erick.”

“Ainda nem é meio dia... Preciso de um possível código do papai. Alguma coisa que talvez ele tenha dito ou feito. Algo invulgar.”

Chloe Mansfield.Onde histórias criam vida. Descubra agora