CAPÍTULO 3

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Acordei com as costas doloridas por conta de ter dormido desajeitada no sofá

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Acordei com as costas doloridas por conta de ter dormido desajeitada no sofá. Minha cabeça martelava um pouco devido as inúmeras doses de tequila. Andei vagarosamente até o banheiro, onde me joguei no banho gelado enquanto recordava as últimas lembranças da noite louca. Minha vagina implorava por atenção, deslizei tocando-a levemente mas logo me obriguei a tirar. Eu ia curar essa falta de sexo, com um homem não com mãos.

Ao entrar no quarto para colocar uma roupa limpa, eu me deparo com uma Alice desmaiada babando no meu travesseiro. Ri baixinho enquanto vestia uma calça de pijama e uma regata. Na sala o meu celular começa a tocar e logo vejo o nome da minha mãe, reviro os olhos, dona Amélia não muda...

- Hum... Alô? - Falei com a voz arrastada

- Desculpa filha, eu não quis te acordar! Só liguei pra saber como você está...

- Está tudo bem mãe, só estou ansiosa para começar a trabalhar porque vai ser maravilhoso pra mim. Soube que a Fontes tem ligações com empresas espalhadas por todo o mundo! Imagina se eu sou indicada pela empresa?

- Vai dar tudo certo minha linda, você sempre foi muito dedicada. Como foi a festa ontem? -Meu coração disparou freneticamente com aquela pergunta lembrando do delicioso desconhecido.

- Foi muito divertido, chegamos tarde ontem.

- Já pesquisou algum móvel pra comprar?

- Alice me presenteou mobilhando toda a casa.

- Essa menina não existe, é um verdadeiro anjo.

-É, eu sei.

- Tenho que desligar porque o dever me chama! Tchau princesa, amo você.

-Também amo a senhora.

Sempre ao falar com minha mãe eu me sentia melhor e imagino que se meu pai estivesse vivo, seria assim como minha mãe. Eu sempre fui sua princesinha mas seu Luís me ensinou a ser uma mulher forte, batalhar pelos meus objetivos sem me aproveitar da minha beleza e principalmente, me ensinou a não esconder quem sou, uma mulher e negra com orgulho de sua cor e raízes. Sem que eu controlasse lágrimas saltaram dos meus olhos, lembrar dele me dava um aperto no peito por não ter estado perto na hora de sua partida.

Eu tinha acabado de me mudar para Santa Catarina para fazer a faculdade de administração mas não queria ir porque ele estava muito debilitado por causa do câncer no pulmão, mas ele não aceitou que eu desistisse do meu sonho. E então depois de uma semana que eu havia me mudado minha mãe ligou chorando e nem precisava perguntar porque. Meu grande exemplo de guerreiro havia nos deixado. Me encolhi no sofá e pisquei para afastar as lágrimas.

-Lembrou do seu pai não é? -Virei meu rosto para fitar Alice encostada na porta do quarto.

-Sim... Como você sempre acerta?

- Seu olhar fica distante quando pensa nele.

- Às vezes eu imagino o que ele ia achar de mim se ainda estivesse vivo, se ele teria orgulho de mim.

Perdoar (LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora