CAPÍTULO 16

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Thalia se prendeu em mim e em poucos segundos já estava adormecida em meu peito mas eu não tinha nem um pouco de sono por causa dos meus sentimentos confusos perante aquela mulher

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Thalia se prendeu em mim e em poucos segundos já estava adormecida em meu peito mas eu não tinha nem um pouco de sono por causa dos meus sentimentos confusos perante aquela mulher. O modo como se comportou desde o beijo no sofá até quando eu a estava possuindo me deixou encantado, o modo como se entregou a mim sem medos e reservas, o modo como me arrebatou na cama deixando-me louco como jamais mulher alguma havia me deixado antes, eu me senti um adolescente em suas mãos e logo eu que odiava fazer charminho depois do sexo, eu que só queria ir para casa e me fechar pro mundo me vi no meio do seu quarto apavorado com a possibilidade dela me pedir para ir embora. Eu odiava me sentir vulnerável mas era como eu estava naquele momento, estava preso em suas mãos. Ao que parece eu jamais irei me acostumar com a beleza dela, vê-la ali comigo adormecida e serena como nunca, me deu um aperto no peito pois era a criatura mais linda que já vi. Seus lábios entreabertos, expressão suave e um cheiro magnifico de rosas exalava do seu corpo.

Passei a acariciar o seu rosto suavemente com medo de acorda-la Thalia parecia tão frágil em meus braços que me dava uma vontade imensa de protege-la de qualquer dano, aninhei mais o seu corpo em mim como se estivesse protegendo-a. E pensar que ela iria embora causava-me um desconforto absurdo, tentando afastar estes pensamentos incômodos, recostei minha cabeça no travesseiro e depois de algum tempo consegui dormir.
*****
-E como eu vou saber que me apaixonei por alguém mãe?

Eu estava sentado no enorme tapete da sala rodeado de bonecos e carrinhos enquanto minha mãe estava sentada em um sofá lendo um livro. Ela usava mais um de seus vestidos caros e um pouco formais para ficar em casa, seus cabelos lisos e pretos estavam soltos e iam até o ombro, mamãe sempre deixava o cabelo desse tamanho, ordens do meu pai.

-Quando você olhar para ela e imagina-la sempre como uma jóia, algo que você tenha que proteger e tenha que cuidar com muito amor para não machuca-la,  quando você quer estar com ela sempre em todo momento, quando de alguma maneira você só imagina seu futuro ao lado dessa pessoa, então meu querido você saberá que esse alguém é o seu amor.

Mamãe estava distante, seus olhos estavam um pouco marejados e ela segurava um livro com força, corri até ela largando meu carrinho no chão e segurando suas longas pernas perguntei apoiando minha cabeça em seu colo:

-A senhora já amou mamãe?

Por um instante ela encarou meus olhos ainda marejados, sua boca formou uma linha rígida mas logo sua expressão se suavizou e dando afagos em meu cabelo sussurrou:

-Sim.

***
Acordei sobressaltado segurando-me no colchão. Fazia tempo que eu não sonhava com minha mãe e logo este sonho? Esfreguei meus olhos me localizando na cama de Thalia que estava vazia mas eu sentia um leve cheiro de café e de música, me levantei indo sorrateiramente até o banheiro fazer minhas higienes matinais. Quando saí e me direcionei até a cozinha estaquei quando vi a cena na minha frente. Thalia estava no fogão, de costas para mim e usando um justo vestido branco e curto que marcava a sua bunda redonda e deliciosa, era um pouco óbvio que ela não usava mais nada além disso, seus cabelos cheios estavam presos em um coque evidenciando a sua nuca maravilhosa, ela dava leves reboladinhas no ritmo da música, aquela mulher exalava sensualidade mesmo que sem querer.

Perdoar (LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora