CAPÍTULO 29

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Eu tive que tomar uma das decisões mais difíceis da minha vida

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Eu tive que tomar uma das decisões mais difíceis da minha vida. Iria quebrar Thalia, iria pedir Laura em casamento para garantir a segurança dela pois não podia arriscar a fúria do meu pai. Ele poderia matá-la ainda na festa, não podia enfrenta-lo naquele momento, não tinha rreforços nem.seguranças. Eu subestimei o meu pai, achei que podia ser mais esperto que ele e por isso não escutei meu cunhado que sugeriu que eu contratasse os serviços de uma companhia de segurança.

Mas eu tinha que garantir que minha pequena fosse embora dali e ficasse a salvo antes de enfrentar o meu pai. Eu odiava o meu passado, eu odiava o que eu fiz, eu tinha vergonha do meu passado mas no momento que meu pai saiu da sala a vergonha acabou. Thalia tinha se tornado meu mundo, meu tudo, preferia ficar sem um centavo e ter toda minha carreira destruída do que ficar sem ela. Preferia morrer do que ficar sendo subordinado por Alberto.

Ali eu entendi. A chantagem não iria acabar nunca, porque eu sempre fiz de tudo para manter aquela história por debaixo dos panos, porque eu tinha medo e esse era o maior trunfo de Alberto contra mim. Depois de lavar o meu rosto, de pedir desculpas ao amor da minha vida pela milésima vez em meus pensamentos eu fui até ao fundo do palco, com um olhar Alberto entendeu a minha decisão.

Eu fiz, eu pedi Laura em casamento. Com uma força sobre-humana eu não olhei na direção de Thalia porque sabia que podia desmoronar ali mesmo, sair correndo atrás dela, explicar que estava fazendo aquilo para mantê-la segura.

Mas no fim meu olhar me traiu. Eu a vi se levantando da cadeira, com as lágrimas rolando pelo seu rosto, mas também vi um homem grisalho se levantar tão assustado como ela e ali reconheci como Humberto, um dos advogados da empresa. Foi como juntar os pontos, tive certeza que era o pai de Thalia, ele correu para a saída, com certeza para ficar com ela e eu senti um pouco de paz ali no palco. Quando saímos do palco, fomos obrigados a tirar fotos, falar com a imprensa de fofocas, todos interessados na grande história de amor do mais novo casal.

Já era tarde quando os convidados foram embora, só sobrou Laura, meu pai e eu. Ele sorria parecendo maravilhado por ter destruído a minha vida. Bebia o champanhe parecendo comemorar. Eu ainda precisava manter o meu teatro pelo menos até eu sair do salão com a Laura.

-Estou orgulhoso de você filho. Fez o que foi melhor para empresa.

-Sim pai. –Respondi secamente. –Vamos embora Laura? –Eu meneei minha cabeça em direção a porta.

-Claro. –Ela piscou um olho e sorriu maliciosa.

-Adeus meus queridos. Mas não se esqueçam que neste fim de semana terá a festa de noivado –Meu pai disse levantando a taça em cumprimento.

Nem me preocupei em responde-lo. Estava furioso, mas fui obrigado a segurar a mão de Laura como um homem apaixonado. Seguimos até seu carro onde ela informou ao motorista que iria para o seu apartamento. Me mantive atento para ver o endereço, mandaria uma mensagem para Mari, para que eu pudesse executar meu plano. Ao chegarmos no prédio, saquei meu celular digitando uma mensagem rápida enquanto Laura estava na frente de mim no elevador.

Perdoar (LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora