CAPÍTULO 35

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Eu caminhava sozinha na areia quente e macia da praia da minha terra natal

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Eu caminhava sozinha na areia quente e macia da praia da minha terra natal. Só havia eu, o céu e o mar.

Por mais que eu amasse minha família, meu noivo e meus amigos, eu gostava de ter um tempo sozinha mesmo que fosse só para pensar na minha vida, traçar novos planos ou até mesmo para acalmar a minha mente louca e obsessiva que é comum no meu dia-a-dia mas agora estava com uma pitada extra de ansiedade com o meu casamento. Ainda não estava acreditando que iríamos mesmo nos casar, ainda precisava de um beliscão para ter certeza de que não estava sonhando.

-Pretinha...

Ouço uma voz que muito tempo havia sido silenciada. Era oficial, estava louca. Mas quando eu me viro para procurar aquela voz, eu sinto que iria desmaiar a qualquer momento.

Luís estava ali, vestido com uma bermuda branca e uma camisa branca com os primeiros botões abertos. Eu dou um riso alegre, de pura felicidade e corro para seus braços fortes. Ele era um grandalhão de exatamente 1,98 e muito forte. Ele me agarra e me suspende no ar me girando e rindo comigo.

-Que saudade papai.... –Eu digo descansando meu rosto em seu peito quente apesar de não ouvir as batidas do seu coração.

-Achou que ia casar sem minha benção? –Ele diz me pondo no chão e segurando minha mão enquanto caminhávamos pela praia molhando os nossos pés na água morna.

-Eu sinto sua falta, eu queria você me levando ao altar junto com o Humberto.. –Eu digo com a voz cautelosa, receosa de que ele sentisse ciúmes.

-Minha missão nessa terra foi cumprida minha pretinha. E eu não me arrependo de nada. Eu fiz porque amei sua mãe e amei você. Mas sei que a mãe está completa agora ao lado do seu pai, como tinha de ser.

-Papai... Eu sempre vou te amar, você sempre será meu pai, afinal me criou. Mas eu queria sua permissão para uma coisa que irei fazer. -Digo parando de andar e acaricio seu rosto, ele me olha sorridente como sempre. - Mas eu queria presentear o Humberto, colocando o sobrenome dele quando eu mudar meu nome de casada... –Eu digo mordendo o lábio nervosamente. –Não tirarei o seu, ficará enorme mas eu quero assim.

Eu olho em seus olhos e ele ri como sempre fez, uma risada escandalosa mas verdadeira.

-Você é um doce de menina... Durona por fora, mas melosa por dentro. –Ele diz dando um beijo na minha testa. –Se é por falta de permissão minha, fique tranquila. Mas será um nome enorme pretinha...

Eu rio alto enquanto sapateio na areia como criança.

-Thalia Pereira Silva Salvatori Fontes. Um puta nome legal. –Digo fazendo uma pose de modelo e ele aperta minhas bochechas como sempre fazia .

-Olhe a boca pretinha! Você tem que dar exemplo ao seu bebêzinho...  –Ele coloca a mão na minha barriga carinhosamente.

Eu sinto minha respiração falhar, o chão faltar e um choque atingir minhas entranhas. Eu estou grávida?

Perdoar (LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora