CAPÍTULO 30

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Depois do banho de espuma, eu penteio meus cabelos que estavam emaranhados e vesti um vestido floral rodado que Humberto tinha comprado para mim

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Depois do banho de espuma, eu penteio meus cabelos que estavam emaranhados e vesti um vestido floral rodado que Humberto tinha comprado para mim. Precisava reagir e precisava confrontar Humberto.

Descendo as escadas o cheiro de feijão invadiu minhas narinas, já estava na hora do almoço e Humberto já estava preparando a minha bandeja. Quando ele me viu ele estacou na hora. Uma sombra de sorriso brotou dos seus lábios por me ver ali. Ainda estava incerta de como agir naquela casa. Era grande, bonita mas era silenciosa demais, não parecia haver vida ali. Cheguei até a mesa vagarosamente, ele ainda me olhava parecendo tão nervoso quanto eu.

-Que bom que saiu do quarto... Hoje tem arroz, feijão fradinho, purê de batata e frango frito.

-Obrigada, parece bom.

-Espero que sim, ainda estou aprendendo.

Ele puxou a cadeira para que eu sentasse e colocou o prato e o copo com suco.

-Não tem empregada? –Pergunto curiosa, aquela casa era imensa.

-Não, só diarista que vem fazer a limpeza geral duas vezes na semana.

-Vive sozinho aqui? –Pergunto antes de colocar uma garfada na boca.

-Sim, sou só eu. –Ele diz com um sorriso triste e volta a comer.

Decido não perguntar mais nada até terminarmos de comer. Eu me concentrei em olhar para o prato e ouvir os sons das árvores e dos pássaros. A comida estava muito saborosa, o frango delicioso, ainda não acreditava que ele fizera tudo aquilo sozinho. Eram tantas coisas que eu não sabia por onde começar. Tantas dúvidas...

Ao terminar de almoçar eu recolhi meu prato e levei até a cozinha onde ele já estava se ocupando em lavar as panelas e o prato dele, eu via o quanto ele ficava nervoso quando eu estava por perto, como se eu fosse um fantasma e eu me sentia da mesma forma. Era estranho demais para nós dois.

-Pode deixar, eu termino de lavar.

-Por favor Thalia, não precisa.

-É o mínimo que posso fazer... Preciso me manter ocupada não é mesmo? –Eu sorrio de lado.

-Está com fome? Quer uma sobremesa ou uma fruta? Eu posso...

-Eu quero conversar Humberto. Preciso entender algumas coisas.

Ele estacou no meio da cozinha. Parecia meio perdido, assim como eu.

-Tudo bem, quando você terminar me encontre lá fora embaixo de uma árvore, você vai me ver logo, tem umas cadeiras e uma mesa de madeira.

-Tudo bem. –Eu digo em um sussurro.

A área do lado de fora da casa era magnífica. Havia muitas árvores, algumas frutíferas, outras com grandes copas, uma piscina olímpica e até um campo de golfe. Humberto já estava sentando na cadeira, com o olhar vagando pela propriedade gigante. Eu tinha o mesmo costume, gostava de olhar as paisagens, principalmente o mar, me fazia pensar, relaxar, me acalmar, eu sorri de lado quando cheguei perto dele e ele ainda estava distraído.

Perdoar (LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora