CAPÍTULO 18

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1 mês depois

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1 mês depois

Tenho a impressão de estar vivendo um paraíso. Nesse último mês tudo vem fluindo bem tanto na empresa, quanto com Thalia. Até mesmo Mari percebeu que meu humor havia mudado. Laura se mantinha distante pois eu fazia questão de manter os luxos dela mesmo que não fossem necessários já que ela tinha o pai babaca dela e sua pequena grife lhe rendia muito dinheiro. Para mim este era o pior sentimento: Culpa.

Tudo estava correndo tão bem que me falta coragem para dize-la a verdade sobre a chantagem do meu pai, sobre esse maldito casamento, sobre meu passado. Meu pai se mantém sempre muito atento a mim e principalmente a quem eu me relaciono, o silêncio dele me preocupa, nunca mais fez visitas desagradáveis ao meu apartamento mas eu sempre me mantenho alerta.

Já fazem mais de 8 anos que não me relaciono seriamente com ninguém. Primeiro porque nunca tive interesse algum em ter alguém do meu lado pois nunca ninguém me chamou tanta atenção e em segundo porquê estar comigo era de certa forma perigoso, não só pelo meu pai. Eu já destruí muitas vidas.

Me sinto protetor em relação a ela, jamais permitiria que alguém a machucasse. Eu vejo o seu olhar sempre sagaz quando a chamo para aprender novos procedimentos e isso me assusta quando ela souber da maldita chantagem. Thalia foi ganhando cada vez mais autonomia e espaço na empresa. Apesar de termos um tesão fora do comum, minha garota sabia separar as coisas.

Conforme o prometido, nunca transávamos no horário de trabalho, ela utilizava todo o tempo aprendendo tudo sobre como negociar, as estratégias, a aplicação de ações e ela até mesmo passou a tomar a frente do negócio com os Argentinos. Confesso que no fundo sentia ciúmes, como não ter? O velho González não fica tão animadinho quando eu resolvo tomar a frente de uma vídeo conferência, já Thalia..

Eram sempre os comentários ‘’muy hermosa Thalia’’, ‘’Talentosa, como siempre’’. As vezes era uma merda ela ser tão linda e competente.

Era sexy ver como ela se portava na hora de demonstrar os lucros, de tirar as dúvidas, de se impor perante aos sócios da empresa nas reuniões. Ela não se intimidava, não se acuava, trazia ideias inovadoras e trabalhava junto a equipe de Markenting.

Ninguém na empresa sabia do nosso envolvimento e nem sequer desconfiavam de nós e no momento eu preferia dessa forma e ela também. Hoje seria um dia especial para nós, os nossos sócios em Chicago solicitaram a minha presença para os balanços trimestrais, seria perfeito para Thalia ver a sua amiga, mas eu também trabalharia para convencê-la a ficar no Brasil assim que eu assumir a minha pequena fortuna.

Thalia entra na sala trajando um terninho feito sob medida com uma blusa de seda branca por baixo, seus cabelos estavam selvagens do jeito que eu amava, ela me entrega alguns contratos de um novo condomínio de luxo que a Fontes está construindo em São Paulo. Ela me dá um sorriso e se vira para a porta mas eu a corto.

Perdoar (LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora