Hunter e Cristine

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-Sua mãe deixava você ir para qualquer lugar?- Hunter perguntou. Ainda estavam no porão.

    -Eu não tenho mãe- Cristine respondeu, seca.

    -Ah eu sinto muito!-  Hunter disse, desajeitado. Ela parecia não querer conversa, mas ele sabia que se insistisse a garota se abriria.

    O porão era cheio de caixas, eles decidiram sentar um pouco. Cristine parecia cansada, mas estava disposta a achar algo interessante antes de sair de lá.

    -Na verdade não sente, quem não teve mãe, nem lar, nada- Cristine era ressentida, odiava falsidade, falsa pena, falsa compaixão. E então todos reclamavam da vida mas ninguém  sentiu tanto sofrimento quanto ela, é o que pensava.

    -Eu fui adotado, serve?- Ele tentou, sabia que não era o suficiente, porque na verdade teve mãe e um lar.

    -Eu tive que sobreviver sozinha, ninguém me adotou!- ela disse se alterando.

    -Permita-me dizer- Hunter disse- Eu até entendo porque não a adotaram- Ele havia pegado pesado, e sabia disso, mas estava tentando ser legal, engraçado.

    -Eu vou dizer por que não me adotavam: não queriam uma criança que fazia acontecer incêndios.- Aquilo era mais para assustar, mas não fugia muito da realidade.

    Hunter riu, é obvio que ela estava tentando assusta-lo.

    -Ah claro!- disse – E os meus pais só me adotaram porque eu tinha super- poderes!. – aquilo fez Cristine rir, missão cumprida, então continuaram na busca.

A aldeiaOnde histórias criam vida. Descubra agora