Perdoar. Perdoar

2 0 0
                                    

-Eu preciso te confessar uma coisa, Lola – Scott começou a dizer, o sol já estava se pondo e os dois andavam lado a lado esperando algo acontecer. A garota só acenou com a cabeça, então ele continuou dizendo:

    -Eu não sinto nada disso, na verdade lembro de uma sensação bastante confortável e feliz, eu provavelmente tenho uma vida ótimo lá fora, nunca passei fome, nenhum problema familiar que eu me lembre. Então me diga com sinceridade, Lo, nós seriamos amigos lá fora?

    -Eu não posso ter certeza, Scott – Ela diz, mas continua pensando – Eu não acho que a classe social da pessoa define suas amizades, mas talvez nós nunca nos conheceríamos por você frequentar lugares diferentes…

    -Sim, é que eu acho que todo mundo aqui se conhece lá fora de alguma forma, sabe? Por exemplo, a Cristine e o Jonh acabaram ficando novamente, logo as coisas parecem estar se repetindo de uma forma diferente, para que nós… - Ele não terminou a frase, não sabia se Cristine estava prestando atenção.

    -Perdoar – Ela disse – Cristine perdoa Jonh, Lua perdoa Melissa, Lyra…

    -Perdoa Lua… Mas e Hunter? Eu? Você?

    -Elisabeth, não se esqueça dela – Lola disse.

    -As vezes nem parece estar aqui, ela não fez nada até agora que indicasse alguma coisa, parece que ela esta somente observando…

    -Scott- A garota parou por um momento – Esta escurecendo, não é melhor pararmos?

    Ele olhou em volta, porque ela parecia estar com medo de alguma coisa

    -Você viu alguma coisa? – Ele pergunta

    -Sim – Lola olha no fundo dos seus olhos – Minha mãe, mas dessa vez era real, eu juro que  era real, ela estava ali naquela árvore- Ela apontou, para que o amigo visse do que estava falando

    -Tudo bem, eu acredito em você, a Elisabeth me disse que os mortos estavam entre nós.

    -Então a gente fica por aqui, espera essa sensação passar, porque eu não vou voltar sem ter alguma resposta.

    -Talvez o aparecimento da sua mãe queira dizer, que estamos mais perto do que imaginávamos da verdade.

Observando Lola sentar perto da árvore, abrindo a bolsa para comer alguma coisa, lembrou de tudo. E foi dolorido, muito dolorido.

Agora tudo fazia sentido. Perdoar. Perdoar.

A aldeiaOnde histórias criam vida. Descubra agora