Capítulo 2

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Dentro de um avião, há apenas algumas milhas dali, duas jovens sentadas lado a lado conversavam animadas.

-Como será no novo distrito? Será que seremos bem recebidas?

-Não sei dizer Liza, só espero que não tenha tantas invejosas como lá em Miami.

-É o que espero também e pelo que ouvi dizer esse distrito que iremos trabalhar tem mais homens que mulher.

-Tomara, apesar de não querer saber de homens por um bom tempo, prefiro trabalhar com eles.

-É, mas existem muitos machões por aí, aqueles que não confiam em uma mulher, principalmente dentro da polícia.

-Não teremos problemas já que continuaremos a ser parceiras.

-Tem razão. Não vejo a hora de chegar.

-Mas só nos apresentaremos amanhã.

-Mesmo assim, não vejo a hora de pousar em Nova York.

-Tá legal Liza, tá legal. Alias eu também estou bem cansada.

Lizandra Brandon Stewart, filha de um dos chefões do FBI, mas ela não revelava isso a ninguém, sua prima Sylvie também tinha seus segredos, Sylvie Stewart era filha de ninguém mais ninguém menos que o próprio comandante geral do exército. Para que não pensassem que elas tinham privilégios, escondiam suas identidades, afinal nem viam seus pais praticamente, a vida deles era tão corrida que nunca tiveram tempo para a família.

Sylvie, no entanto, sempre se perguntou o que levara sua mãe a se casar com seu pai, claro que ele era um homem bonito, atraente, mas se era para viver sozinha sempre o esperando, porque casar? Sylvie não acreditava mais no amor, havia sido terrivelmente enganada por Patrick seu namorado, ela o pegou na cama com outro homem, deu uma surra nos dois, mas mesmo assim, a dor desse tipo de rejeição era muito forte, isso e o fato de que todos no distrito onde trabalhava ficaram sabendo, tudo isso fez com que ela se decidisse ir embora, Lizandra, sua prima, como a boa amiga que sempre foi decidira que a acompanharia.

Já Liza era extremamente romântica, nunca namorara sério, mas acreditava que logo encontraria seu grande amor, por isso não se prendia a ninguém, não queria estar comprometida quando enfim o encontrasse, ela costumava dizer que quando isso acontecesse ela saberia na mesma hora, saberia reconhecer o homem de sua vida.

Chegaram em Nova York e foram direto para o hotel onde tinham reservas, teriam que procurar um apartamento, mas no momento queriam apenas descansar para se apresentar bem no novo emprego na manhã seguinte, vida de policial não era fácil, não era nada fácil.

~*~

Amanda e Christopher voltaram ao distrito e como ele ficou um tempo afastado, resolveu ir até o stand de tiro praticar um pouco. Chamou Amanda para acompanhá-lo, mas ela disse que não estava com muita vontade.

-Está com medo de perder Mandy? - ele a desafiou.

-Não, não tenho medo de nada, até porque não preciso provar nada a ninguém.

-Então, prove para mim.

-Você está falando sério?

-Sim, estou.

-É uma disputa?

-Sim, eu a desafio.

-E se eu ganhar, qual será o prêmio?

-O que quiser. - ele respondeu com uma pontada de malícia.

-E se você ganhar?

-O que eu quiser? - ele respondeu com uma pergunta, agora deixando evidente a malícia em sua voz.

Amor no DistritoOnde histórias criam vida. Descubra agora