CAPÍTULO XVI

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Elisabeth Morelli

Um lindo rosto adormecido virado para mim, afundado no travesseiro e com a metade dele coberto por um braço na frente. Essa foi a primeira coisa que os meus olhos viram quando eu acordei na  manhã seguinte. Soltei um riso anasalado, me lembrando de ter dito que o odiava noite passada e agora estar achando fofo ele dormindo.

Tirei um fio de cabelo da frente do seu olho esquerdo, o que fez ele se remexer um pouco na cama. Mesmo estando de camisa e com as cobertas cobrindo boa parte dos braços, pôde ver alguns desenhos tatuados. Era o que ele mais tinha espalhado por todo o corpo musculoso.

— (...) É sério sra. Morelli, não precisa. Eu vou de ônibus, sem problemas.

— Deixa disso, menina! De carro será mais depressa. Eu só vou falar pra Elisabeth tirar o carro do Thomas da frente pra você conseguir passar com o seu.

— Mas ela está dormindo...

— Vou acordá-la. É rapidinho.

Ouvi uma conversa da Erin com a minha mãe.

— Essa não!

Dei um pulo da cama e abri a porta devagar, ouvindo os passos da minha mãe ainda da escada. Passei correndo para o banheiro e fechei a porta, torcendo para ela não ter me visto saindo do quarto do Sebastiã.

— Elisabeth? Elisabeth?

Minha mãe entrou no meu quarto, não me encontrando.

— Ué...

Saiu e fechou a porta.

— Sebastiã querido, você viu a Elisabeth?

Encontrou com o mesmo no meio do corredor.

— Ela não está no quarto?

Coçou atrás da nuca, aparentemente confuso.

— Não.

Franziu a testa.

— Onde será que ela deve ter se metido?

— Vai ver já desceu pra tomar café.

— Que estranho! Eu acabei de vir lá debaixo e não a vi.

Desceu novamente as escadas. Já o Sebastiã seguiu em direção ao banheiro.

— Bom dia!

Pronunciou em um tom malicioso após me achar atrás da porta. Ele me olhou de cima a baixo e deu um sorrisinho.

— Acho que eu poderia... me acostumar a acordar toda manhã e te encontrar assim.

Puxou a pontinha do meu pijama.

— Larga!

Dei um tapinha nas costas de sua mão.

— Ela já foi?

— Por que está correndo da sua mãe?

Foi até a privada e levantou a tampa junto com o assento.

— Você não vai fazer isso, vai?

— O que, urinar? Claro que eu vou! Tô apertado. Mas pode continuar falando.

Bocejou, mexendo nas cordinhas da calça moletom e desapertando um pouco.

— Sebastiã, eu ainda estou aqui.

— Então sai!

— Você é muito indecente!

Abri a porta.

— Hija, onde você estava?

Perguntou assim que eu cheguei na cozinha.

— No banheiro. Por que? A senhora estava procurando por mim?

— É, pra tirar o carro do seu irmão da entrada. Está bloqueando a passagem. Ele saiu, foi de a pé mesmo. Sei que você não tem carteira, mas manobrar um carro você sabe, certo?

Foi aí que eu percebi quanto tempo não falava com a minha família. É claro que eu tinha carteira. Já tinha até um carro!

— Desculpa, eu não escutei. Vou resolver isso agora.

Peguei as chaves e fui lá pra fora.

Encontrei o Gabriel conversando com a Erin e o meu irmão Heron tirando o carro dele com certa dificuldade.

A minha melhor amiga com o meu namorado estavam tão próximos que chegava a ser estranho.

— Oi gente.

Me aproximei, arrastando os chinelos.

— Eai vadia!

Abriu um sorriso.

Aquela não era a primeira vez que a Erin me chamava de vadia e eu nunca havia ligado antes, só que as coisas agora eram diferentes depois que arrumei esse trabalho de stripper e sinceramente não queria que ela me chama-se de vadia nunca mais.

— Vim tirar o carro do Thomas pra você passar com o seu. Ou ainda vai querer ir com o Heron?

— Sério, eu não queria incomodar.

— Não, tá tudo bem.

Entrei dentro do carro.

Eu fiquei pensando, ontem todos os carros estavam em ordem e hoje não estão mais. Isso significa que alguém saiu no meio da noite.

— Prontinho!

Deixei o veículo, trancando-o.

— Valeu, Beth. Você vem, Gab?

— Pra onde?

Perguntei, sem entender absolutamente nada.

— A mãe da Erin anda meio mal ultimamente, ela vai lá ver como a pobrezinha está e ainda vai me deixar no mercadinho no meio do caminho. Tenho que comprar algumas coisas lá pra casa.

Gabriel me explicou.

— Okay. Se cuidem.

Tentei dar um beijo no Gabriel, mas ele virou o rosto, se esquivando.

— Ah não, amor. Você acabou de acordar. Deve estar com o maior bafo.

Arregalei os olhos, ouvindo a Erin rindo do cantinho.

— Gabriel!

O encarei indignada, com uma cara do tipo “tá brincando, né?”

— Foi mal, gata.

Me deu um beijo na bochecha antes de ir junto com a minha amiga.

— Bom dia, flor do dia.

Meu irmão veio até mim rodando as chaves em um dos dedos da mão.

— Bora tomar café da manhã?

Enlaçou o meu pescoço com um braço e juntos voltamos para dentro de casa.

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Oi gente eu sei que é sacanagem eu ter sumido dois dias

Mas a internet tá um cu de merda aqui

Provavelmente só semana que vem que ficará boa , então estou postando esse capítulo só pra vocês não ficarem no vácuo

Só não abandonem agora que preciso tanto da colaboração de vocês

Era isso

Gabriel é ou não é um filho da PUTANA?

Em ele é sim

Quem quer o livro do Bartolomeu?
Tô pensando em postar com o prólogo!

SEBASTIÃ-MÁFIA MONTANARI [Completo] [L1] 2018Onde histórias criam vida. Descubra agora