CAPÍTULO IX

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              Elisabeth Morelli

— Tchauzinho, Beth. Boa viagem!

— Valeu, Angelis. Tchau.

Me despedi dela e dos outros, indo até o escritório do Sebastiã.

Enquanto eu o esperava do lado de fora, vi a Cristina de saída. Ela sorria meio abobalhada, o que me fez olha-lá com uma cara de riso. Quando a mesma me viu, se recompôs e já ia passar reto.

— Sabia que ele não fica só com você, né?

Disse como quem não quer nada. Ela parou na minha frente e levantou uma sobrancelha.

— É só um lembrete.

— Por acaso estou sentindo uma... pontinha de inveja?

— Inveja? Sério? Eu não preciso disso, gata. Sem falar que logo, logo ele vai se cansar de você e ir atrás de outro rabo de saia. Então recomendo você tirar esse sorriso de “ai, ele me ama” e seguir esse conselho aqui : não se iluda.

— Isso está claramente me parecendo que você se sente excluída, porque ele vai pra cama com todas dessa boate, menos... com você.

Me olhou superior.

— Sorte a minha.

— Elisabeth... vamos?

Apareceu na porta. Dei um sorrisinho de lado, caminhando em direção à ele.

— Sebastiã...

Gritou pra ele.

— Quê?

— S-será que eu posso falar um minutinho com você?

— Agora?

— Vai ser bem rápido.

Ele rolou os olhos e foi até ela.

— O que está acontecendo?

— Vou viajar junto com a Elisabeth.

— Por que?

— Porque é preciso.

— Essa a sua explicação?

Franziu a testa.

— Escuta aqui, garota...

Chegou ainda mais perto. Enquanto isso eu observava tudo de longe, mas não conseguia escutar nada.

— Não é porque eu tiro uma casquinha de você vez ou outra que tem o direito de se meter na minha vida. Eu faço o que eu quiser, quando quiser. Se isso te incomoda, cai fora. Agora vai se trocar porque eu sei que o seu turno começa em dois minutos.

Se virou e foi até a saída, deixando a garota perplexa no mesmo lugar.

— Bye bye, Cristina.

Acenei com a mão, sorrindo de um jeito maléfica.

Segui o Sebastiã até lá fora e o encontrei parado em frente ao carro que eu havia alugado. A bagagem de nós dois já estava dentro do porta-malas. Íamos com o veículo para o aeroporto, depois alguém iria buscá-lo.

— Você adorou, né?

— O que?

— O jeito como falei com a Cristina agora pouco.

Que vontade de dizer “sim, eu amei! Você mandou muito bem. Alguém precisava mesmo colocar aquela garota no seu devido lugar”. Mas achei melhor agir como se a coitada fosse insignificante pra mim. Na verdade ela era.

— Não sou de escutar a conversa dos outros.

Dei a volta.

— Ah, para! Eu sei que vocês não se dão bem.

— Sabe, é?

Parei por um instante.

— É minha boate. Nada escapa dos meus olhos.

— Então me conta aí qual é o segredo. Por acaso são... pequenas câmeras escondidas, algum informante? Já sei! Cristina. Ela é o seu bode expiatório, por isso você... não larga o osso.

— Não tente adivinhar, você nunca vai saber.

— Cuidado! Posso ser bem imprevisível e uma caixinha de surpresas quando quero.

Sorri de lado e entrei no carro. Logo em seguida ele fez o mesmo. Liguei o carro, colocamos o cinto e partimos.

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Se liga nessa palhinha ksksksks
Só pra instigar vocês a interagir

E eu e a Rita decidimos prolongar o livro...

❤️❤️❤️

SEBASTIÃ-MÁFIA MONTANARI [Completo] [L1] 2018Onde histórias criam vida. Descubra agora