CAPÍTULO XX

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Sebastiã Montanari

Achei que a noite seria uma completa lamentação da parte dos Morelli's, sobre o que houve com o namoro da Elisabeth e tals, mas não. Foi totalmente diferente. Ela nem ao menos tocou no assunto e aguentou firme, não deixando transparecer sua tristeza. Fiquei admirado!

A única parte ruim foi que a Beth encheu a cara e eu tive que carrega-la até o carro.

— Seba, sabia que a minha mãe e o seu pai já tiveram um caso?

Dizia pra mim enquanto eu a segurava pela cintura e ela se apoiava no meu pescoço.

— É, descobri isso recentemente.

— Eles se amavam tanto... Mas não deu certo porque o seu papai era muito ciumento. Os dois queriam um casal de filhos, por isso escolheram Sebastiã e Giovana. Daí o seu pai se casou com a sua mãe, você e a sua irmã nasceram e ele deu esses nomes pra vocês, como forma de demonstrar que nunca esqueceu minha mãe. Não é bonitinho?

Ela falava tudo enrolado e dava pequenos arrotos.

— Lindo. Cuidado com a cabeça.

A coloquei sentada no banco de passageiros.

— Nunca mais vou beber.

— Pense sobre isso enquanto estiver tomando uma dose de tequila.

— Gostei! Tequila!

— Vejo vocês em casa, pessoal. De olho na estrada. Ah e Sebastiã, toma conta da minha menininha, okay?

— Pode deixar comigo, sra. Morelli.

Cada um foi em seus respectivos carros; e como a Elisabeth estava indisposta, fui eu quem tive de ir pra trás do volante.

— Vamos só colocar isso aqui rapidinho...

Me referi ao cinto de segurança. Juntei suas mãos e deitei sua cabeça pra trás.

A Beth usava um vestido curto florido com uma jaqueta clara por cima e estava com as pernas entreabertas. Os olhos se encontraram fechados e as coxas desnudas. Molhei os lábios, pensando em mil coisas que eu poderia fazer com ela naquela posição e sem sofrer como da última vez, já que do jeito que a Elisabeth estava, não conseguia levantar o braço nem pra tocar o próprio rosto, então eu não corria o risco de apanhar.

De repente ela despertou e abriu a boca, vomitando em mim e em si mesma.

— Maravilha! Era só o que faltava.

Aquela cena fez com que qualquer pensamento malicioso meu fosse embora no mesmo instante.

— Desculpa, Seba.

Limpou os cantos da boca com as costas da mão.

— Tá tudo bem. Uma hora ou outra isso iria acontecer mesmo. Que sorte que não foi dentro do carro.

Dei a volta e liguei o veículo, dando ré.

***

Quando cheguei à casa dos Morelli's, todos estavam se aprontando para irem dormir, com exceção das crianças, que já tinham pego no sono.

Dei boa noite para todos e levei a Elisabeth pro quarto. Quando a botei na cama, sua jaqueta meio que ficou mal colocada no corpo, pendendo para o lado, o que deixou a mostra a alça de seu sutiã preto. Fui percorrendo com os olhos, fazendo o caminho até chegar em seu decote. Desci os olhos um pouco mais pra baixo e reparei que o seu vestido havia subido pra cima, deixando sua calcinha a mostra.

— Isso só pode ser brincadeira...

Passei as mãos pelos cabelos, pensando "o destino só pode estar querendo que eu coma essa mulher".

Abaixei seu vestido pra baixo e fechei sua jaqueta. O quarto estava começando a feder por causa das nossas vestes. Eu tinha que fazer alguma coisa a respeito.

— Se controla, Sebastiã. Se controla. Você não vai fazer nada demais.

Respirei fundo e peguei Elisabeth no colo, a ouvindo gemer em reprovação, dizendo coisas como "não, não. Eu quero ficar deitada".

Levei-a para o chuveiro e a despi, a deixando apenas com roupas íntimas. Ela tinha um corpo belíssimo, cheio de curvas e fartado nos lugares certos.

— Sebastiã, o que está fazendo?

A botei dentro do box e liguei o chuveiro na água fria.

— Te dando banho.

— Por que?

— Porque você estava necessitada.

— Mas eu não quero. A água tá gelada.

— Assim que é bom.

Chegava a dar dó : uma garota tão bonita como ela ser traída pelo namorado e a melhor amiga, ele não ter a capacidade de pelo menos terminar tudo, a pobrezinha manter isso escondido, fingindo que não tinha acontecido nada, pra chegar no fim do dia nesse estado.

—Não, Elisabeth. Vem cá!

A segurei pela cintura quando ela foi caindo um pouco para o lado de tanto sono, não conseguindo nem ao mesmo firmar os joelhos.

Até o momento eu estava pra fora do chuveiro, mas tive que entrar se não ela ia acabar caindo. Quando a água começou a me molhar, ajudou bastante a diminuir minha ereção.

Mas parecia que não estava adiantando muito, porque... a Elisabeth ainda continuava ali, bem na minha frente, toda sexy e semi-nua, com o seu par de seios dentro de um sutiã enxarcado, que dava pra ver absolutamente tudo e com o máximo de clareza.

Estávamos tão próximos um do outro... Ela quase toda nua e eu com aquela minha vontade enorme de possui-la.

— Sebastiã Walter Montanari, pare com isso!

Dei um tapa na minha cara antes de desligar o chuveiro e sair com a Elisabeth, pegando uma toalha pra ela.

A coloquei sentada na privada e comecei a seca-la. Retornei ao quarto, peguei um par de peças íntimas e uma camisola e voltei pro banheiro.

Agora viria a parte mais difícil...

Me agachei na frente dela e comecei a olhar para a parede enquanto tirava seu sutiã. Ao mesmo tempo que eu queria que aquilo acabasse logo, eu queria que durasse a vida toda, principalmente depois que eu SEM QUERER esbarrei em um dos mamilos, sentido-o rígido. Fechei os olhos, engoli em seco e continuei. O que eu removi em seguida foi sua calcinha e logo depois botei a outra, colocando a camisola pela cabeça.

Deixei suas roupas usadas lá no chão do banheiro mesmo. Peguei-a no colo e a pus na cama. Como tinha dado trabalho...

Fui até ela e sussurrei em seu ouvido:

"Você não é a maçã podre dessa família."

Depositei um beijo em sua testa.

Retornei ao meu quarto e também decidi tirar minhas roupas molhadas, para colocar uma coisa mais confortável, tipo o meu pijama.

Vi meu celular vibrando encima da cômoda e o peguei para dar uma olhada. Tinha várias ligações perdidas do número da Cristina. Eu não havia anotado na agenda, mas sabia que era dela.

Simplesmente ignorei e fui pra cama dormir.

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Sobre o Sebastiã ser um fofo e ignorar a puta da Cristina

Tô feliz

😂😂😂😂😂😂😂

SEBASTIÃ-MÁFIA MONTANARI [Completo] [L1] 2018Onde histórias criam vida. Descubra agora