𝚌𝚑𝚊𝚙𝚝𝚎𝚛 𝚗𝚒𝚗𝚎𝚝𝚎𝚎𝚗

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Mesmo dia, 2h45 da manhã
Forks, Washington


Naquela noite Bella teve um pesadelo. Por mais que ela quisesse ter cumprido com a ordem que dera ao Salvatore, quando acordou assustada e sentou-se na cama, a primeira pessoa pela qual seu subconsciente procurou fora ele.

E mesmo que tenha tentado deitar-se e voltar a dormir diversas vezes, ela não conseguira pregar o olho. Isso por que seu cérebro estava a mil e ela precisava compartilhar o sonho com o Salvatore mais velho, além de que não negaria que queria que ele dormisse com os braços ao redor dela, ainda mais depois de determinadas partes de seu sonho.

Por esta razão, ela calçou seus chinelos, enrolou-se em um cobertor e saiu do quarto, descendo as escadas tentando ao máximo não fazer barulhos até finalmente chegar onde ele estava: no sofá. Umedeceu os lábios e o analisou por alguns segundos, dormia como o anjo que não era e a imagem até trouxe um leve sorriso no rosto da garota.

Era impressionante como alguém tão irritante, presunçoso, impulsivo e até mesmo perigoso como ele se tornava extremamente frágil durante o sono. Isabella sempre adorou os momentos em que acordava antes dele pois amava ver esse contraste. Era quase como se, por algum tempo, ele mostrasse para o mundo o Damon que só se mostrava para ela quando os dois estavam juntos. O que podia ser extremamente romântico quando queria, que se demonstrava disposto a se abrir e abaixava os muros que construíra ao seu redor para proteger seus sentimentos.

Ela podia continuar admirando-o por mais horas a fio e sabia disso, por essa razão decidiu acordá-lo de uma vez por todas. Sentou-se na beira do sofá e cuidadosamente colocou a mão sobre suas pernas, chacoalhando-as levemente. O suficiente para acordá-lo, esperava. 

"Damon?" chamou, a voz um tanto quanto incerta.

"Hmm..." ele respondeu, ainda meio acordado, meio dormindo, colocando o braço acima da testa.

"Damon!" continuou a chacoalhá-lo, talvez um pouco forte demais. "Acorde, por favor."

"Hmm?" o resmungar saiu num tom questionador, enquanto abria levemente os olhos azuis. "Bella? O que está fazendo aqui?" semicerrou os olhos, tentando enxergá-la melhor no escuro. 

"Eu..." olhou para os dedos, entrelaçando-os. "Eu tive um pesadelo." voltou a encará-lo em seguida.

Em resposta o Salvatore se viu sorrindo levemente, deixando a cabeça pender levemente para o lado. Ele sabia que não conseguia ficar com raiva daquela garota, de sua garota, por mais que quem tivesse começado e terminado a última briga tenha sido ela. Então, ao invés de respondê-la, apenas abriu os braços num convite silencioso para se deitar com ele e assim ela o fez. Acomodou-se ao lado dele e não conseguiu evitar sentir-se mais segura ao que seus braços envolveram-na e puxaram para perto de si. Assim eles ficaram por alguns minutos, em puro silêncio.

"Quer falar sobre esse sonho?" a voz dele soou como um sussurro no meio da noite e tirou Isabella do estado de sono no qual ela quase se encontrava. 

"Não..." mordeu o lábio inferior e abriu os olhos, engolindo em seco logo em seguida. "Na verdade, sim, eu quero!" exclamou logo em seguida, virando-se de frente para o Salvatore, que a encarava com um sorriso imenso no rosto. 

"Diga, por favor, sou todo ouvidos." abaixou a cabeça para encará-la melhor, disposto a ouvir a respeito do sonho que a incomodara tanto a ponto de ela passar por cima de uma de suas brigas. De certo havia sido algo importante. Isabella Marie Swan Gilbert não era de dar o braço a torcer com tanta facilidade. 

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