Mesmo dia, 17h30
Forks, WashingtonCaos não chegava nem perto de descrever o estado em que a casa dos Cullen se encontrava. Faziam quatro anos desde que a estrutura havia presenciado seu último evento traumático e parecia irônico o suficiente que ambos tivessem a mesma pessoa como atriz principal, protagonizando ambas as cenas que deixariam uma marca imensurável não só naquela família de vampiros, mas também nas paredes brancas e incrivelmente altas da mansão de dois andares.
Paredes aquelas que agora sustentavam o peso do corpo de certa vampira recém criada, que se encontrava no andar debaixo, próxima a porta da saída. As mãos espalmadas enquanto o corpo estava levemente inclinado para frente, seus olhos vermelhos grudados no chão de madeira envernizada. Conseguia sentir o soluço entalado em sua garganta e as lágrimas presas, impedidas de saírem e cair por seu rosto pálido, coberto pelos fios de cabelo vermelho.
Amanda tinha gostado de pensar que estava indo muito bem como vampira. Certo, tivera um pequeno incidente ao acordar e abrir os olhos, percebendo que não reconhecia o lugar em que estava. É claro que aquilo não serviu muito para acalmar seus nervos, uma vez que a última coisa da qual se lembrava era de ter sido sequestrada enquanto saia da festa de aniversário de Layla a caminho de sua casa, andando pelas ruas de Forks distraidamente, enquanto respondia mensagens de texto de alguns amigos em seu celular. A próxima coisa que sentiu foi uma mão em seu ombro e então seu corpo colidiu contra o asfalto, levou a mão a cabeça, devagar, sentindo dor pelo corpo inteiro e viu o sangue escorrendo pelos dedos antes de apagar por completo.
Ao menos essa foi uma das justificativas encontrada por Carlisle para explicar por hora porque a ruiva havia confiado apenas em Edward para conversar e chegar perto de si, rosnando e se colocando em posição de ataque com o mínimo sinal de aproximação de qualquer um dos outros. A outra tinha haver com a rapidez de sua transformação, não que fosse impossível, mas a garota levou cerca de um dia e meio para completar sua transformação física, o que os deixou confusos quanto ao porque de ela permanecer deitada, sem sinal de quando iria acordar durante os últimos dias. O médico percebeu que aquilo a preocupou e prometeu que o mais rápido o possível iriam investigar e entender o que havia acontecido. Talvez o veneno no corpo tenha demorado para se espalhar por completo, permitindo assim que ela acordasse? Não tinham certezas, mas Carlisle jurou que iriam chegar a uma resposta.
De qualquer forma, o leitor de mentes se sentou na maca em que a recém criada estava, um sorriso calmo no rosto enquanto explicava para ela o que havia acontecido consigo, o que ela era agora e o que eles sabiam do que havia acontecido. O mais espantoso? Ela acreditou. De primeira, sem questionamentos, ela acreditou em Edward mais rápido do que o esperado. Não só porque ela sentia e sabia que o Cullen estava sendo cem por cento honesto, mas porque em algum ponto de seu cérebro, enquanto o acobreado falava, imagens apareciam rapidamente em sua cabeça. Um rapaz de olhos vermelhos conversando com ela, uma mulher, que ela não conseguia ver direito, mas parecia furiosa, gritando e apontando o dedo em sua direção e, no fundo de sua memória, se lembrava de ouvir a palavra vampiros vindo da boca destes várias e várias vezes.
Depois disso, os outros conseguiram entrar na sala, para que Carlisle pudesse terminar de dar alguns detalhes para a Parker. Ainda assim, mantiveram uma certa distância, Esme, Rosalie e Emmett ficaram do lado de fora, Alice e Jasper alguns passos a frente da porta enquanto o médico se mantinha perto do filho e de Amanda. O mais velho fez questão de contar sobre os Volturi, as leis e a questão da dieta. Na falta de uma palavra melhor, pode se dizer que foi engraçado perceber que a mínima menção de sangue despertou nela uma sede descomunal, um incomodo e ardor que nunca tinha vivido antes e não bastaram mais do que cinco segundos para que Edward entendesse a expressão em seu rosto e avisasse o resto dos vampiros ao redor.
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𝐇𝐎𝐏𝐄
Fanfiction❝𝐇𝐨𝐩𝐞 𝐢𝐬 𝐛𝐞𝐢𝐧𝐠 𝐚𝐛𝐥𝐞 𝐭𝐨 𝐬𝐞𝐞 𝐭𝐡𝐚𝐭 𝐭𝐡𝐞𝐫𝐞 𝐢𝐬 𝐥𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐝𝐞𝐬𝐩𝐢𝐭𝐞 𝐚𝐥𝐥 𝐨𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐝𝐚𝐫𝐤𝐧𝐞𝐬𝐬.❞ ❝Dizem que a esperança é a última que morre. Isabella Swan deixou de acreditar nisso já fazia um tempo. ...