Dear Teacher

Boy In Luv

Jungkook sabia que alguma coisa estava errada. Algo o dizia que não estava tudo bem. Mas, o menino decidiu ignorar seus sentimentos e encarar aquele dia. Pegou suas coisas e foi para a escola.

– Bom dia, Jk. – Taehyung sorriu
– Oi, Tae. – Jungkook respondeu sério
– Aconteceu alguma coisa?
– Estou com uma sensação estranha... Parece que algo ruim acontecerá a qualquer momento.
– Não morra antes de levar o tiro, Jk. Vamos nos distrair, ok?
– Obrigado. – Jungkook sorriu fraco

Seokjin estava passando, o garoto acabou se atrapalhando um pouco pela quantidade de livros e esbarrou em Jungkook.

– Desculpe. – ele disse baixo
– Não olha por onde anda, princesa? – Jungkook disse irônico
– Não fiz de propósito.
– Eu sei que não... Até porque, seu namorado ficaria com ciúmes.
– Eu e o Namjoon confiamos um no outro.
– Que seja, não me interessa saber.

Jungkook agarrou o braço de Seokjin.

– Preste atenção, ou eu quebro o seu braço da próxima vez. – Jungkook falou sério

Seokjin saiu assustado.

– Pegou pesado, Jk. – Taehyung repreendeu o amigo
– Eu sei, Tae. – Jungkook suspirou
– Entendi... Você usou o Seokjin para descontar o que está sentindo.
– Sei que é errado, mas quando percebi, já tinha feito.
– Reconhecer o erro é o primeiro passo para a mudança.
– Está lendo muitos livros de autoajuda, Kim Taehyung. – Jungkook riu
– Por falar em livros, vamos para a aula. – Taehyung riu

Os dois foram para a sala e assistiram às aulas. Poderiam voltar mais cedo devido ao horário da Sexta Feira.

[...]

Jungkook chegou em casa, e para sua surpresa, seu pai estava na sala, como se estivesse lhe esperando.

– Jeon Jungkook! – o homem disse sério
– Sim? – Jungkook estava cansado de provocar o pai
– Precisamos conversar.

Jungkook POV

Entrar em casa e ver meu pai ali, parado, havia me deixado extremamente surpreso. Eu sabia que não poderia ser algo bom, mas quando o mesmo disse que precisávamos conversar, o meu coração gelou todo.

Eu sabia o que ele queria dizer com isso.

– Eu sei de tudo, Jungkook.
– Tudo?
– Não se finja de sonso.
– Não é questão de ser sonso. O senhor precisa ser um pouco mais específico.
– Olhe o respeito, rapaz.
– Agora exige respeito?

O homem deu um forte tapa em meu rosto. Coloquei minhas mãos sob o local, que estava quente, e muito provavelmente estaria vermelho também.

– Diz logo o que o senhor quer.
– Ontem à noite fui até certa boate... O dono me contou que o meu filho havia armado para cima de um funcionário, fazendo-o perder o emprego. Melhor ainda... Esse funcionário também é seu professor.
– Isso já foi resolvido, pai.
– Não me interessa saber. Eu não lhe deixo ficar nessa casa para sair agindo como um delinquente.
– Eu consegui um emprego melhor para ele.
– Não me interessa, Jungkook! – o homem gritou – Você aprontou, e agora vai pagar por isso.

Encarei-o por alguns segundos, até que ele me deu outro tapa. Tentei empurrá-lo, mas o homem foi mais forte. Segurou-me pelo braço e me jogou contra a parede. Puxou o meu cabelo, me arremessando para o sofá.

– Não acha que já chega? – perguntei
– Só acaba quando eu disser que chega. – meu pai gritou

O mais velho me deu mais alguns tapas e segurou a gola de minha blusa.