VI

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"Don't be beggin' for your life cause that's a lost cause 
High stakes, body armor, suicide boy There's a time for games and there's a time to kill 
Make up your mind baby cause the time is here 
Capital murder, capital lettuce 
Yeah she catchin' my vibe but she can't fathom my cheddar 
Need a couple gang members for these new endeavors 
From this point on anything we do, we do together 
Body on the corner, million in the trunk 
Seven figures, I will spend that every other month 
Killers on the corner, talons in the clip 
Villa Palisade and Paris just to fill with bitches 
Say my name and I'm coming with the gun squad 
Everybody runnin', homie, there's only one God 
Cocaine, white Ferrari, I'm in the fast lane 
Every day was life and death, that's when the cash came"
-Skrillex, Purple Lamborghini.

75 dias antes...

Berk, 03:20 am.

A porta do apartamento se fechou com um "click" silencioso e os passos do rapaz eram precisos, com cuidado para não fazer barulho.

Tudo estava escuro e quieto, mas ele sabia que ela estava ali.

Ele subiu as escadas e passou por alguns quartos no corredor até chegar ao que queria. Ele girou a maçaneta lentamente e abriu a porta, se aproximou da cama, a vendo dormir pacificamente, os cabelos loiros bagunçados no travesseiro branco, praticamente imóvel, o único movimento dela era o de sua respiração. 

Ele tirou os sapatos e subiu na cama, ficando sobre ela, apoiado nas mãos e joelhos. Ela murmurou alguma coisa inaudível antes de abrir os olhos.

Astrid se assustou quando sua visão entrou em foco. Ela olhou para o rapaz acima dela, o reconhecendo como o herói de seu sonho na noite passada. Ele estava exatamente como no sonho: uma máscara negra - que de perto parecia tinta - em volta dos olhos, os cabelos castanhos bagunçados, uma roupa de couro negra e os olhos verdes frios e curiosos, ela também percebeu um pouco de sangue na roupa dele, mas pareceu não se importar.

Ele era um completo estranho, um assassino que havia conseguido entrar em seu apartamento.  Alguém que, até onde ela sabia, poderia estar ali para matá-la. O mais louco disso tudo? Ela não estava com medo dele.

A parte sã de sua mente gritava, implorava para que ela fugisse, mas ela não conseguia fazer nada além de encará-lo e absorver cada detalhe dele.

Ele se inclinou e a beijou nos lábios e Astrid não pôde evitar fechar os olhos e corresponder. Foi estranho para ela, ela tinha certeza de que não o conhecia, mesmo assim, os lábios dele eram familiares, eram... Certos.

O beijo era intenso, mas ela não se importava.

'Isso é loucura demais, até para os nossos padrões'. Dizia a voz na cabeça dela, mas Astrid apenas a ignorou, a deixando de lado no fundo de sua mente.

Não demorou muito para que ele estivesse enchendo o pescoço dela com beijos, chupões e pequenas mordidas, deixando marcas por toda a parte, mas, novamente, ela não se importava, era uma noite de sábado, o que significa que ela não precisaria sair amanhã, então não precisaria de desculpas para as marcas.

09:55 am.

Astrid acordou e franziu a testa, tudo não passava de um sonho?

Dando de ombros ela saiu da cama e foi até sua suíte e se olhou no espelho, se assustando com o pescoço cheio de marcas que a imagem refletia. Então tudo havia acontecido na noite passada, aquele gangster havia invadido seu apartamento, o que significa que ele é real e não apenas fruto de sua mente alucinante.

I Need A GangstaOnde histórias criam vida. Descubra agora