XXVI

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"It ain't my fault you came here looking like that
You just made me trip, fall, and land on your lap
Certain bad boy smooth, body hotter than a summer
I don't mean to be rude, but I look so damn good on ya
Ain't got time right now, 
Missed me with that "what's your name, your sign" right now
It's light outside, I just called an Uber and it's right outside
Oh my god, what is this
Want you all in my business
Baby I insist
Please don't blame me for what ever happens next"
-Ain't My Fault, Zara Larsson.

O gangster riu, mandando arrepios pelo corpo da loira, que não havia perdido a pose. Astrid percebeu que ele não estava como de costume, ele não estava com uma de suas adoradas jaquetas de couro ou com o visual casual como sempre. Ele estava elegante, com um terno de costura perfeita - provavelmente italiana -, completamente de preto, até mesmo e  sua gravata de seda, o que também era incomum, já que ele costumava mesclar o preto e o vermelho. Desta vez, a única cor brilhante eram seus olhos verdes e ela não podia dizer que não gostava de como ele ficava vestido de terno. 

-É mesmo, amor? Então me dia: quem sou eu? - Ele perguntou, a tirando de seus devaneios. 

-Sei que você e Soluço Haddock são a mesma pessoa. - Ela respondeu sem fazer cerimônias, o jovem gangster explodiu em risadas que ecoaram pela sala.

Astrid revirou os olhos e cruzou os braços, mas não disse nada, apenas o deixou rir até que estivesse satisfeito. 

Ele suspirou, parando sua crise de riso, ele se levantou e Astrid se segurou para não dar um passo para trás. 

-Soluço Haddock? - A loira assentiu devagar. - Não, amor, eu sou muito melhor do que um simples playboy de cassinos. 

Astrid não sabia se ele estava apenas tentando convence-la ou se ele falava sério. Ele viu que ela não estava completamente convencida por ele. 

Ele se aproximou dela devagar, sem tirar os olhos dos dela.

-Me diga, princesa, Soluço Haddock te faria sentir do mesmo jeito que eu faço? - Ele a agarrou pela cintura e Astrid deixou de respirar por um momento. 

-Você não me faz sentir nada. - Ela mentiu e um sorriso presunçoso apareceu nos lábios dele. 

-Não? Então já é hora de mudarmos isso. - E assim ele a beijou.

Astrid pôde ouvir por um segundo a voz gritando alguma coisa em sua cabeça, mas ela não conseguiu entender o que era e logo a voz havia desaparecido, deixando apenas uma névoa inebriante dominar sua mente. 

Ele desamarrou a máscara que ela usava e jogou a mesma no chão. O corpo de Astrid não respondia aos comandos que deveria, ela deveria se afastar, ir embora, ao invés disso sentiu seus dedos nos botões do terno dele, os desfazendo lentamente. 

O terno dele estava no chão e logo ele estava se desfazendo dos sapatos, assim como ela chutava os saltos para longe. Ele a pegou pelas coxas, a fazendo entrelaçar as pernas em sua cintura. 

Com ela em seus braços, ele voltou para o sofá, caindo de costas no mesmo, com ela por cima. Ela quebrou o beijo, ofegante, Astrid jogou o cabelo para o lado, Soluço prendeu a respiração com a visão dela, ela parecia uma deusa e ele era seu fiel pronto para ser punido por ela. 

Ela voltou a beija-lo e ele desceu o zíper do vestido dela, quebrando o beijo apenas por tempo o suficiente para se livrar de peça de roupa e joga-la em algum lugar no chão da sala. 

Astrid fez o mesmo com a gravata de seda do gangster e ele tirou a própria camisa - com pressa demais para conseguir espera-la terminar com os botões. 

Em um piscar de olhos a posição dos dois estava invertida, com ele agora por cima e não demorou para que ele se livrasse das próprias calças e voltasse a deitar sobre ela, mordendo levemente a orelha da loira, que precisou morder o lábio para conter um pequeno gemido. 

Suas leves mordidas na orelha dela a distraiu o suficiente para que ela não o notasse enquanto retirava seu sutiã. Sem perder tempo, ele apertou um dos seios dela com força, a fazendo arquear as costas pela sensação súbita e as boxers do assassino ficarem absurdamente apertadas ao ouvir a loira arfando e senti-la se contorcendo abaixo dele. 

Ele desceu os lábios pelo pescoço dela, chupando em todos os lugares certos e ele sentiu as mãos dela pegarem seus ombros e suas unhas afiadas penetrarem sua pele, a mistura da dor que as unhas dela causava em sua pele e o prazer que ele sentia apenas ao ouvir a respiração inconstante dela fazia a mente dele ficar em branco, nada mais exista além dos dois e do estase que ele queria que ela sentisse. 

Os lábios dele desceram mais ainda e ele não perdeu a oportunidade de colocar um dos mamilos dela em sua boca e morde-lo com força, mandando a mesma onda de dor que ele sentia para ela e os olhos da loira lacrimejaram enquanto ela jogava a cabeça para trás, absorvendo as sensações que o psicopata acima dela a proporcionava. 

Os beijos dele continuavam seu caminho para baixo, até que ele alcançasse a calcinha da loira, ele a olhou nos olhos enquanto rasgava a renda da peça com os dentes e a descartava no chão, jundo com as outras roupas indesejáveis. 

Astrid sabia que a memória dele acima dela como um animal faminto não sairia de sua cabeça por muito tempo - talvez nunca saísse -, mas ela não conseguia se concentrar em mais nada quando, sem aviso, ela sentiu a língua quente dele dentro de si. 

O gangster a observava com cuidado, atento à cada reação dela, desde a maneira que ela cerrava os punhos até a maneira que ela arqueava as costas e jogava a cabeça para trás. 

Ele colocou a língua mais fundo dentro dela, finalmente ganhando um adorável gemido de sua princesa. 

Ele a sentia ficar cada vez mais molhada a cada movimento que sua língua fazia dentro dela, ele queria escuta-la gemer outra vez, mas ela não deixava seus belos gemidos escaparem. Ele precisaria ser mais agressivo se quisesse que ela gemesse para ele. Ele tirou a língua de dentro dela e sorriu ao ter uma ideia. 

Ele se livrou de suas boxers e trouxe o rosto para perto do dela. Os olhos dela oscilavam entre olhar para os dele ou para seu pênis completamente ereto - e a única coisa em que ela pensava era em que tipo de estrago aquilo faria dentro dela. 

Novamente se aproveitando da distração dela, ele a penetrou e Astrid fechou os olhos e cerrou os dentes pela dor que aquilo causava. 

-Filho da pu... - Ele a beijou enquanto ela se acostumava com seu tamanho e a posição em que estavam e quando ela correspondeu ao beijo com paixão (e algo a mais que ele não conseguiu identificar), ele soube que podia continuar. 

Ele se movia lentamente dentro dela, não querendo que ela se machucasse. Astrid quebrou o beijo outra vez, mais ofegante do que antes e ele segurou o pescoço dela com uma das mãos, o apertando, deixando com que apenas a quantidade de ar suficiente para que ela não desmaiasse chegasse até seus pulmões e sem alterar o ritmo de suas penetrações. 

Ela não respirava direito, mal conseguia se mexer abaixo dela, ela estava tonta pela quantidade de ar que ele permitia que chegasse até ela e o aperto dele enviava ondas de dor por seu corpo, que se mesclavam com o prazer que sentia e formavam uma mistura viciante que a fazia entrar em desespero por mais de tudo aquilo. 

Ele pegou uma das pernas dela e a colocou em volta de seu quadril, facilitando para que as penetrações fossem mais fundo e ganhando gemidos cada vez mais altos dela - e deixando, ele mesmo, alguns escaparem. 

Ela arranhava as costas dele, o fazendo grunhir e aumentar a velocidade das penetrações. Ela touxe o rosto dele para perto do dela mais uma vez e ele soltou o pescoço dela enquanto compartilhavam um beijo intenso, cheio da necessidade que os tinham daquele momento. 

E enquanto ainda estavam perdidos na intensidade do beijo apaixonado que compartilhavam, ambos atingiram o ápice da própria loucura. 

I Need A GangstaOnde histórias criam vida. Descubra agora