"Can you feel me breathing down your neck?
You're just a perfect little human wreck
But I like you
Enough to destroy you, tear you down
I'm gonna break your heart and get away with murder
You should have known from the start that it wouldn't last forever
I can't control myself, I feel like someone else
I'm gonna break your heart and get away with murder".
-Get Away With Murder, Jeffree Star.Ele acariciou o rosto dela levemente, a observando em seu estado de inconsciência. Ela não estava morta, mas não sentiria nada enquanto o ar era sugado de seus pulmões.
Ele colocou as mãos em volta do pescoço dela e começou a apertar, a observando cuidadosamente, ela lutava por ar, mas não acordou.
É o melhor. Ele tentava se convencer. Ela vai sofrer se continuar viva.
Ele sentiu suas bochechas molhadas. O que era aquilo? Eram lágrimas? Não. Não, não, não, não, não. Era só o que faltava! Agora ele estava chorando por ela!
As mãos dele começaram a tremer incontroladamente e ele foi soltando o pescoço dela aos poucos, com as lágrimas embaçando sua visão e soluços involuntários escapando de seus lábios. Ela respirava pesadamente, ainda inconsciente, tentando recuperar o ar que havia perdido.
O gangster a abraçou com força, enterrando o rosto no pescoço dela e deixando as lágrimas escaparem.
-Me desculpe. - Ele sussurrou, mesmo que ela não pudesse ouvir.
Ele queria enfiar uma bala na própria cabeça. Ela o estava enfraquecendo e ele não gostava disso, ele não era capaz de matá-la, ele não estava pronto para deixa-la, ele não saberia viver com o fantasma dela o atormentando, não conseguiria viver todos os dias com o pensamento de que ele havia apagado a luz de seus belos olhos azuis.
Mas e seus inimigos? Eles iriam atrás dela.
Eu ainda tenho tempo. Ele pensou. Tenho tempo de sair da vida dela antes que eles saibam.
-E também, - ele disse em voz alta, acariciando levemente o rosto de sua Barbie - se eles forem burros o suficiente para ir atrás do que é meu, vou matá-los tão lentamente que vão implorar para que eu coloque uma bala em seus crânios. - Ele se inclinou e a beijou levemente nos lábios por alguns segundos antes de se afastar. - Ninguém vai te machucar, princesa... Nem mesmo eu.
Ele a pegou no colo e desceu as escadas. Ele saiu do pequeno circo e camimhou até sua Bugatti, a colocando no banco do passageiro. Ele acelerou assim que fechou a porta do lado do motorista.
Soluço apertou o volante com força, querendo jogar o carro no rio e matar os dois, mas ele não pôde, a dor de imagina-la morta no fundo do rio fez com que ele passasse pela ponte sem nenhuma tentativa suicida.
68 dias antes...
Berk, 05:35 am.
Astrid acordou e olhou em volta, vendo que estava em seu quarto, em seu apartamento. Ela sentiu uma forte dor em seu pescoço e se levantou, foi até sua suíte e ascendeu as luzes.
Ela se olhou no espelho, vendo as marcas vermelhas em seu pescoço e a roupa de trapezista ainda em seu corpo.
Ele tentou nos enforcar...
'Mas não enforcou, algo fez com que ele não nos matasse.'
Algo tipo...?
'Não sei, talvez ele goste de você.'
O coração de Astrid saltou em seu peito com o pensamento, mas ela revirou os olhos.
Não seja ridícula.
Astrid apagou as luzes e voltou para o quarto, franzindo a testa ao ver uma rosa vermelha em sua mesa de cabeceira.
Ela foi até la, percebendo que a rosa estava sobre um envelope. Ela pegou o envelope e o abriu, tirando o bilhete de lá de dentro e lendo:
"Querida Princesa,
Você tinha razão, eu te mataria naquele parque, mas mudei de idéia. Isso não vai acontecer outra vez, tenha certeza, porque não vamos nos ver mais.
Eu não vou mais atrás de você e sei que você vai fazer o mesmo, por isso não se preocupe, não vou mais matar ninguém por você, também não vou te ligar ou te seguir.
Com am-- (ela não conseguiu ler, a palavra estava riscada e um pouco borrada).
-FN.
PS: alguns relaxantes musculares e um pouco de mel melhoram a garganta."
Ela terminou de ler e amassou o papel. Quem ele pensava que era para deixa-la?
Me diga outra vez sobre ele gostar de mim. Ela pensou com ironia e a voz não a respondeu.
07:25 am.
Astrid procurava algo na televisão e tentava impedir que sua mente vagasse para o maldito psicopata que parecia estar desenhado nela como a porra de uma cicatriz, mas aparentemente todos os canais falavam do atentado ao cinema da noite passada e de como era estranho que não houvesse vítimas fatais, ou seja: todos falavam da última pessoa que ela queria ouvir.
Ela suspirou.
'Desista, não vão parar de falar dele o dia todo.'
Está cedo demais para tomar um Martini?
'Nunca é cedo demais para tomar um Martini.'
Astrid riu, mas assentiu.
'Você tem razão.'
Ela se levantou e foi até a cozinha. Pegou tudo o que previsava para seu drink: vermute seco, vodka e gelo.
Astrid misturou todos os ingredientes e os colocou no copo gelado com duas azeitonas no fundo. Ela bebeu o primeiro, o segundo, o terceiro... O décimo... E logo estava bêbada, bebendo a vodka direto da garrafa, sem se preocupar em preparar outro Martini.
10:00 am.
Astrid sabia que tinha que tirar a quinta garrafa de vodka dos seus lábios, mas ela não conseguia, os goles desciam automaticamente por sua garganta.
'Eu não acreidito que depois de todos esses anos, você está na fossa por algum cara, e justamente um gangster!' A voz gritava em tom de indignação.
Eu não estou na fossa. Astrid foi capaz de retrucar mesmo em seu estado de embriaguez.
'Astrid, você está sentada no chão da cozinha, bebeu pelo menos vinte Martinis e está acabando com a quinta garrafa de vodka! Você precisa se levantar, tirar essa roupa de trapezista, tomar um banho e dormir porque amanhã a ressaca vai te atingir como um missel!' A voz a aconselhou e Astrid grunhiu.
Odeio quando você tem razão.
VOCÊ ESTÁ LENDO
I Need A Gangsta
Fanfiction[LIVRO #1] Todos nós temos um passado, seja ele bom ou ruim, e esse passado reflete em quem somos, nas decisões que tomamos, em como agimos e até mesmo o que sentimos. Soluço Haddock e Astrid Hofferson sabem muito bem como o passado pode afetar seu...