III Katherine

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Jantei com meu pai e irmão, Tátia se juntou a nós uns minutos depois quando chegou.
Meu pai deu os presentes deles ali na mesma mesmo depois de acabarmos o jantar.

- O que ganhaste Tata? - Ela virou para mim um conjunto de botas vermelho sangue de salto que eu nunca me atreveria vestir mas que ela usaria graciosamente, ela é o exemplo de garota perfeita, parecida comigo aparentemente mas claramente não interiormente.

- E você Joh? - Me virei para ele.

- O conjunto de baquetas que eu pedi. - Respondeu sorrindo vitorioso com as mesmas de cores diferentes, incluindo umas pretas que eu obviamente usaria.
Arrumamos a mesa e fomos para a sala.

- Bom, estamos no mês do natal, eu não tenho mais trabalhos até a virada de ano, e eu sei que vocês não gostam muito de comemorar o natal desde...- Fez uma pausa e eu e meus irmãos concordamos com a cabeça para que continuasse. - Enfim, acho que esse ano devíamos comemorar com todos como fazíamos antes, vamos enfeitar a casa, chamar todos que pudermos e comemorar o natal como se deve este ano. O que acham?

- Não vai ser como antes, quando a mamãe estava aqui, mas vai ser bom ter todos aqui conosco, ver os tios outra vez. - Disse Tátia pensativa.

- Se ela concordar, eu também concordo. - Disse Joh apontando para mim.

- Por mim.- Digo deixando no ar.

- Ótimo, amanhã vamos todos enfeitar a casa. Vamos comprar uma árvore e arrumar tudo. - Disse meu pai feliz. Eu não gostei da ideia, vai ser esquisito sem a mamãe, mas ele está feliz, e até Tátia concordou, não sou eu que vou impedir.

Nos dois anos desde que ela se foi, nós não comemoramos o natal, e passamos a data como qualquer  outro dia mas pode ser que esse ano seja melhor.

Concordamos e depois de dar boa noite cada um foi para seu quarto. Deitei, ligue o computador, coloquei uma série para assistir e peguei o celular.

_ Voltei. Caso ainda queria saber....
Mando para Harry.

Isso é tão esquisito, não parece que mandei mensagem para Harry Styles, sorri e bloqueei o celular.
Ele não respondeu mais até o dia seguinte.

Acordei e fiz o de sempre, me arrumei, subi, tomei café com meu pai e sai com ele para a loja da mamãe, a pesar de ser fim de ano, nós decidimos abrir a loja, mamãe tinha clientes recorrentes que vinham comprar presentes perto do natal, então nessa época a loja enchia. Antes quem cuidava era a irmã da mamãe, até que eu fizesse 18 anos.

Flashback on.

- Filha, vem aqui. - Fui até ela. - Tem algumas coisas que eu preciso fazer aqui e seria bom que você visse como se faz, quero que você pegue o meu lugar um dia. - Disse ela sorrindo.

- Pegue seu lugar?

- É claro. Tenho que te ensinar tudo, como trocar cordas de violão e guitarra, como consertar instrumentos, como montar as baterias, um dia sua mãe vai ficar velha e não vai mais querer trabalhar, e você é quem vai tomar conta disso aqui.

- Já está terceirizando o serviço dona Sheila? - Ri pegando algumas cordas para o violão que ela estava a limpar.

- Mas é claro, vou estar velha mas não morta, quero viajar muito. - Disse rindo.

Flashback off.

Bem, ela não conseguiu seguir exatamente os planos, teve de deixar a loja muito antes do planejado. Mas agora sei o que fazer e poderei eu mesma tocar a loja como ela pediu. Papai ou Jonathan ainda viriam comigo até eu me habituar.
Arrumei as coisas que estavam fora do lugar na loja e a abri com a ajuda do meu pai e da Tia Cheryl que ficaria mais uma semana para me ensinar o que mamãe não conseguiu. Hoje eu ficaria no caixa. Papai voltou para casa e eu fiquei conversando com Cheryl e sendo instruída por ela a cada cliente que chegava. Alguns pediam ajuda para escolher algo, outro pediam instrução sobre algo e assim foi até a hora do almoço quando nós duas fechamos a loja por hora e fomos até ao restaurante para almoçar. Nos sentamos, fizemos o pedido e Tia Cheryl foi ligar ao filho mais novo, ela tem mais ou menos a idade que minha mãe tinha, 45. Mesmo com essa idade mamãe era linda, e Tia Cheryl também. Todo mundo aqui em casa é ruivo, o que é muito legal, minhas tias e tios, minha mãe era uma linda ruiva de olhos escuros e meu pai também.

If I Could FlyOnde histórias criam vida. Descubra agora