O trato.
Eu estou neste momento a tentar
convencer meu pai a levar-me com ele.- Vai, olha, é só me comprar uma passagem, nem são tão caras.
- Filha, só lhe vou repetir por mais está fez. - Disse ele fazendo uma pausa para me pedir que preste atenção. - Eu não tenho dinheiro para lhe gastar com passagem, e nem permissão para lhe levar, este é o meu trabalho, não é brincadeira, não vou poder cuidar de ti lá, eles precisarão de mim a toda hora.
Me desanimei por completo, meu pai trabalha como nada mais, nada mesmo que o segurança da banda One Direction, banda que eu aprendi a amar ouvindo ele contar as histórias que passa com os garotos, ele viaja vezes sem conta para estar a disposição deles a mais de dois anos, o que é muito incrível, mas eu nunca os conheci, acho que se eu morasse mais perto talvez eu conseguisse conhecê-los, mas meu pai nunca sairia daqui, dessa casa, e cidade, foi onde ele viveu com minha mãe por dez anos, e quando ela morreu ele prometeu nunca deixá-la para trás e nem esquecê-la mesmo que se casasse novamente, o que ele não tem mais tempo para tentar fazer, já que assim que ela se foi, ele entrou nesse trabalho com a ajuda de um amigo.
- Me desculpe minha filha, por não poder ficar, e nem levá-la comigo, mas seus irmãos cuidarão de você, eu sei disso, e eu estarei de volta em três dias, eu prometo, só ficarei fora no período que eles precisarem viajar para a entrevista. Prometo trazer para ti um presentinho, como sempre faço. Mas agora preciso ir. - Disse ele me abraçando, ele já precisava ir.
As despedidas sempre foram a pior parte de tudo, odeio despedidas, odeia que as pessoas que amo não possam passar todo o tempo do mundo comigo, mesmo sendo um pensamento egoísta. Mas o abracei de volta, beijei sua bochecha, e o ajudei a levar as malas até ao taxi que o levaria para o aeroporto, meus irmão desceram e se despediram também. E então entramos.
Éramos apenas nós três mais uma vez. Eu, meu irmão Jonathan de 22 anos e Tátia de 21. Eu sou a mais nova, com 18 anos. Tátia já não é mais a mesma desde que mamãe se foi, agora ela é uma espécie de reclusa, eu também não era a pessoa mais sociável do mundo, já meu irmão, era o contrário, virou a pessoa mais sociável do mundo, sempre namorando e disposto a dar festas.
- O que acham de dar uma festa amanhã? Papai só volta domingo, e como amanhã é sexta seria perfeito. - Disse pegando o celular, Tata apenas revirou os olhos e subiu para seu quarto. Eu sorri fraco para ele.
- Você que sabe Joh, você sabe que não tenho nada contra suas festas, só não quero ter que arrumar isso aqui depois. - Ele se jogou no sofá e eu fui para meu quarto/porão. Decidi fazer aqui, assim não preciso ouvir as músicas altas da minha irmã e nem Jonathan tocando bateria, e posso tocar minha guitarra em paz.
Nossa família é tipo uma banda, meu pai tocava bateria e contrabaixo e ensinou meu irmão, minha mãe sempre tocou violoncelo quando jovem e ensinou minha irmã, e eu toco um pouquinho de todos, meus irmãos me ensinaram o que sabiam e meu pai também, já minha mãe, me incentivava a cantar, mas isso, assim como minha irmã que parou de tocar, eu não faço mais, era algo que fazíamos com nossa mãe, sem ela não faz mais sentido. Mas continuo tocando, ainda vou tocar para Harry cantar. Sim, Harry Styles. Mas isso pode demorar um pouquinho.[...]
Meu irmão deu a festa que queria, minha irmã dormiu na casa de uma amiga o fim de semana inteiro e depois foi as compras, e eu estou tendo que ajudar a arrumar a bagunça da festa, meu pai não tinha problema quanto a isso, mas se deixasse-mos bagunçado, aí sim teríamos problemas quando ele chegasse.
O que aconteceria a qualquer momento, e por isso estávamos correndo para arrumar tudo.
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If I Could Fly
FanficEssa é a história de Kat, uma doce garota que cometeu o erro de se apaixonar por um cara que não podia ficar com ela, ele era famoso demais, distante demais, 2.065,4 Km era espaço demais entre duas pessoas que sentiam a necessidade de se amar. Pode...