XVIII

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***

- Me conte uma história.- Digo fechando os olhos, não de sono, mas para apreciar a bela voz que em pouco me responderia.

- Uma história?- Normalmente o peço uma música, mas isso será depois. Estamos agora deitados na cama, o dia foi levemente estressante.

- Sim. Por favor.- Digo ainda com os olhos fechados.

- Certo.- Parou e logo continuou.- Era uma vez..- Parou novamente para se arrumar na cama então aproveitei para falar.

- Amo histórias que começam com "era uma vez" elas sempre escondem uma vida dos sonhos.- sorri, talvez minha vida tenha começado em partes com "era uma vez".

Abri os olhos apenas para o ver sorrir com minhas palavras.

- Era uma vez.- Repetiu de propósito.- Um garoto apaixonado.

***

Não sei bem o que aconteceu, mas no final ele cantou para mim, até que eu dormisse. Acordei algumas vezes durante a noite, mas rapidamente voltei a dormir com a segurança de seus braços, não sei se me acostumaria a dormir sem ele novamente.

Acordamos e mais uma vez algo que eu ja posso chamar de dia normal. E mesmo feliz por isso eu não acho que seja bom. Não posso me acostumar.
Já era tarde, então apenas almoçamos. Papai já havia preparado tudo.

- Vamos, preciso sair depois do almoço e não posso atrasar.- Disse Tátia com pressa para almoçarmos. Sentamos rapidamente.

- Então.- Harry começou a falar ao meu lado.- Gostaria de seu consentimento para levar Kat para Londres. Quero que ela conheça minha mãe.

- Quando?- Meu pai pergunta levemente preocupado.

- Quando minhas férias acabarem. O senhor sempre está em turnê com a banda, ela viria junto dessa vez.- O olhei assustada. Quando foi que ele pensou sobre isso.

- Certo.- Meu pai disse deixando os talheres no prato vazio.- Pela reação dela você não a perguntou, eu posso ser o pai mas a decisão é dela. Será ótimo tê-la comigo no trabalho. Mas é ela quem decide.

Todos saindo da mesa. Eu não disse nada. Não sabia o que dizer.
Acabamos por não falar nada sobre o assunto, e ele pareceu entender, pois só voltou a perguntar quando nos deitamos sozinhos no quarto depois de sair da mesa.

- Eu não sei.- Digo perante sua proposta.- É uma mudança muito grande. É muito tempo fora de casa.

- Sweet.- Disse me puxando para cima de si. Ele estava deitado de barriga para cima, e eu agora com a cabeça em seu peito.- Qual é o verdadeiro problema?- Oh ele me conhece melhor do que pensei.

- São, tantas pessoas para me aceitar.- Digo simplesmente.- Não somente sua família, mas seus amigos, os conhecidos e são pessoas tão importantes, e suas fãs e..

- Não.- Disse me parando.- Você não precisa agradar ou ser aceita por nenhum deles.- Fez uma palsa.- Preste atenção, eu espero que você escute porque eu abaixei a guarda, agora eu estou completamente indefeso. Por que somente para seus olhos, eu vou mostrar meu coração.- Continuou com um trecho da minha música favorita deles. Sorri.- Essa música diz mais agora o que eu quero dizer do que nunca. Nunca a cantei com tanta sinceridade. Agora faz sentido. Eu estou completamente rendido a você.
Enquanto estava com você esse tempo todo recebi inúmeras mensagens de garotas nas quais nunca pensei que fosse recusar, com elas era um jogo mas nada me impedia de gostar, mas agora, agora simplesmente não faz mais sentido.

If I Could FlyOnde histórias criam vida. Descubra agora