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Tega narrando.

Acordei e tomei um banho rápido e já fui pra boca principal. Tinha que pegar uns bagulho pra passar na 5. To fazendo dinheiro pra porra naquela boca ali, nem os banco tão me aguentando.

Zé: E ai meu chegado, o que tu manda?
-Ele era o sub daqui do complexo.
Tega: To precisando de 2kg de maconha meu bom e 5kg de pó na pedra ainda. Maconha pode estar no pente já.
Zé: Já é, já é! Mulecote as mercadorias chegaram ontem, se tu quiser a maconha ja no pente aciona um dos teus lá de baixo e manda embalar, porque ainda não tá tendo.
Tega: Embalar maconha é mo tiração.
-Dei de ombros.
XxX: Dá licença chefe.
-A porta se abriu e a figura do Magrinho surgiu na sala.
Zé: Fala tu meu parça
-Fizeram um toque de mão.
Magrinho: E ai Tega.
-Estendeu a mão, eu não peguei e ele recolheu.
Zé: Qual foi o perrequete de vocês dois?
-Olhou pra mim, depois pro Magrinho. Pau no cu do caralho.
Tega: Esse função ai de ideia com a minha mina.
Zé: Procede esse caminhada ai Magrinho?
Magrinho: Só dei bonde pra mina ir pro barraco.
-Disse gesticulando.
Zé: Então tu gosta de paga de talarico na banca dos bandidos?
Magrinho: Talarico jamais.
Zé: Bom ser assim mesmo, se chegar no meu ouvido que tu tá pagando de táxi pra mulher casada corto teu pinto e custuro na tua boca.
-Nunca segurei tanto um riso como naquele momento.
Magrinho: Já é chefe.
-Ele foi saindo mas o Zé chamou ele de novo.
Zé: Não te dispensei, volta.
Magrinho: Fala?
Zé: Desce pra boca do Tega e vai embalar maconha pra ele.
-Ele me olhou com sangue nos olhos, eu cruzei os braços e ri de lado.
Magrinho: Já é!

OLHAR DO TRÁFICO - LIVRO 1 (F)Onde histórias criam vida. Descubra agora