70

7K 423 14
                                    

Thaís narrando.

Depois de darmos um show de dança nas mandadas, descemos do palco e voltamos pra perto dos bofes que estavam com uma cara do capeta, eu e Pandinha nos olhamos de canto de olho e começamos a rir.

Vivi: Thur, vou no banheiro.
-Ela falou no ouvido dele, ele assentiu e ela saiu me puxando. Brisola estava cantando, festa bem louca.
Paramos em frente a um espelho enquanto a fila não andava e dá-lhe fotinha pras redes sociais.
Thaís: As mulher pulou pelada dentro da piscina.
Vivi: Fumei skank pra caralho do nada me deu mô brisa.
-Cantávamos enquanto desabotoavamos o shorts. Vivi entrou na cabine e eu fiquei esperando.
Vi o inútil do meu irmão saindo de um canto escuro do banheiro e logo depois uma mina, não deu pra ver quem era, mas que era chifre na Bia era... Vivi saiu, e eu entrei.
Vivi: Anda porra, quero dançar essa música inteirinha.
-Brisola começou a cantar quinta feira rotineira.
Vivi: Quinta-feira rotineira, eu e meu baseado, zapzap tocou.
-Sai e ela já estava dançando.
Thaís: Com uma proposta irrecusável...
-Demos as mãos e saímos empurrando a ralé.

Chegamos perto dos meninos já dançando, Magrinho e o Arthur compartilhavam da mesma cara feia, eles já estavam no camarote que se duvidar, tava mais lotado que a quadra.

Vivi: SENTA PORRA VAI CARALHO!
-Gritou quando avistou a Laís entrando no camarote com o chefe.
Laís: Piranha, safada, chama o R7 no whatsapp pra poder entrar na vara
-Nos juntamos, ai fechou o bagulho, a queridinha da Eliane grudou na Laís e até que ela dominava na dança, nem sabia que ela curtia funk. Geral com arma, copo ou dedo pra cima.
Vivi: Te dou pirocada, de baixo pra cima.
Lais: Tu da bucetada de cima pra baixo.
Vivi/Lais: Senta porra vai caralho.
-Empinavamos, fazíamos a tremidinha, geral pagou madeira. Foi a única música que não paramos nem pra beber.
Laís: BRISOLA SEU GOSTOSO!
-Acabou a música é Laís berrou atraindo a atenção de geral do camarote, nos rimos e fomos fazer um copo master de cachaça.

Arthur narrando.

Vim pra curtir o baile com a Vivi, sei desde as antigas que a Laís é louca pirada no Brisola, ai passou a doença pra minha mulher... mas porra, Viviane tá passando dos limites.

Arthur: Tem condições de você ficar perto de mim aqui?
-Ela estava virando um copo enorme de Whisky com gelo. Tava até traçando as pernas.
Vivi: Amo.. amor... não toma meu copo de mim.
-Falou embolado apontando o dedo pra mim
Arthur: Se tu não parar de beber eu vou te levar pra casa.
-Ela fez de conta quem nem era com ela que eu estava falando, pegou um litro de tequila da mesa do chefe e foi pra perto das meninas.
Magrinho: Sobramos legal hoje em.
-Chegou trazendo dois copos de absolut.
Pezão: Tudo certinho por aqui?
-Chegou com um cara enorme do lado, com cara de buceta.
Magrinho: Tranquilo.
-Ele tava só na cerveja e me entregou uma.
Pezão: Me lembrem de nunca mais trazer esse cara pra cantar aqui, nem as mais puta do morro olhou pra mim desde que ele subiu nessa porra.
-Todos rimos, olhei de volta pra reta da Viviane e o cuzão do ex dela tinha colocado uma cadeira atrás da rodinha delas e estava vidrado na minha mulher.
Arthur: Que porra é aquela ali?
-Falei alto e os caras que estavam comigo olharam.
Magrinho: Esse mano aí é sem postura po, olha a cara da fiel dele.
-A mina dele com a maior cara de tacho em pé ao lado da cadeira dele e ele babando na mulher dos outros. Fui até ele e parei de frente.
Arthur: Perdeu alguma coisa na minha mulher? Bonita né? Gostosa?! Mas é minha po.
-Ele se levantou e ficou de frente pra mim.
Tega: Tá querendo dizer o que? Me ameaçando na minha quebrada? Mas é um belo de um corno mesmo.
-Ele riu de lado e a latinha que tava ainda fechada, segurei firme e mandei no olho dele, a mina dele se afastou gritando. Alguém me segurou e ele ajeitou a camisa rindo, havia cortado o olho dele. Vivi se tocou o que estava rolando e veio com as minas.
Arthur: Tu é um merda mesmo, um lixo igual tu na minha favela não passa de um dia, verme, talarico safado!
Tega: Corno do caralho.
-Riu e ajeitou o boné e saiu andando do camarote enquanto eu tentava me soltar.
Vivi: O que foi isso Arthur?
-Passei por ela e dei uma ombrada, saí daquele camarote voado.

OLHAR DO TRÁFICO - LIVRO 1 (F)Onde histórias criam vida. Descubra agora