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Arthur narrando.

Assumi uma linha de frente no tráfico aqui depois que meu parça caiu em cana. Aqui ao contrário dessas favelas grandes, a gente faz de tudo pra desbaratinar os verme, ninguém quer atrasar o lado de ninguém aqui não.

Aqui não tem guerras, não temos muitos inimigos... mas colecionamos alguns sim.

[...]

Vivi: Voltei!
-Disse sorrindo e parando na minha frente.
Arthur: E aí mina, foi bom trocar ideia contigo. Mas vou me jogar pro barraco.
Laís: Ah mas já...
-Entrou no meio da conversa. Essa Laís é cria da quebrada, já sentou pra vários aqui... várias fitinhas comédias dela.
Arthur: Sim ue.
Vivi: Ah, ok então. A gente se fala.
Arthur: Quando chegar no teu barraco manda um salve dando ideia que chegou bem, valeu.
-Dei um beijo na bochecha dela e fiz um toque de mão com a prima dela.
Laís: Tchau.
-Disse olhando pro Marcelinho que tava na minha escolta.
Arthur: Ae Marcelinho, tá forte em meu parça.
-Ri e gesticulei com a mão mostrando o tamanho do arrombo que essa mina deve tá.
Ele negou com a cabeça rindo e a Vivi olhou sem entender nada.
Laís: Vamos buscar uma bebida comigo cumadre.
-Puxou o braço da Vivi e saiu pisando duro.
Vivi: Licença e tchau.
-Disse enquanto a prima dela quase arrastava ela.

Fiquei flagrando ela andando no meio do povo, vários caras olhando pra ela mesmo ela estando barriguda.
Deixei o Marcelo na casa dele e já arrastei pro meu barraco.

OLHAR DO TRÁFICO - LIVRO 1 (F)Onde histórias criam vida. Descubra agora