Vivi narrando.
Não queria ter brigado com o Arthur, ainda mais por causa do Bernardo.
Vivi: Eu... vou atrás... do meu marido.
Laís: Eu vou com você.
Vivi: Na... não... curte aí...
-Virei meu último gole e fui descer as escadas, tava tudo duplicado, caí de lado e um cara me segurou.
XxX: Cuidado aí morena.
-Me deixou reta de novo e eu apenas sorri pra agradecer.Fui andando no meio de toda aquela gente, meu corpo tava leve demais, cada esbarrada era como se jogasse uma tonelada no meu corpitcho.
Quase uma hora depois consegui sair na rua, peguei a escadaria e quebrei os becos tropeçando, uma vontade de vomitar enorme me consumiu, mas sem mico né?!
Passei pelo bar da tia Júlia e tinha maior galera lá, vi o Tega sentado e fui falar umas verdades pra ele.Vivi: Escuta aqui Ber...Bernado, você não... você não vai conseguir acabar com a minha vida de novo... eu amo o Arthur entendeu? A-M-O, o que... o que aconteceu.... Foi um erro e eu odiei... odiei ter te beijado... odiei ter sentido o que... o que eu senti... traduzindo... eu te odeio seu ridículo...
-Pronto, dito isso vomitei igual uma vaca quando come muito capim, e o pior em cima do Bernardo.NO OUTRO DIA.
Acordei e a minha cabeça dóia feito não sei o que, passei os olhos pelo quarto.
Vivi: Puta que pariu, aonde eu to...
-No chão tinha minhas roupas que eu usei ontem, um balde do lado com um pouco de vômito, ergui o lençol e PUTA QUE PARIU! Eu estava só de camisa, camisa de homem ainda.- Ai meu Deus, o que eu fiz.
-Me enrolei num lençol e fui procurar alguém, era uma casa de madeira simples... achei um relógio na cozinha que marcava 13:45, to muito fodida, mas muito mesmo.Corri de novo pra aquele quarto, coloquei minha roupa de qualquer jeito e saí voada.
O sol tava estralando, minha cabeça latejava, meu estômago doía, tudo girava e cheirava mal. Meu cabelo estava duro, certamente eu vomitei nele todo, tava longe pra caralho de casa, andava em passos largos rezando pra não encontrar nenhum conhecido.Depois de quase uma hora cortando as vielas, cheguei em frente a minha casa, rezei uns três pai nosso e umas ave Maria.
Laís: Aonde você tava louca?
-Meu coração gelou, coloquei a mão no peito com o susto.
Vivi: Quer me matar Praga! E para de gritar, to com dor de cabeça.
Laís: Aonde você tava? Porque tá toda suja Viviane?
-Me mediu e eu nem sabia o que responder.
Vivi: Aonde você tava? Tá chegando agora?
Laís: Dormi na casa do H, porque?
Vivi: Quem é H?
Laís: Aí, longa história. Agora me explica sobre você.
Vivi: Estamos sem tempo pra por o papo em dia, eu dormi com você, perdemos a hora por isso estamos chegando agora.
Laís: O que?
-Arregalou os olhos.
Vivi: Só me ajuda.
-Abri o portão e entramos, a casa estava um silêncio e um cheiro de limpeza.
David: Mamãezinha!
-Pulou nos meu braços todo cheiroso e arrumado.
Vivi: Oi minha vida, aonde você vai gostoso assim?
David: Passear com o meu papai.
Vivi: Humm, tá lindo em meu baby boy.
-Soltei ele no chão e o Arthur apareceu na sala.
Arthur: Aonde você dormiu Viviane?
Vivi: Thur, eu...
-Ele me interrompeu.
Arthur: Não me chama assim sua vagabunda, responde a porra da pergunta.
Vivi: Laís, tira o David daqui.
Arthur: AONDE CARALHO?
Vivi: Para de gritar comigo!
-Tapei os ouvidos e olhei pra Laís.- Tira meu filho daqui Laís.
Laís: Ela dormiu comigo na casa do Pezão Arthur, foi só isso.
-Ele deu uma gargalhada assustadora e veio louco por cima de nós duas com o celular na mão.
Arthur: Verdade isso Viviane?
-Eu balancei a cabeça assentindo.- Então foi o Pezão que te fudeu piranha do caralho.
-Ele grudou meu cabelo e soltou um belo de um murro na minha boca, meu filho começou a chorar grudado na barra da calça dele e ele continuava a me bater.Laís pendurou no pescoço dele e começou a dar tapas e morder ele, ela gritava minha mãe inutilmente.
Arthur me soltou e como uma pena jogou a Laís por cima do sofá que caiu no chão. Ela rapidamente pegou meu filho do chão e abriu a porta da sala saindo correndo.Eu sentia o gosto de sangue na minha boca, ele estava distante de mim, me olhando com ódio...
Arthur: Você Viviane, foi a pior decepção da minha vida, eu abandonei tudo por você , larguei o crime... a vida fácil e o que você fez? Colocou um par de chifre na minha cabeça!
-Virou o celular e mostrou uma foto minha naquela casa, deitada só de camisa e metade da raba tava de fora.
Vivi: Saí da minha casa Arthur.
Arthur: O que? Só Isso?
Vivi: SAÍ DA MINHA CASA SEU FILHO DA PUTA! SOME! VOCÊ SEMPRE SE FEZ DE BOM MOÇO PRA AGORA, NA PRIMEIRA BRIGA SÉRIA ME BATER NA FRENTE DO MEU FILHO!
Arthur: NOSSO FILHO DESGRAÇADA!
-Ele pegou o celular que eu já tinha jogado longe, uma mochila dele na cozinha e saiu porta a fora.Minha cabeça rodava com tudo que tinha acontecido, os móveis quebrados e fora do lugar, repetia a cena dele me batendo diversas e diversas vezes, até que a voz da Thais me tirou do transe que eu me encontrava.
Thaís: Amiga, corre no bar da mãe que o Arthur quer levar o seu filho
-Ela entrou toda afobada.- Meu Deus, o que aconteceu aqui?
-Ela me abraçou forte, mas eu me soltei.
Vivi: Vou atrás do meu baby.
-Sequei o sangue da minha boca com a blusinha mesmo.Arthur narrando.
Perdi a cabeça bonito, mas a madrugada toda esperando a bonita, pra putona tá sentando na vara de outro, ainda mais do ex?! Se fuder pra lá caralho.
Peguei minhas coisas e saí de casa, Thais e o Magrinho desciam loucos de moto, avistei a mentirosa da Laís com meu filho no colo, conversando com a mãe do pilantra.
Larguei minha mochila no meio da rua e atravessei até o bar.
Laís: Cadê a minha prima seu idiota, o que você fez com ela seu cretino.
-Ela falou alto e o David virou a cabecinha dele do ombro da Laís, e me olhou.
David: Você brigou com a mamãe, papai?
Thaís: Cadê a Pandinha, Laís?
Laís: Vai em casa, olha ela lá e manda ela correr aqui.
-Ela assentiu e atravessou a rua correndo.
Julia: Gente, se acalmem.
Arthur: Laís, eu não vou falar contigo de novo, me dá o meu filho...
-Viviane atravessou a rua, chegou no bar e esticou os braços pro David, ela estava com o lábio cortado e uns vermelhos.
Arthur: Me dá meu filho, eu não vou deixar ele com uma piranha como você.
Vivi: Seu filho?
-Ela gargalhou irônica.- MEU FILHO!
-Bateu no peito- Tu só leva ele depois que me matar.
Arthur: Eu sou o pai, eu tenho direitos sobre ele.
Vivi: Direito? A mãe sou porra! Tu não vai levar meu filho pra canto nenhum.
Arthur: Para de falar meu filho, o David é nosso filho e ele vai comigo.
-Fui pra pegar o David e ela se afastou .
Vivi: CALA A BOCA PORRA. SOME DAQUI ARTHUR! TÁ CARECA DE SABER QUE O PAI DO DAVID É O BERNARDO! TU NÃO TEM DIREITO NENHUM SOBRE ELE!
-Ouvi ela dizer aquilo foi foda pra caralho.
Arthur: Tranquilo.
-Fui em direção a minha mochila e desci o Morro.
VOCÊ ESTÁ LENDO
OLHAR DO TRÁFICO - LIVRO 1 (F)
Short StoryCRÉDITOS: @web_yang no insta. Reza a lenda que todos tem seu lado bom, e o seu lado mal, certo. Eu to firmão, nem de um lado nem de outro, só vivendo como a vida pede. Pro sistema um número nas estatísticas, dentro de casa, o homem da família. Ah! F...