Capítulo 6

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Eu não pensei em mais nada. O que eu sentia por Connor era uma espécie de loucura tensa e desejosa. Literalmente me via sem controle e isso era assustador e excitante ao mesmo tempo. Eu estava disposta a dispensar as regras e a minha sanidade por ele.
Ele me segurou firme em seu colo e entramos na sala nos beijando da forma mais urgente que eu já tinha visto. A boca dele encaixada na minha só se desgrudava para passear pelo meu pescoço e me dar mordiscadas nos lábios. Ele me deitou no sofá e puxou a camiseta que eu usava para me deixar nua. Vi o lampejo violeta dos seus olhos triscar quando estendi o corpo em sua frente.
Ele pegou meu pé e colocou em seu peito, beijou minha perna, joelho e coxas enquanto eu suspirava por aquele contato suave de sua boca em mim. Connor tinha o corpo iluminado pela luz que entrava da janela e senti minha boca salivar com sua imagem, correndo a língua na minha panturrilha.
Meus músculos se contorceram involuntariamente.
Ele passou as mãos por dentro e por fora de mim. Eu o queria tanto que meu corpo doía, prestes a implorar por ele.
Connor segurou minha cintura e debruçou sobre mim para nos beijarmos novamente. Parecia o beijo mais ardente que nós dois podíamos ter. O senti excitado no meio das minhas pernas e mexi o quadril ouvindo-o respirar mais forte no meu ouvido. Ele entrou apenas um pouco em mim e meu corpo contraiu na tentativa de puxá-lo para dentro.
Gemi quando ele saiu somente para voltar aos pouquinhos e sair novamente. Prendi a mandíbula de tensão e ansiedade, deixando-o continuar essa brincadeira ensandecedora. Meus sentidos entraram em colapso, não escutei nenhum som além da respiração acelerada dele e meu coração disparado. Como se estivéssemos nos movendo mas o tempo tivesse congelado.
Nossos sussurros se transformavam em pequenos gemidos e eu sentia um choque que aumentava minha vontade cada vez que ele se retirava de mim.
- Por favor. - minha voz saiu num fio, sofridamente e minhas mãos apertaram suas costas.
Ele se levantou e meus olhos se incendiaram observando ele se guiar lentamente para o meio das minhas pernas. Ele se deteve no mesmo tanto da provocação, alguns centímetros dentro de mim e então foi forçando o corpo devagar, me alargando levemente. Eu não contive o gozo que me tomou ali mesmo na penetração.
Connor terminou de deitar o corpo sobre mim e ficou parado sentindo eu me contrair prazerosamente.
- Tudo bem? - ele falou no meu ouvido e respondi que sim, com os olhos ainda revirados e a sensação quente me dominando.
Antes de começar a se mover ele me beijou. Este beijo foi mais lento em meio aos meus murmúrios. Eu ainda estava curtindo meu orgasmo quando ele começou seu ritmo intenso típico. Não consegui desgrudar dos olhos dele, não era possível me desconectar de cada movimento seu em mim e dos seus beijos enquanto me devorava.
Minha sensação de êxtase não passou durante todo o tempo e se intensificou conforme ele chegava ao orgasmo.
Con ainda me beijou antes de relaxar completamente o corpo e me virar sobre ele no sofá. Ficamos abraçados até que as sensações fossem diminuídas.
Minhas dúvidas se dissiparam, sexo a dois ainda tinha graça. Ainda era intenso e gostoso. Especialmente feito assim. No meio dessa satisfação eu beijei o peito de Connor e adormeci com o carinho que ele fazia no meu cabelo.

Dean me chamou mas eu não consegui abrir os olhos. Eu estava cansada, sem forças e com muito sono. Ao menos estava sozinha no sofá.
- Liv, eu preciso ir pro quartel, por favor, vamos. - ele disse aflito.
Eu sabia que ele não tinha plantão então aquele chamado era de última hora. Forcei o corpo para fora do sofá, ao que parecia o dia ainda não havia clareado ainda.
- Deixe-a aqui. Depois nós a levaremos. - Julia disse e Dean me beijou rapidamente e me deitou de volta no sofá.
Não sei como eu estava usando sua camiseta e nem consegui perguntar como ele tinha se vestido. Me virei pro lado absolutamente exausta.
Algumas horas depois eu me levantei e andei pela casa, não havia sinal de Julia. Entrei no quarto para pegar minhas roupas e Connor se mexeu na cama, abrindo os olhos.
Ele estendeu a mão e meu primeiro impulso foi me deitar com ele, mas me detive na ideia de que eu não podia fazer com Dean o que não queria que ele fizesse comigo.
- Estou indo pra casa. - falei seriamente e ele se levantou. - Continue descansando.
- Vou levar você. - ele falou decidido. - Jules está no Studio de dança, mas pediu pra te levar.
Eu o observei colocando uma calça de moletom e uma camiseta enquanto também me vesti. Ele tinha leves marcas de unhas nas costas e me lembrei que eu as infligi. Não tinha como guardar segredo de nossa aventura com provas físicas tão visíveis. Pensei que o certo mesmo seria contar a Dean, apesar de não saber como funcionava para Con e Julia, eu não queria esconder nada.
Connor ligou a moto e me entregou um capacete. É lógico que ele teria uma moto custom enorme para torná-lo um pouco mais atraente. Parecia uma piada que alguém tivesse tanto apelo sexual, mesmo que fossem clichês.
Subi na garupa e passei as mãos ao redor de seu corpo. Enquanto tomava o caminho para minha casa Connor segurava e acariciava minhas mãos tanto quanto podia. Aquilo me fez sorrir a princípio, porém uma perturbação em mim fez um filme se desenrolar na minha cabeça, nele Connor estava sempre me causando as melhores sensações.
Todas as coisas que ele fazia me causavam imensa admiração, torpor e leveza. Eu me descobri em face a uma adoração excessiva por Connor até que pude me entregar a ele sem nenhuma condição. Nem mesmo meu amor e compromisso com Dean me detiveram de querer aquele homem.
Meu estômago virou do avesso e bati repetidamente no peito dele pedindo para ele encostar a moto.
Assim que paramos eu desci tirando rapidamente o capacete e tentando puxar o ar que se recusava a me permitir respirar. Eu estava me apaixonando por Connor e isso era terrível.

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