Capítulo 12

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Acordei com Dean entrando no quarto do hospital, Julia se levantou da poltrona e o cumprimentou com um aceno enquanto ele se aproximava de mim. Eu me sentia meio sonolenta, olhei o tubo que entrava numa veia minha e me dei conta de que tinha desmaiado no meio da rua. Jules explicou a Dean o que tinha acontecido e ele segurou minha mão, me fazendo um carinho.
- Estou bem, Dean. - falei meio amortecida.
- Eu sei, Liv. Descanse, querida. Já vamos pra casa. - ele disse antes que eu pudesse fechar os olhos novamente.
Na próxima vez que abri os olhos eu já estava em casa, deitada na cama ao lado de Dean e me sentindo bem, surpreendentemente.
Me levantei e fui até a sala, onde sobre a mesa de jantar estava um saco de papel da farmácia junto com alguns papéis do hospital.
Crise de ansiedade. Uma sensação de morte iminente tão poderosa que desligou os meus sentidos. Nunca havia me sentido daquela forma e pelo número de medicamentos prescritos na receita, o problema era sério.
Li e reli algumas vezes os papéis e nenhum dele continha a prescrição para mudar para qualquer localização livre de Connor. Infelizmente só eu sabia que talvez esta fosse a única solução pra minha saúde mental.
Voltei para o quarto e arrumei as roupas para tomar um banho. O cheiro de bar e hospital em mim competiam ferozmente, e nenhum dos dois era o meu favorito. Fiquei debaixo da água quente de olhos fechados, me perguntando quando eu teria a assertividade necesária para tomar uma decisão e mantê-la. Eu sentia minha sanidade como um iô-iô, indo e voltando para as minhas mãos.
Eu optava por Dean constantemente e continuava caindo em contradição sempre que me deparava com Connor. Isso estava ficando cansativo e acabando comigo. Além de tudo eu não entendia a estratégia de Julia. Ela havia dito que Connor e ela estavam prestes a se separar. Então se cumprimentaram como amigos. Todo o resto me confundiu terrivelmente. Eu tinha certeza que nenhum dos dois tinha me visto. Ela achava que eu não sabia que Connor esteve no bar e não o vi no hospital. Nada fazia sentido.
Me lembrei da cena dos dois com os corpos encaixados. A forma como ele a segurava fazendo parecer que poderiam se fundir em um só corpo. Aquilo me acendeu o desejo na mesma proporção do ciúmes. E eu me senti consumida pelos dois.

Saí do banheiro enrolada na toalha e observei Dean esticado na cama, dormindo pacificamente. Eu adorava seu corpo. As tatuagens em seu peito e braço, as curvinhas de seu bíceps bem desenhado. Ele era um homem com traços bem fortes pela descendência italiana, primorosamente lindo. Eu adorava ver o contraste da sua pele bronzeada na minha.
Subi sobre ele e beijei seu pescoço, desci para o peito, fazendo-o puxar o ar mais forte no despertar. Ele sorriu fazendo um murmúrio satisfeito. Coloquei a boca na dele e encostei devagar nossas línguas pelos lábios entreabertos. Ele passou as mãos pelas minhas coxas ao redor de seu tronco e subiu pela minha cintura, tirando minha toalha e levantando o corpo para beijar meus seios.
Desci lentamente beijando sua barriga e passando as mãos em seu corpo. Ele segurou meus cabelos e o senti crescer dentro da minha boca em poucos instantes. Dean respirou fundo e soltou um gemido delicioso, quase arrancado da garganta.
Passei a língua nele e o coloquei de volta na boca, extasiada com o jeito que ele parecia perto de enlouquecer quando eu o chupava. Ele chamou meu nome algumas vezes e quando estava quase gozando eu parei, voltando a beijar sua boca. Voltei para seu colo e ele lambeu meu pescoço, meu queixo e minha boca, para voltar aos meus seios.
Apertei seu rosto contra meu peito e ele deu mordidas leves em mim, acendendo meus sentidos. Agarrei seus cabelos entre meus dedos, virando sua cabeça levemente pro alto para beijá-lo.
Coloquei a mão nele, ajustando sua entrada em meu corpo e me abaixei em seu colo. Nossas bocas ainda juntas soltaram o ar impiedosamente. Ele segurou minha bunda e me puxava ajudando meus joelhos no movimento de vai e vem que me deixou delirante.
Grudei o corpo nele e ele se deitou me beijando. Estiquei as pernas ao redor de seu corpo, de modo que meu clitóris se esfregasse em sua púbis, sentindo meu prazer triplicar.
Adorava tanto os orgasmos clitorianos quanto os vaginais, mas esta posição me permitia os dois de forma intensa e Dean sabia o quanto me alucinava. Ele estendeu a palma da mão na minha lombar, e conforme eu me mexia ele descia os dedos, me massageando por trás. Eu perdi o controle, entregue às sensações deliciosas que meu corpo criava.
Dean ofegava debaixo de mim, e depois que eu gozei de forma quase animalesca me virou para a cama e me beijou na boca entrando e saindo de mim até gozar. Isso prolongou meu orgasmo ainda mais.
Ficamos abraçados na cama, enroscados nas pernas e braços. Estava mais relaxada mas quando fechei os olhos me a imagem de Connor invadiu minha cabeça.
- D, vamos embora? - sugeri.
- Pra onde, Liv? - ele perguntou meio surpreso.
- Não sei. Pra longe.
- Longe do que especificamente? - ele perguntou me puxando o rosto e encarando sério.
Emudeci e voltei a me aconchegar em seu peito.
Pouco antes de amanhecer eu acordei agitada, Dean estava sonhando com alguma coisa e balbuciando algumas palavras. Me aproximei dele para escutar e entre alguns suspiros eu ouvi de forma perfeitamente clara sua voz chamar "Julia".

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