Ele sorria gentilmente, e fazia um papo leve e descontraído fluir naturalmente.— Então você é nascido em Roma, na Itália. mas mora à seis aqui em nova York.- continuava a falar com ele, que virava seu quinto copo de whisky.— Você é modelo, desde quando?.- perguntei o acompanhando em mais uma taça.— Faz só alguns meses, à seis anos atrás eu vim para me formar. Me graduei quatro anos depois, e a dois venho trabalhando com os negócios da família, e só tem alguns meses que recebi o convite para a campanha do perfume da Nicki, e foi ai que fiz meu primeiro trabalho como modelo.- respondeu ele com um sorriso de lado, enquanto terminava de virar outro copo.— Ah, sim. Faz sentido, já que sou do ramo, e nunca tinha o visto antes.- respondi sinceramente, olhando o salão cada vez mais cheio.— Já eu à conheço tem muito tempo, não pessoalmente. mas conheço de ouvir falar, na verdade nossas famílias se conhecem, seus avós tiveram negócios com os meus.- falou ele descontraído, me fazendo virar para ele com surpresa estampada no rosto.— Não fazia ideia, quem são seus avós?.- questionei realmente interessada. Não sabia que meus avós, tiveram negócios com outras pessoas. — Não faz muita diferença, eles já faleceram. Mas eles gostavam muito dos seus avós, parecem que eram amigos bem próximos.- disse ele com um olhar esguio.
Dei de ombros, olhei as horas e já estava bem tarde e como Brooklyn ainda não havia me respondido, decidi ir para à casa logo. Me despedi de Nicki e James me acompanhou até o meu carro, que já tinha Albert apostos, me esperando.— Bem, foi um prazer te conhecer James, espero te ver mais vezes.- falei estendendo minha mão para que ele apertasse. Mas ele a pegou e à levou até a boca, e lhe depositou um beijo quente.— Com certeza nos veremos, mais cedo que imagina.- respondeu ele me lançando um olhar, que fez um frio tomar conta do meu estômago. Sorri e entrei em meu carro, e segui para minha casa. Meus pensamentos estavam bagunçados, mas definitivamente eu não tinha tempo para isso. Eu tenho que produzir uma capa nova em quinze dias, e preciso urgentemente da minha irmã e justo nesse momento ela resolve sumir.
O que será que está acontecendo com a minha família, parece que nosso chão está ruindo debaixo de nossos pés.°•°
Eu sentia que fisicamente eu era capaz de correr uma maratona, mas mentalmente eu estava acabada. Tirei meu vestido, limpei meu rosto, vesti meu pijama e cai na cama apagando em segundos..
No dia seguinte acordei com uma dor de cabeça horrível, fiz minha higiene e desci pra procurar algum remédio. Encontrei Brooklyn tomando seu café, e me sentei ao seu lado, pedindo à Constance que me arrumasse urgentemente um analgésico.— Onde estava ontem?.- perguntei enquanto estendia o guardanapo sobre meu colo.— Eu fiquei até tarde na criação, estudando novas opções de capa.- respondeu ela rapidamente.- dei de ombros e me servi de uma xícara quente de café e uma torrada, enquanto esperava meu remédio.— E você foi no tal evento da amiga da mamãe?.- perguntou minha irmã, enquanto levava à xícara aos lábios.— Sim Brook, fui. e como todos os eventos que vou obrigada, esse também foi um porre.- conclui.— Credo!! não teve nenhum gatinho, pelo menos?.- perguntou ela curiosa.— Só um cara chamado James, que está estampado pelos outdoors da cidade, e acredita que os avós dele, eram amigos dos nossos?!.- contei à ela, enquanto tomava mais um gole do meu café expresso.— Jura? nossa que estranho, ele te contou assim do nada?.- perguntou ela, aparentemente desconfiada.— Ele me contou conforme o papo foi fluindo, não chegou contando de cara, se é isso que você quer saber.- respondi enquanto ela terminava seu café. Enfim Constance apareceu com meu remédio.— desculpe senhorita, precisou ser buscado na farmácia, não havia analgésicos aqui.- respondeu ela.— Nunca acaba os analgésicos aqui, o que houve?.- perguntei irritada.— Não sei, senhorita. Eles simplesmente acabaram.- respondeu nossa governanta com o olhar baixo.— Certo, me dê esse então.- respondi e ela me entregou um comprimido, tomei com um gole de café e subi para me arrumar. Abri as portas do meu imenso closet, e demorei até mais que o comum para escolher uma roupa, definitivamente meus pensamentos estavam voando por ai hoje. Me arrumei apressadamente, peguei minha chanel e segui para o hall para esperar Brooklyn que ainda provavelmente estaria se arrumando. Apesar de ser editora de uma revista como a maximun, eu não dava tanta importância assim para sapatos, bolsas, jóias, etc. Eu me vestia impecavelmente, mas não sentia necessidade disso. Mas minha mãe com certeza surtaria, se eu decidisse me vestir com simplicidade. Ela é uma das melhores estilistas que conhecemos, mas o simples nunca fez parte dos seus crokis. Às vezes se torna muito pesado, toda essa responsabilidade, e expectativa que esperam de nós. Acordo alguns dias só querendo vestir uma roupa leve, e andar de bicicleta pelo centro ao park, ou só andar por ai sem que ninguém finja um amor falso na minha cara. Respirei fundo, contei até três, me olhei no espelho e olhando pra mim mesma eu disse: — Você quer, você pode, você consegue!!- é como um mantra que aprendemos com nossa avó, e sempre foi mais usado por minha mãe, mas hoje eu também precisei me lembrar. Bati impacientemente meu scarpin sobre o piso de mármore, já estava subindo para apressar Brooklyn que apareceu no topo da escada deslumbrante como sempre, olhei as horas e já estávamos atrasadas. Antes que pudéssemos atravessar à porta, Constance apareceu apressada com três comprimidos coloridos.— Suas vitaminas senhorita Brooklyn, não pode se esquecer de toma-las.- disse afobada nossa governanta. Minhas sobrancelhas se franziram. Minha irmã pegou os comprimidos, e o copo dela de água e as tomou. — Obrigado Constance.- agradeceu ela sorridente. A passos lentos seguimos até nosso carro, onde Albert como sempre nos esperava. Nos aconchegamos e logo estávamos em movimento.— Desde de quando, está precisando tomar vitaminas?.- perguntei para minha irmã, que estava entretida com seu celular.— Não é que preciso, é bom para complementar. Nosso trabalho é bem estressante, e as vitaminas me ajudam à ter mais energia.- respondeu ela ainda com os olhos fixos na tela do celular.— Faz tempo que começou à toma-las?.- perguntei de soláio.— Não. tem dois dias apenas, fique tranquila irmã, estou ótima.- respondeu ela se virando pra mim, e me abraçando de lado. Subi os olhos e Albert assistia tudo pelo retrovisor. Chegamos ao gigante edifício maximun, e rapidamente nos despedimos de Albert e entramos indo direto para o elevador. chegamos na sala de criação e o pessoal já estava reunido, e com inúmeros projetos. Seria um dia longo e exaustivo. Quando marcou uma hora da tarde em meu relógio de pulso, me dei conta de como havia passado rapidamente as horas, e eu precisava almoçar. Brooklyn havia saído já havia umas duas horas, e então presumi que ela já estivesse voltando. Peguei minha bolsa e desci para ir em um restaurante aqui na avenida mesmo, eu adorava ir lá. Atravessei rapidamente, e apertei meu blaser contra o meu corpo, uma brisa gelada me atingiu fazendo meus cabelos voarem. Parei em frente à fachada do modesto restaurante italiano, abri um sorriso e entrei. Logo que o senhor Luigi me viu, abriu seus braços grandes e fortes em minha direção, o abracei fortemente e ouvi sua risada alta.— Até que enfim voltou bambina, achei que tivesse esquecido do velho Luigi.- disse ele me soltando e dando uma analisada em meus rosto cansado.— Nunca Luigi, eu amo esse cantinho.- respondi com um sorriso leve.— Está com um rostinho cansado bambina, tem trabalhado muito, isso sim. e não tem se alimentado. Manoelaaaaaa!!.- gritou ele me fazendo dar um leve pulinho. De dentro da cozinha surge dona Manoela, que logo que me vê, se apressa em vir me abraçar.— Ela não está magrinha Manoela? e com um rostinho cansado? diga a ela Manoela.- falava Luigi com seu bigode grisalho que subia e descia.— Oh minha pequena, você precisa se alimentar, se cuidar. sente-se aqui, vou mandar vir um prato de nhoque à bolonhesa que eu sei que você ama.- disse Manuela com um olhar doce e preocupado para mim. Dona Manuela e o senhor Luigi abriram esse restaurante com todas as economias de uma vida que eles fizeram enquanto moravam na Itália, e decidiram vir para os Estados unidos em busca de uma vida melhor nos negócios. Mas a verdade é que não tem sido fácil, por isso mando todos os funcionários da maximun comer aqui. Eles tem vale refeição, então isso ajuda muito eles no fim do mês. Afinal trabalham mais de mil funcionários na maximun. Me sentei e logo Luigi apareceu com um copo de suco natural de laranja, abriu um sorriso que por conta do bigode me impediam de ver seus dentes.— Por conta da casa bambina, tome vitamina c. bom pra dar um chaqualhão ai dentro.- disse ele, me fazendo soltar uma risada baixa. Dona Manuela apareceu com um prato de nhoque, e estava com um cheirinho maravilhoso. Comi enquanto assistia algum canal que falava sobre a semana de moda de Milão, nem dei muito atenção, afinal aquele nhoque estava roubando cem por cento da minha atenção. Terminei de almoçar e ainda tive que comer um pedaço de torta de maçã, se não o Luigi era capaz de chorar dizendo que estou desnutrida. Paguei a conta, mesmo ouvindo que era um absurdo eu pagar, sendo que eles gostam tanto de mim. Depois de me despedir e prometer umas doze vezes que voltaria logo, voltei rapidamente para a maximun tinha tanto trabalho que não saberia dizer as horas com que conseguiria sair de lá hoje.
Quando passei pela porta da sala de criação, todo o pessoal discutia sobre o Halloween. Rolei meus olhos pelo pessoal, e Brooklyn não tinha voltado ainda. Ela terá que me dar uma boa explicação por conta desses desaparecimentos, estou perdendo minha paciência.— E então pessoal, o que vocês tem para mim?.- perguntei enquanto me sentava em minha cadeira e dirigia minha atenção à eles.— Bem Blair, segundo sua mãe o que falta é romance, certo? Então pensamos em fazer a revista do mês de outubro dedicada ao amor que supera as barreiras, trazer histórias e inspiração de casais que superaram muitas dificuldades e continuaram com o amor intacto e sempre juntos.- disse Kloé.— Podemos juntar isso, com o mundo dos famosos também. pra dar mais publicidade.- disse Zack.— Eu não sei, o mês de outubro, é o mês do halloween. Sabemos como aqui nos estados unidos, todos entram mesmo nessa pegada do dia das bruxas. Devíamos criar algo encima disso, sei lá um top dez dos casais do mundo do terror.- disse Chris.-
Respirei fundo, e olhei de um para o outro e eu sinceramente não sabia o que fazer. Nada daquilo tinha a ver com o que temos feito à anos aqui, eu não entendo disso.— Sinceramente pessoal, eu não sei o que fazer. Dei tudo de mim, na matéria das angolanas e tinha ficado perfeito. Aquela é uma matéria que vale a pena ler, mulheres que mesmo com todas as dificuldades, fazem um trabalho incrível com as crianças e as ensinam toda sua cultura ancestral. Isso de romance, e casais apaixonadinhos não tem nada a ver com o que estou acostumada.-
desabafei me afundando em minha cadeira, querendo sumir. Ouvi dois toques na porta, e me virei para ver quem era. Minha secretária estava parada na porta elegantemente, com uma grande quantidade de papéis em suas mãos.— Senhorita Blair, a senhora tem uma visita. Em sua sala.- disse Amber pausadamente, tentando equilibrar aquela quantidade de coisas em suas mãos. Pedi licença ao pessoal, e sai rumo a minha sala. Quando abri a porta, tive a imagem dele sentado completamente à vontade no pequeno sofá cinza do meu escritório. Meu pai havia me ensinado muito sobre os homens, por isso eu sabia que James era encrenca certa. As pessoas costumam sorrir quando ajudam alguém, como uma forma de criar uma ligação momentânea para quebrar o gelo. Por outro lado, eu também não tinha sorrido para ele.— Que bons ventos lhe trazem aqui?.- perguntei indo o comprimentar.— Saudades.- respondeu ele com seu sorriso largo, e que me deixavam com uma sensação de nunca ter visto nada tão lindo.— Você não me conhece direito, se conhecesse não teria saudades.- respondi risonha me sentando em minha cadeira.— Conheço o suficiente, só você não vê como é maravilhosa.-respondeu James, com seu olhar fixado em mim, como um leão em sua presa.— Aceita um café?.- perguntei tentando mudar de assunto.— Claro!!- respondeu ele se levantando e se sentando em uma cadeira em minha frente. Agradeci mentalmente por uma mesa nos separar, eu não sei o que ele tem, que me deixa desconfortável em minha própria pele. Pedi dois cappuccinos para Amber, que em cinco minutos já havia trazido duas xícaras com fumaças saindo delas.— Mas então, me diga qual o real motivo de sua visita?.- perguntei levando a pequena xícara aos lábios, mas com os olhos presos nos seus.— Já te disse, saudades.- respondeu ele descontraído.— Você nem me conhece direito, como pode sentir saudades? desse jeito vou te achar um psicopata.- endaguei rindo baixo.— Certo, me pegou. Não foi saudades, não ainda. Mas na verdade, vim pra te fazer um convite. Como não tenho seu número, resolvi vir aqui te convidar para jantar.- respondeu ele se ajeitando na cadeira e arrumando a postura. O James ele ia ao contrário do que eu sou acostumada, ele é atrevido, e convencido e também confesso que noite passada quando o vi perfeito em um terno, achei que ele fosse mais um desses modelos metido a executivo. Mas hoje ele me aparece aqui completamente diferente, nos pés um tênis nike, uma calça rasgada, blusas largas e o cabelo todo bagunçado. Eu não sei se ele realmente é extremamente convencido para achar que eu aceitaria, mesmo ele vestido assim ou é por quê ele realmente não liga pra isso assim como eu. mas pelo sim ou pelo não, acho que não haverá problemas em aceitar, afinal é só um jantar. Sorri timidamente, levando mais um gole do cappuccino quente aos meus lábios, que não se incomodaram com a temperatura.- Tudo bem, mas é só um jantar. Sem expectativas.- disse séria. Ele sorriu novamente, e novamente me fazendo sentir um frio no estômago. Ele devia parar de sorrir pra mim.— Claro, é só um jantar, agora se você quiser mais depois dele, ai é outra história.- respondeu ele todo convencido, me fazendo internamente me arrepender, quem ele pensa que é? mas pelo sim, pelo não. vou arriscar, afinal o que poderia dar errado??
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Entre Anjos & Demônios™ (EM PAUSA)
DiversosBlair e Brooklyn Wolf são herdeiras de uma importante revista de Nova York, e desde a morte misteriosa dos avós, tem administrado todo esse império com a supervisão de seus pais, que sempre estão ausentes. Mas tudo começa a mudar quando, James Loren...