Série Irmãs DiCastilho - Ressurgindo

Capítulo 38

POV Fernanda

Apavorada, é a palavra que me define no momento. Olhando para os sete testes é o que faço, desde o momento que Marcus entrou no carro, fiquei sem acreditar e ele apenas disse.

— Só para não haver erro.

O caminho até sua casa foi uma tortura. Não é que eu não queira ter um filho com ele, claro que quero. Só não esperava isso exatamente agora que me entendi com Ayla. Lembro repetidamente de quando ele começou a fazer perguntas sem sentido, da minha ficha caindo e eu entrando em terror, que agora virou meu estado natural. Puro terror.

Agora estamos os dois olhando para os testes.

— Quanto tempo falta? — pergunto a Marcus, enquanto tento me acalmar e ele olha o relógio e diz.

— 4 minutos.— sua atenção está naqueles testes.

Fico andando de um lado para o outro, até que Marcus me para e me abraça, segura minha cabeça em suas mãos e diz.

— Calma mulher, sempre vou estar ao seu lado. — e beija meus lábios.

Paramos nosso beijo porque o celular tocou, informando que acabou o tempo, me aproximo da bancada e olho o resultado, que me faz chorar. Dois tracinhos. Olho para Marcus e encontro seus olhos cheios de amor.

— Amanhã temos que ir ao médico — respiro fundo me apoiando na pia e ele confirma. — Nós dois vamos ao hospital, para ter certeza, certo? — ele afirma sorrindo e passo água no meu rosto, fazendo um coque no cabelo logo em seguida.

— Amanhã vamos ter certeza. Mas são sete testes! Todos positivos! — ele continua com o sorriso enorme no rosto e vem na minha direção.

— O que você vai fazer? — pergunto, quando ele me pega no colo e sai do banheiro.

— Vou amar minha mulher como ela merece.

Naquela noite nos amamos, sempre sussurrando palavras de amor, me fazendo esquecer as minhas preocupações. Mal acordo e já estou correndo para o banheiro e abraçando o meu mais novo amigo, o vaso. Posso sentir Marcus atrás de mim, segurando meus cabelos, depois de passar uns minutos ali, escovo meus dentes para tirar o gosto ruim da boca e me viro para Marcus.

— Bom dia. — digo ainda meio tonta.

— Bom dia amor. — me beija. — Parece que fez um novo amigo. — fala apontando para o vaso.

— Vai se ferrar. — digo. — E se der positivo, a culpa é sua — lhe aponto.

— Minha nada, você bem que gostou que eu sei. — fala dando aquele sorriso malicioso.

— Me diz o que eu faço com você Mason?!— digo indo até o chuveiro.

— Deixa que eu mostro querida. — fala vindo em minha direção.

Nosso café da manhã foi acompanhado de muito enjoo, fora isso, foi tudo ótimo.

Como sempre estou tentando saber o que vai acontecer na apresentação de Ayla, mas de nada adianta, já que danadinha não fala nada e Marcus se diverte cada vez mais com isso. Quando deixamos ela na escola aproveito e marco uma consulta para hoje a tarde com minha médica, e então seguimos para o trabalho.

Quando entramos na sala encontramos Henry sentado na minha mesa olhando uns papéis.

— Bom dia. — ele fala com os olhos vidrados no papel.

—Bom dia. — eu e Marcus falamos ao mesmo tempo.

Nossa manhã passou voando e quando me dou conta, já estamos no consultório esperando chegar minha vez. Balanço minha perna e respiro fundo para atacar a atendente que não para de olhar para Marcus.