Leonardo observava, dentro de seu carro, o departamento do exército que ocupava uma quadra inteira. Apenas esperou e esperou e aos poucos o céu foi ficando mais escuro, mas sempre tinha guardas cuidando de todos os cantos.
Quando estava com seu saco quase cheio, prestes a ligar seu carro para ir embora, paralisou e sorriu de orelha e orelha com seus dentes pontiagudos.
Se abaixou um pouco no banco para não ser visto e observou o ômega saindo da grande estrutura, caminhando pela calçada.
Ligou seu carro e esperou ele virar a esquina para segui-lo.
Viu o ômega caminhar super distraído e com certeza não notaria sua presença.
Como já sabia onde ele estava indo, dirigiu até a casa de Rafa e estacionou, voltando a esperar ele chegar a pé.
Demorou uns dez minutos mas ao longe o ômega virou a esquina e parecia cansado, pegando a chave dentro de sua bolsa, mas quando foi colocá-la na tranca, franziu o cenho por ela estar aperta.
"O quê?" Empurrou a porta e ela abriu.
Entrou desesperado dentro da casa e olhou em volta, estava tudo no lugar, o deixando o três vezes mais confuso.
Andou pela casa toda e nada fora do lugar. Suspirou e trancou a porta, se jogando no sofá de qualquer jeito é fechando os olhos, caindo no sono.
Leo apenas suspirou e olhava curioso para a casa, esperando por mais tempo até achar o momento certo para entrar lá.
Alguns minutos depois.
Rafa estava tão cansado que jurava que tinha babado no travesseiro, se sentou no sofá e suspirou, limpando sua boca.
Coçou seus olhos mas seu sangue gelou quando viu sua janela dos fundos aberta. Ok, ele tinha a fechado, era certeza absoluta.
Se levantou e fechou a porta, voltando a olhar em volta com seu coração a mil.
Ele tinha que pegar sua arma escondida em seu quarto. Caminhou rapidamente para o cômodo e vasculhou por tudo, não a encontrando e se desesperou, alguém tinha roubado ou não estava no lugar.
Enquanto estava de costas para a porta, a ouviu ranger lentamente mas o ômega não ligou pensando que era o vendo, continuando a procurar.
Mas a porta se fechou tão perfeitamente que se forçou a olhar para a porta, vendo um homem todo vestido de preto com uma máscara, e ele trancou a porta atrás de si.
Ele se levantou assustado e rosnou furioso, ficando numa pose autoritária.
"O que pensa que está fazendo aqui?!" Andou um pouco pra frente para tentar dar algum medo mas o homem era maior que ele.
"Desde quando você ficou corajoso assim, meu amor?" O homem sussurrou e Rafael paralisou.
Ele tirou sua máscara, revelando ser seu tio com o sorriso morto em seu rosto e aquele olhar de malícia, desta vez seus cabelos castanhos estavam um pouco grisalhos e seu corpo agora estava definido, sinal que passou anos malhando e se preparando.
"Vejo que cresceu querido, está com um corpo muito gostoso." Riu baixo e Rafael recuou todos os passos chegando a se colar na parede. Estava com os olhos arregalados e muito assustado, aquele pesadelo estava mesmo acontecendo? Aquele homem estava na sua frente mesmo?
Acabou se esquecendo de todos os seus treinamentos, sua cabeça só pensava nas coisas que aquele cara que estava a sua frente fazia com ele enquanto apagava as luzes.
"Está mais gostoso de quando você era criança." Mostrou seus dentes pontiagudos e lentamente direcionou sua mão para o interruptor.
Rafael perdeu o chão e sentiu muitas lágrimas em seus olhos, deixando sua visão toda embaçada.
"N-NÃO!" Pediu desesperado mas tarde de mais, seu tio apagou as luzes e em pouquíssimos segundos sentiu um corpo prensando o seu contra a parede. "ME LARGA SEU NOJENTO!" Berrou mas sentiu uma fita em sua boca, o calando.
"Cala a boca." Cravou suas unhas no pescoço de Rafa e o puxou pra cima, que saudades que seu tio estava de fazer isso, e Rafa apenas gruniu dolorido, mais alguns cortes para sua coleção na nuca. "Agora vamos brincar no escuro, como nós fazíamos antes." Lambeu a bochecha molhada do ômega. "Suas lágrimas são doces, gostei do gosto, quero mais." Rafa se contorcia e por algum milagre consegui o empurrar, tirando a fita de sua boca rapidamente.
Tentou correr para ligar a luz mas foi pego novamente, desta vez jogado no chão e paralisado por completo pelo homem.
"ME SOLTA SEU ANIMAL." Berrou.
"Nah ah, não sem antes eu conseguir o que eu quero." Colocou dedo no elástico da calça alheia, a ameaçando puxar para baixo.
π
Leonardo estava muito entediado dentro naquele carro... Suspirou e estava brincando com suas próprias mãos olhando em volta, agora estava completamente de noite e ele sentiu uma vontade de ir embora.
Colocou a chave na ignição e ligou o carro, mas quando pisou no acelerador, ouviu um grito com sua audição apurada.
Desligou imediatamente o carro e saiu, caminhando rapidamente para a porta da casinha, batendo uma vez mas não ouviu nada. Provavelmente ele já estava dormindo.
Andou pelo terreno tranquilamente e de forma silenciosa, vendo uma janela um pouco aberta e seus olhos brilharam. Abriu a janela e entrou dentro da casa, vendo todas as luzes apagadas. Andou pela casa se se sentou no sofá a procura de alguma coisa, mas ouviu um baque surdo vindo do quarto e olhou na direção, franzindo o cenho.
Andou lentamente até a porta e colocou sua orelha na porta, ouvindo alguns sons estranhos. Franziu o cenho confuso e tentou abrir a porta, mas ela estava trancada.
"SOCORRO!" Ouviu a voz de Rafa berrar de dentro do cômodo e seu instinto de lupus explodiu.
Recuou um pouco e deu um chute na porta, a arrombando e olhou rapidamente em volta mas estava tudo escuro. Ligou o interruptor e apenas viu um vulto o empurrando e correndo dali, fugindo pela janela aberta.
"FILHO DA PUTA!" Olhou para a direção mas não vou mais ninguém, voltou a olhar para dentro do cômodo e não teve palavras para descrever.
Apenas viu Rafa encolhido num canto do cômodo, enquanto se abraçava e tremia com lágrimas nos olhos e choramingava, mas ele estava vestido e tinha um rasgo no seu suéter perto da barriga.
Ficou sem reação mas logo piscou várias vezes, andando para perto do ômega, se abaixando e o abraçando com força.
"NÃO! ME LARGA." Berrou e acabou dando um tapa no lupus, que se segurou para não brigar com ele.
"Calma! Calma. Rafael, sou eu." Sussurrou e acariciou a cabeça alheia. "Aquele cara fugiu."
Rafa olhou assustado para cima, vendo o par de olhos vermelhos e um olhar de preocupação.
Só sentiu mais lágrimas em seus olhos e o agarrou forte pelo o pescoço, o abraçando fortemente quase o sufocando.
"Obrigado obrigado obrigado obrigado obrigado." Sussurrava e tremia tanto que parecia que estava no Alasca sem roupas.
"Oh Rafa... Que merda..." Ele sussurrou e olhou furioso para a janela, querendo matar quem quer que tenha tentado fazer algo com ele.
O lupus apenas o abraçou o mais forte que conseguia. Prometeu para si mesmo que nunca mais deixaria algo parecido acontecer ele, cuidaria dele e o protegeria com todas as suas forças. Prometeu a si mesmo enquanto apenas escutava o choro perto de sua orelha e aos poucos seu casaco preto ficou molhado.
π
•Desculpe os erros•
ESSA FOI POR POUCO JESUS.
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Lupus • ABO Mpreg
Werewolf#1 lugar em LGBT 16/06/2018 até 12/07/2018 #1 lugar em ABO 20/05/2018 até 16/06/2018 #1 lugar em Mpreg 16/05/2018 #2 em Lobisomem 12/08/2018 até... Rafael, um ômega no cargo de Marechal, foi encarregado de prender o pior criminoso existente na décad...