Shh, é o Nosso Segredinho

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Amas não é possível.

Acho que vou escrever 20k de palavra pq vcs são insaciáveis, socorro.

•∆•

"Meu amor?" O homem entrou no quarto com um sorriso no rosto. "Oi querido." As luzes do quarto estavam apagadas e debaixo das cobertas tinha uma elevação tremendo de puro pavor.

"Está bem querido?" Se sentou na cama ao lado do monte de cobertas. "Vejo que não." Sorriu e colocou a mão em cima do monte que desviou do toque. "Hm..." Suspirou e revirou os olhos.

Agarrou as cobertas e puxou com brutalidade, fazendo o ômegazinho choramingar de medo, ele já estava de olhos arregalados e grandes lágrimas escorrendo pela sua bochecha, tremendo sem parar.

"Oi fofinho." Sorriu macabro mostrando seus dentes pontiagudos e a criança apenas recuou. "Sabe..." Olhou no cômodo escuro. "O que aconteceu ontem." Sussurrou e aproximou mais. "É um segredo, um segredo apenas meu e seu." Colocou um dedo em sua boca como sinal de silêncio. "Shhh." Riu baixinho e seus olhos estavam com um brilho morto. "Mas saiba de uma coisa." Ficou sério tão repentinamente que só traumatizava mais a criança. "Se você contar a alguém vai acontecer uma coisa muito, muito, mas muito ruim com você, bebê. Vai contar para alguém?" Perguntou irônico e agarrou o pescoço alheio e com força, o forçou para baixo, começando a enforca-lo. "Vai?"

"N-Não t-t...i-o." Sussurrou por falta de ar, seu tio estava o matando ali mesmo.

"Muito bom." Largou o pescoço o deixando todo vermelho. "Você aprende rápido." Riu se levantando do quarto e caminhou para a porta, mas parou no caminho. "É um segredinho meu e seu, portanto, shh." Saiu do cômodo.

Rafael estava chorando e tremendo na cama sentindo que tinha sido roubado ou algo parecido, não compreendia essas coisas, ainda tinha cinco anos.

Depois de horas chorando, tomou coragem para pensar em sair dali, mas mexeu apenas sua perna e sentiu seu corpo latejar tanto que parecia que estavam o cortando ao meio, começando a novamente chorar sem para porém em silêncio.

~

Depois de horas trancafiado em seu quarto, foi vencido pela fome, o obrigando a sair daquele quarto todo dolorido e mancando para ir em direção a cozinha.

Olhava todos os lados preocupado em achar aquele homem e se manter longe dele, era o que ele mais queria naquele momento.

Chegou com muito esforço na cozinha e se apoiava na parede e graças a Deus não tinha ninguém ali.

Olhou por todo o cômodo e abriu a porta do depósito, varrendo todo o lugar com o olhar e eles brilharam quando viu uma maçã numa fruteira.

Com muito esforço alcançou o fruta e sorriu mínimo quando a mordeu sentindo seu sabor doce.

Uns segundos se passaram com ele apreciando a fruta e quando a terminou, sentiu sua alma sair de seu corpo quando viu uma sombra trás de si, ficando parada. Se virou lentamente de olhos arregalados e viu seu tio com um sorriso de orelha a orelha, mas seus olhos nãos sorriam.

"Oi amor." Se agauchou e o agarrou com força, o fazendo ficar em seu colo.

"M-Me solta!" Sussurrou e tentou empurrar o homem, mas não deu certo.

"Como?" Agarrou com força a cauda pequena de Rafa, o fazendo congelar e sentir seus olhos se encherem.

"Para..." Sussurrou derrotado.

Lupus • ABO MpregOnde histórias criam vida. Descubra agora