Família

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•∆•

Dois meses depois.

"Eu preciso fazer uma festa comemorativa!" Alan sorria enquanto Leo e Rafa estavam de mãos dadas sentados no sofá de sua casa.

"Como assim? Comemorar o que exatamente?" O lupus perguntou com o cenho franzido enquanto fazia carinho com o polegar nas costas da mão do ômega.

"Que vocês estão finalmente juntos, sem nenhum obstáculo." Ele sorriu mais ainda e inflou seu peito.

"Ah sim." O menor disse e estava pensativo, realmente não tinha obstáculos dessa vez, isso era uma coisa muito boa. Nem conseguia acreditar que Leonardo passou por tanta dificuldade junto a ele, um fiel companheiro como sempre.

"Mas você nunca foi de festas." O lupus semicerrou os olhos. "E quem tanto da família você vai chamar? Tipo, é só nós dois. E o Rafa agora." Olhou para o menor ao seu lado, que sorriu minimamente, agradecido.

"Ora! Eu, você, o Rafa e quem sabe a tia Célia." Com isso o de olhos vermelhos semicerrou os mesmos.

"Não vai chamar ela né?" Com essa pergunta, Alan apenas encheu suas bochechas como se tivesse algo preso em sua garganta. "Desembucha!" Insistiu.

"Seguinte, você sabe que quando ela decide alguma coisa, nada a faz mudar de ideia né?" Leonardo concordou. "Ela me ligou hoje de manhã e disse que estava vindo pra cá visitar os sobrinhos lindinhos da titia." Engoliu em seco e o lupus levantou da cadeira.

"Não!" Cruzou os braços e ficou emburrado.

"O que há de errado?" O ômega perguntou tentando entender a conversa, ainda sentado plenamente no sofá, apenas observando a discussão alheia.

"A nossa tia Célia vai vir nos visitar, ela é muito... Muito... Hm." Alan tentou procurar algum adjetivo para definir a tia. "Vamos assim dizer que ela é muito  amorosa." Com isso, o menor franziu o cenho.

"E o que tem em ser amorosa?"

"Não, você não entendeu, ela é MUITO amorosa, mesmo." Leo completou e logo em seguida foram ouvidas batidas na porta. O s três olharam na direção.

"Já vou indo!" Alan gritou e correu para a porta. "Deve ser ela." Girou o trinco e abriu um sorriso. "Oi tia Cé- Alex?" Franziu o cenho e o lupus sorriu e acenou logo em seguida.

"Oi, eu vim devolver o seu celular, você esqueceu lá em casa." Tirou o aparelho do bolso e Alan sentiu sem sangue gelar. "Você sempre esquece ele lá em casa conversar comigo."

"Quem é?" Leo apareceu logo atrás de seu primo e ergueu as sobrancelhas e estava com uma feição curiosa.

"Ah... Então... Eu... Eu, eu não, espera." Alan começou a gaguejar e olhava para os dois rapidamente.

"Quem é você?" Alex perguntou e semicerrou os olhos, cruzando os braços e fazendo uma carranca. Leonardo apenas franziu o cenho e ficou sem ação.

"Como assim quem sou eu? Espera, o que faz aqui? Por que está agindo desse jeito?" O de olhos vermelhos perguntava também com os braços cruzados mas estava tranquilo. Alex começou a rosnar bem baixinho e Leo deu um passo pra trás, não intimidado, apenas não queria brigar.  "Qual'é?"

"Ele é meu primo!" Alan quase berrou entrando no meio dos dois. Se virou para Alex. "Obrigado por pegar entregar meu celular." Sorriu agradecido e pegou o aparelho, guardando em seu bolso. "Não gostaria de entrar?" Perguntou e seu tom de voz era gentil e convidativo.

"Ah, eu não sei..." O de olhos roxos ficou levemente envergonhado pelo show e péssima primeira impressão que causou, olhou para o chão e começou a chutar levemente o chão, balançando seu pé de um lado para o outro. Olhou para cima e viu o outro lupus o encarando de uma forma estranha. "Acho que já vou." Disse já apontando para trás, andando de costas, mas no mesmo instante um carro estacionou na frente da casa. Os três na porta ficaram de olhos arregalados, vendo uma senhora de aproximadamente 60 anos sair do carro, com um sorriso enorme. Ela usava um vestidinho lilás com um chapéu de flores combinando.

Lupus • ABO MpregOnde histórias criam vida. Descubra agora