Rafael W. Abulque

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Tenso...

Não me odeiem...

ATT DUPLA

A pequena finalmente se levantou do colo do ômega e o deixou estivar suas pernas um pouco, mas ela voltou a se sentar no canto da sala, ela estava desidratada e isso o preocupava muito, ela era muito nova para ser tão magra.

Andou pelo cômodo tentando ver direito como era o espaço e se sentiu enjoado quando viu a região ensanguentada na outra extremidade do lugar. Engoliu o ácido em seu esôfago e respirou fundo.

Já irritado de tanta demora, andou até a porta e começou a dar murros nela para tentar chamar a atenção, mas nada. A casa estava em completo silêncio, talvez Ed tenha saído ou ido dormir. Frustrado, coçou seus olhos e se apoiou na porta, sentindo a vontade de chorar novamente.

Apoiou sua testa na madeira e respirou fundo várias vezes para se manter firme, logo olhou para a ômega, que o olhava assustada e se forçou a lhe mandar um sorriso para acalma-la.

Repentinamente a porta foi destrancada e recuou rapidamente e correu na direção da pequena para abraça-la e olhou para a porta, rosnando.

A porta apenas se abriu mas ninguém entrou, estava um breu. Engoliu em seco e tensionou quando sentiu uma movimentação até Ed dar as caras.

"Oi." Sorriu morto e entrou no cômodo de forma preguiçosa. "Nossa, aquela lá me deu um trabalhão." Suspirou e coçou seus olhos."

"Seu monstro." Berrou e protegeu a menina com o corpo. "Sempre foi." Sussurrou a última parte com rancor.

"Não seja infantil." Revirou os olhos. "Vê se cresce." Pigarreou e olhou para a garotinha. "Venha aqui." Apontou para o seu lado e a ômega se encolheu mais.

"Eu não vou deixar!" Voltou a rosnar e desta vez deixou a loira completamente tampada pelo seu corpo. "O que vai fazer com ela?!" Recuou quando o alfa deu um passo para frente.

"Isso te interessa?!" Rosnou mais alto e a garota começou a chorar desesperada. "Se você não me deixar pegar ela, vocês dois vão pro ralo, estou sem paciência." Tirou um canivete de seu bolso e Rafael congelou. Ele poderia facilmente desarma-lo, mas no estado que estava, não poderia fazer esforço algum e ainda mais quando quase sofreu um aborto, estava com gravidez de risco, Connor deixou bem claro.

Engoliu em seco e sentiu a cor de seu rosto sumir, mas mesmo assim recuava e protegia a loira. "Não vou deixar pegá-la, terá que passar pelo meu cadáver." Ficou na posição defensiva e Ed franziu o cenho.

"Acha mesmo que é o único que sabe lutar?" Riu debochado e se aproximou mais.

"Posso não ser o melhor lutador do mundo mas eu sei me defender muito bem." Não tirava seus olhos nas orbes traiçoeiras de seu tio. Fazia tempos que esperava por aquilo, estava o enfrentando, cara a cara.

"Pena que não tenho outro canivete aqui... Poderia dar uma ótima briga, preciso mais mais cicatrizes, sabe? Mas agora eu quero ela!" Apontou para trás já sem paciência e mostrou seus dentes afiados.

"Nem fodendo." Berrou e se moveu rapidamente quando seu tio avançou com o canivete, batendo na mão dele e desviando do golpe a mão dele segurava firmemente a arma. A menina berrou assustada e tentou correr, mas Rafa a prendeu contra a parede como um pedido silencioso para ela se manter ali.

"Sai da frente, eu só quero um de vocês." Fez uma carranca e seus dedos começaram a ficar com os nódulos brancos com a força que segurava o canivete.

"Você quer minha mão na sua cara." Avançou em medo algum e desferiu dois socos em cheio no nariz do alfa, o fazendo recuar com as mãos no rosto e choramingou dolorido, começando a escorrer sangue o melando todo.

Lupus • ABO MpregOnde histórias criam vida. Descubra agora