Recuperando

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Sua visão estava borrada e mesmo olhando para os lados, passando a mão pelos seus olhos, estava tudo borrado. Tossiu e sentiu seu corpo doer mas logo respirou fundo e sentiu o tão familiar cheio amadeirado.

Tentou novamente limpar sua visão e talvez se levantar, mas não conseguiu. Engoliu em seco e sentiu um tipo de medo o aterrorizar, respirava fundo tentando se acalmar com o cheiro.

Conseguiu grunir e agarrou com força o tecido que o cobria, parecia uma coberta peluda e quentinha. Passos eram ouvidos de longe e viu apenas uma silhueta aparecer no cômodo e se ajoelhou ao seu lado.

"Calma amor." Leo sussurrou e sentiu as mãos dele fazerem carinho em suas orelhas e cabelos.

"O que aconteceu? Onde estou?" Choramingou, o cômodo parecia mais escuro, porém colorido, do que do quarto do hospital. "Droga." Segurou com mais força a coberta.

"Shh." A voz dele era bem calma e dócil, mas tinha um tom de alívio. "Estamos em casa." Sentia que o alfa sorria.

"Por que minha visão está tão borrada?" Fechou seus olhos desistindo de ver algo em volta.

"Você pegou uma febre muito forte... Ficou uma semana delirando." Sentiu mais carinho em sua testa, descendo para o seu pescoço e logo sua marca.

"Uma semana?! Eu não lembro de nada." Aos poucos sua visão foi melhorando e conseguiu ver o quarto tão familiar e confortável. "Finalmente... Estava entrando em desespero naquele quarto." Suspirou e se afundou no travesseiro, respirando fundo o cheiro da cama misturada com a do alfa. "Você dormiu aqui?" Fez uma pergunta inocente.

"Ahhmmm... Sim... Eu tive que dormir senão não conseguiria cuidar muito bem de você." Sorriu mínimo. Realmente estava muito aliviado, nunca viu uma febre tão forte quando a de Rafa.

"Aí." Olhou para o seu pulso e viu um corte grande ali. "O que aconteceu aqui?" Passou o dedo no lugar.

"Você caiu da maca e a agulha se mexeu, abrindo o lugar." Ele pegou o braço do ômega e começou a fazer carinho, logo beijando. "Não tem noção do quanto me preocupou." Leo se levantou engatinhou pela cama, se deitando ao lado dele. "Não tem noção do quanto..." Abraçou a cintura do menor e puxou para bem perto de si, respirando fundo o cheiro bom de morangos dos cabelos dele.

Rafael apenas sorriu com aquilo e passou as mãos pelo peito dele, fazendo movimentos circulares por onde passava.

Ficaram uns minutos assim até Rafa quebrar o silêncio.

"Obrigado." Colocou seu nariz bem perto do pescoço do lupus e respirou fundo, se sentindo muito seguro.

"Obrigado? Pelo quê?" Se afastou para olhar nos olhos verdes.

"Por cuidar de mim." Desviou o olhar dos olhos carmesim.

"Como assim? Isso não é mais do que meu dever cuidar de você." Disse sincero e beijou a testa do ômega. "Fiquei desesperado..." Confessou e voltou a abraçar bem forte o pequeno.

"Não se preocupe." Sorriu de orelha a orelha." Eu sou forte." Disse rindo e Leo sentiu uma forte vontade de sorrir também, mas ainda estava se recuperando do choque que foi a semana toda.

"Eu sei... Eu sei." Procurou a mão de seu namorado e entrelaçou, deixando as duas alianças se encostando e desta vez, ambos sorriram sinceros. "Eu te amo tanto..." Enfiou sua cabeça no vão do pescoço do ômega, descansando sua cabeça ali e ouviu uma risada leve.

"Eu também amor." Passou as mas pelas costas do lupus, passando de cima para baixo.

π

"Eu te disse que ele ia melhorar não disse?!" Alan sorriu com as mãos na cintura enquanto observava seu primo quase que desmaiado na poltrona de alívio.

Lupus • ABO MpregOnde histórias criam vida. Descubra agora