Elizabeth retorna à França após a morte de seu marido, mas não espera que alguém conseguirá despertar seus mais sinceros sentimentos tão rápido.
O tempo voa, mas nem todos conseguem deixar tudo no passado para voar com ele.
Kevin me trouxe ao Parco Del Valentino. Ele disse que é o lugar mais bonito que ele conhece em Turim, mas eu sei que foi o primeiro lugar que apareceu no Google quando ele pesquisou "Lugares bonitos em Turim". Já passa das quatro horas da tarde, o que fez a temperatura cair drasticamente. Sentamos em um banco na frente de um lago que é mais afastado da entrada. Encosto a cabeça no ombro de Kevin e ele entrelaça nossos dedos. Ficamos em silêncio enquanto ouvíamos a música no fone que compartilhávamos. Ele fez algumas gracinhas sobre os patos que estavam nadando, o que me fez rir. Disse que pareciam com Cavani andando. Tiramos uma foto e mandamos para Edi.
Kevin Trapp: (finjam que é o Kevin KKKK)
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Kevin Trapp: Oi patinho
–Você quer comer algo?– Pergunta guardando o celular no bolso e em seguida me dá vários selinhos.
–Quero tomar um café.
–Vamos, então.
Ele continuou segurando minha mão enquanto caminhávamos até o café mais próximo. Várias pessoas nos encaravam, mas Kevin parecia não ligar. Até percebi alguns celulares apontando para nós dois, o que me fez caminhar de cabeça baixa. Poucas pessoas pediam para tirar foto com Kevin, e era eu quem as tirava. Algumas até ousaram perguntar se nós estávamos juntos, mas eu rapidamente dizia que não. Ao chegar no café, um pequeno tumulto se formou para tirar fotos com Kevin. Eu me afastei e sentei em uma mesa na janela.
Kevin Trapp: O que você quer beber?
Elizabeth Beaumont: Um chocolate quente com MUITO chantilly
Olho para o caixa e vejo Kevin concentrado em pagar as nossas bebidas. Sorrio e respondo algumas mensagens de Amelie, Maria e Romeo. Bloqueio a tela do celular e vejo novamente minha foto com Ramon e a vontade de chorar vem. Kevin senta ao meu lado e eu disfarço. Ele me abraça e eu coloco o rosto na curva de seu pescoço, só até as lágrimas pararem de surgir. Encosto a cabeça em seu ombro e ele sorri.
–Edi respondeu?– Pergunto.
–Ainda não. Deve estar dormindo.
–Eu queria que você ficasse mais tempo– me aconchego melhor em seu abraço.
–Eu também queria... onde você vai passar o ano novo?
–Não sei. Acho que aqui.
–Por que você não vai comigo para Ibiza? Meus amigos vão.
–Não sei, Kevin. Acho melhor não– encaro seu rosto e ele me dá alguns selinhos.
–Vamos, vai ser muito legal. Vai ser perfeito se você estiver lá. Por favor.
–Não sei, vou pensar.
–Ok, mas pensa com carinho– sorrimos e ele me dá mais selinhos.
