Elizabeth retorna à França após a morte de seu marido, mas não espera que alguém conseguirá despertar seus mais sinceros sentimentos tão rápido.
O tempo voa, mas nem todos conseguem deixar tudo no passado para voar com ele.
O lugar calmo e agradável que estávamos, com música ao vivo, tinha como cenário um cartão postal de Paris. É tudo muito bonito.
Eu e Amy somos muito parecidas, chega a ser engraçado.
–Liz, minha amiga falou que vai ter uma festa muito legal hoje. Você vai com a gente! Não pode ficar isolada para sempre, precisa se distrair.
–Ah, Amy, eu aprecio muito sua intenção, mas eu já estou velha demais para isso, também nunca gostei muito de festas, não é um ambiente que eu me encaixe.
–Eu sou mais velha que você! Você é linda, só precisa se cuidar um pouco mais. Vamos? Eu faço seu cabelo e sua maquiagem.
–Amy... melhor não. Não tenho roupa.
–Chega de desculpas, você precisa se distrair. Vamos comprar uma roupa agora, tem uma loja maravilhosa aqui atrás.
Ela insiste tanto que fico até animada para ir. Apesar de não gostar de festas, ver gente nova vai ser legal. Eu espero que seja. Pedimos a conta e fomos na tal loja. Tem roupas lindas, mas nada que chamasse minha atenção. Ela e a vendedora insistem para que eu leve um vestido, mas prefiro algo mais comportado. Saio do provador vestindo uma calça, uma blusa branca de manga comprida que mostra a barriga e Amelie me fez calçar um par de salto alto.
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Estou me sentindo uma estranha, mas gosto do que vejo. Tem muito tempo que não me sinto bonita, meus cabelos tingidos de loiro já não brilhavam como antes, está armado e sem balanço, mas Amy garantiu que hoje eu serei uma nova pessoa.
[...]
Realmente, minha nova amiga conseguiu fazer um milagre. Não sei como, mas estou muito bonita. Há tempos não me sentia assim. E pelo visto não fui a única a gostar do resultado, já que ao entrar na festa, atraí alguns olhares de alguns homens. Agora? Agora estou sentada no bar, tomando uns bons drinks sozinha, pois Amelie está esperando sua amiga na porta.
–Acho que pegar um porre sozinha não é tão legal– ouço uma voz masculina ao meu lado mas não me dou o trabalho de virar.
Dou um gole no meu copo de vodka pura, sentindo minha garganta queimar, me forçando a fazer uma careta. O homem ao meu lado riu e eu o acompanhei. Ainda não vi seu rosto, e nem pretendo. Mas a curiosidade é tão grande que observo suas mãos, uma delas segura um copo com uma bebida azul.
–Você não está tão diferente de mim– o respondo e levanto meu copo até a altura de minha boca, mas antes de beber novamente, dou uma olhada em seu rosto.
Meus olhos só faltaram sair de minha cabeça com o susto que levei. Não pode ser real.
–Você por algum acaso está me seguindo?– Pergunto levantando da cadeira e tento passar por ele, mas falho miseravelmente.
