Emma narrando
Fazia 5 dias que eu já estava presa. Só pensava em meus pais e também em Rafael. Não se ter ideia de onde a pessoa que ama está, é um desespero muito grande. Espero que eles estejam bem, e espero também que Rafael tenha deixado seu orgulho de lado e tenha chamado a polícia para me tirar daqui.
- Hora do almoço - Ele entra com uma tigela de algo ainda não identificado, ele tem me dado isto todos estes dias que estive aqui - Não faça esta cara, desta vez eu temperei bastante - Ele ainda usa capuz, mesmo falando comigo por muitas vezes eu não consigo identificar sua voz ou seu rosto.
- Não quero comer isto.
- Mais vai, ou então passa fome.
- Qual é o seu nome? - Todos os dias faço esta mesma pergunta ao sequestrador. E ele me responde da mesma maneira.
- Por que quer saber?
- Por favor, já faz cinco dias que estamos aqui. O que quer de mim? Dinheiro?
- Hahaha Emma, você costumava ser mais esperta antes.
- Por que me prendeu aqui então?
- Emma... Eu te sequestrei, você não vai escapar.
- Então tudo foi pra isto? Todas aquelas ameaças, no final de tudo era pra arquitetar um sequestro?
- Não, é só uma pequena parte disso tudo.
- Então o que quer de mim?
- Quando seu namoradinho chegar, você irá descobrir tudo. Afinal, só está aqui, por causa dele.
- Eu não entendi.
- Estou usando você, pra atingir ele. No entanto ele está demorando bastante. Não acha estranho Doce Emma? Cinco dias já...
- Me deixa em paz - Sinto lágrimas se formarem em meus olhos. Deito mais uma vez, no colchão fino proporcionado pelo sequestrador.
- Ora não chore Emma. Ele irá vir, só não sabemos quando.
- Me deixa em paz - Ele se levanta e sai do quarto, trancando a porta atrás de si. O quarto não tem nenhuma janela e as portas são de aço. Não à nada, além de um colchão no meio deste cubículo.
Depois de algumas horas ele voltou para me levar ao andar de cima, está na hora de tomar banho.
- Vamos, eu te trouxe a toalha e comprei as calcinhas que você pediu - Pego a toalha agressivamente de sua mão e entro no banheiro. O mesmo não tinha porta, então eu tinha que tomar banho sendo observada pelo seqüestrador. Exatos cinco minutos depois, independente de eu estar com sabonete no corpo ou não, ele desliga o chuveiro. Que por questão era água fria, mais pelo menos eu posso tomar banho.
[...]
No décimo dia eu já havia perdido as esperanças, estava à dois dias sem comida e sem banho. Havia tentado acertar o sequestrador com um taco que se encontrava atrás da porta, mas não dera muito certo, ele tinha um reflexo bom e havia me pego no flagra. Portanto ele me dera este "castigo".
- Parece que ele não vem mesmo - O seqüestrador começa a ficar impaciente e eu também. Mas me firmo pela promessa de Rafael que prometera que me acharia.
""
Emma, me escute. Não vai demorar muito, eu prometo. Eu vou atrás de você e vou acabar com esse cara ""Mais ele ainda não havia vindo... Até hoje.
- Vamos lá pra cima ver um pouco de televisão - Ele abre as portas de aço e eu me levanto com um pouco de dificuldade. Passo pela porta e sinto o sequestrador me observar, subo as escadas e meus olhos são atingidos pelos raios de sol e posso perceber que é dia. O quarto em que estava aprisionada se encontrava debaixo da casa, como uma espécie de porão. Não tinha acesso a luz e o ar saia por meio de um cano grande, ligado ao andar de cima. Seja lá onde eu estivesse, aquilo já tinha sido programado a algum tempo.
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As idiotices de um bilionário
Ficción GeneralEra considerado mais um dia comum em minha vida,se não fosse por isso. Sabe aquela sensação de que algo extraordinário vai acontecer na sua vida? Era...