|CONCLUÍDO| Protegendo O Príncipe『Série: Princesas』

Capítulo 12 - Primeiro dia

- Luna, me desculpe por...

- Não precisa se desculpar... - O interrompo. - Vamos fazer assim, nós podemos fingir que nada aconteceu e seremos apenas amigos, certo?

Ele não disse nada, apenas afirmou com a cabeça.

- Bom, eu vou para o quarto. Até amanhã. - Saio quase correndo e o deixo ali, sozinho.

Assim que, chego no prédio do meu dormitório não me contive. Parei e olhei para trás, exatamente para onde estava com Anthony há alguns segundos. Ele ainda estava lá, não havia movido um músculo sequer, estava parado me encarando. Volto-me para o prédio e entro, saindo do campo de vista de Anthony.

[...]

Saio do banheiro já vestida, por mais que eu tente, não consigo ficar sem tomar banho. Enquanto enxugo as pontas do meu cabelo que se molharam, me sento na cama. Eu olhava fixamente para a pasta que Peter havia me entregado. Não sei por que, mas eu estava ponderando muito em abri-la, talvez estivesse com receio. Mas o mais importante, o que era a causa desse meu receio todo? É apenas uma pasta com informações.

Estico meu braço até a pasta e a pego. Abro lentamente e começo a foleá-la em busca da foto do príncipe. Paro ao ver uma foto onde estão várias pessoas vestidas impecavelmente. É a família dele. Tinha, mais ou menos, vinte pessoas na foto. Como vou saber quem é o príncipe? Bufo irritada, Peter é um idiota! Me dá a foto mas não me fala quem o príncipe.

Coloco a foto de volta na pasta. Afasto todas as coisas que estavam sobre a cama e as levo até o canto para que eu possa me deitar. Enquanto encaro o teto meus pensamentos vão há momentos atrás, quando eu e Anthony estávamos prestes a nos beijar. Tento afastar aquele pensamento, mas é impossível, pois eu sinto que no fundo eu não quero fazê-lo. Lembrar de seu toque em minha pele me causa arrepios.

Me levanto da cama e guardo as coisas, inclusive a pasta, a mesma coloco em uma parte escondida em uma das duas malas que trouxe comigo. Deito-me novamente na cama, de luzes apagadas e me cubro com duas cobertas grossas. Fico escutando música até dormir.

[...]

Acordo com o barulho do despertador de Brittany. Sei que é dela, pois não trouxe nenhum. Me sento na cama enquanto Brittany já está de pé.

- Quantas horas são?

- Quatro e meia.

- Quatro e meia? - Essa era a hora que eu acordava para estudar quando estava no ensino médio, mas isso era porque eu morava em uma cidade e estudava em outra, dando no mínimo cinquenta minutos de carro. Mas agora, estamos a cinco minutos, no máximo do campus.

- Mais que raios é isso? Para quê você acorda tão cedo assim?

- Eu preciso me arrumar. E ainda tenho que escolher a maquiagem, o penteado e a roupa os quais vou usar hoje.

- Senhor! - Volto a deitar na cama e tento dormir mais um pouco, mas não dá.

Fico conversando com minha mãe enquanto espero Brittany terminar seu banho. Lá em Londres já são quase dez horas da manhã.

Querida, como você está?

Estou bem mamãe.

Me desculpe por ter ligado. Eu te prejudiquei?

Não. Não, nada disso. Não precisa se desculpar, eu deveria ter ligado mais cedo, mas eu saí e me esqueci.

Saiu?

Sim, com a minha colega de quarto e mais alguns amigos dela.

Amigos homens?

Sim, mas por que a senhora está me perguntando isso?

Por nada. Mas, assim, por acaso eles são bonitos? Teve algum que chamou sua atenção?

Mamãe!!!

Querida, estou apenas curiosa.

Então vai continuar curiosa, pois não falo nada.

Aí tem! Se você disse que não vai me falar nada, alguma coisa aconteceu.

Não. Não aconteceu nada, sério!

Sei.

É sério, mãe!

Eu sei, querida.

Escuto o barulho do chuveiro ser desligado e preparo-me para despedir-me de minha mãe:

Mãe, eu vou ter que ir agora, minha colega de quarto acabou de desligar o chuveiro, mais tarde eu ligo.

Certo, querida. Fique com Deus. Tudo bem, estarei esperando sua ligação. Obs: Não ache que eu vou me esquecer de que você tem que me contar algo, ok?

Bloqueio a tela do celular e o deixo sobre a cama. Pego algumas roupas e as levo para o banho, depois que Brittany saiu.