Logo vejo Mark caindo no chão, o projétil perfurou seu ombro em cheio e, com a mesma velocidade que entrou, saiu, ficando cravada na parede atrás dele. Assim que ele caiu no chão mirou a arma - que já estava destravada - em mim e, antes de puxar o gatilho, a virou para Anthony.
A blusa branca de Anthony agora estava toda vermelha de sangue.
- Meu Deus! - O que eu faço?
Assim que me certifico de que Mark está inconsciente, abro o guarda-roupa do quarto, mas não encontro nada. Vou até uma porta, onde acredito que seja o banheiro, e procuro dentro de um armário. Consigo achar uma toalha. Volto para o quarto, me agacho ao lado de Anthony que pressionava sua ferida com a intenção de parar o sangue.
Verifico suas vias aéreas e observo se ele está respirando com dificuldade. Ele não respira com tanta dificuldade, isso é bom, eu acho.
Retiro suas mãos dali, abro sua blusa e coloco a toalha sobre seu tronco, na região do peito. Faço uma leve pressão naquela toalha.
- Faça pressão aqui, eu vou ligar para a emergência.
Vou até Mark e tateio os bolsos da sua calça em busca de um celular, mas não acho nada. Avisto um blazer sobre a cama de casal, no meio do quarto. Corro até ela, pego o blazer e tateio os bolsos e encontro um celular em um dos bolsos internos. Desbloqueio o celular e disco o número de Peter, ele atende no segundo toque.
- Peter! Ele... Foi tudo culpa minha... Ele...
- Alexis? Ele o quê? O que aconteceu? Andrew está bem?
- Não... E-ele levou um t-tiro, eu preciso urgentemente levá-lo ao hospital. Peter, ele vai morrer se demorar muito...
- Calma. Onde você está?
- Segundo andar, segue o corredor, um dos últimos quartos. A porta está aberta.
Deixo o celular no chão e volto a pressionar a toalha no ferimento.
Eu tenho que tirá-lo do chão frio para que ele não pegue hipotermia.
- Você consegue se levantar? Preciso deitar você na cama.
Ele apenas afirmou que sim com a cabeça. Apoio um de seus braços ao redor do meu pescoço e o puxo para se levantar. O vejo fazer uma careta de dor e, em seguida, soltar um grito também de dor. Depois de poucos passos o coloco deitado na cama. Afrouxo suas roupas.
Puxo o lençol da cama e cubro Anthony com ele. Sinto sua mão gélida segurar meu braço com força. Ele começou a tremer e a se mover muito. Ele está em choque.
- Ei. Olha para mim. Vai ficar tudo bem, eu prometo. - Enquanto pressiono o seu ferimento com uma mão, com a outra acaricio os seus cabelos para acalmá-lo. - Eu te amo, Andrew! Eu sei que não é o momento mais adequado para dizer isso, mas eu já não aguentava guardar isso só para mim. Eu te amo tanto! - Sorrio entre o choro.
Ele abriu um sorriso fraco e disse:
- Te am-o...
- Não me deixe, por favor! Eu preciso tanto de você...
Seus olhos começaram a se fechar constantemente até que ele os fecha definitivamente.
- Não! Não! Andrew! Não faça isso comigo! - Começo a balançá-lo.
- Alexis? Alexis? - Reconheço a voz de Peter.
- Aqui! - Grito.
Viro a abeça para trás e vejo Peter entrando com alguns paramédicos.
*****
Já se passaram quatro horas desde Andrew foi levado para aquela sala de cirurgia e estou sem notícias. Fico andando de um lado para o outro. Ainda estou usando o vestido que agora está totalmente ensanguentado e um pouco rasgado.
Sinto minha barriga roncar de fome pela milésima vez, mas eu não saio daqui enquanto não tiver notícias dele.
- Alexis, eu trouxe algumas coisas para você comer.
- Eu já disse que não quero comer.
- Mas você precisa!
- Mas eu não quero! - Sinto minhas pernas vacilarem um pouco e sou guiada por Peter a me sentar no banco.
- Você está se forças, então coma pelo menos esse sanduíche aqui. - Pegou um pacote e me entregou.
Pego o sanduíche e dou uma pequena mordida.
- Pronto. - Devolvo o sanduíche para ele e volto a ficar de pé.
- Você precisa tomar os antibióticos agora, antes que pegue uma infecção.
Apenas afirmo balançando a cabeça e sou guiada por Peter até o lado de fora daquela sala totalmente branca.
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|CONCLUÍDO| Protegendo O Príncipe『Série: Princesas』
Romance❖ Primeiro livro da Série: Princesas ❖ Alexis Cooper é uma agente secreta de uma organização mundial, a KC International. Em poucos anos de atuação em sua profissão, ela já é considerada uma dos melhores agentes de toda a organização. Alexis se depa...