As Chamas do Inferno

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Capítulo Revisado

***                

  Eu realmente amaldiçoava os filmes de vampiros desta vez, ao contrário do que era retratado nele, aquela merda doía, doía para um caralho! Tentei me livrar de seus braços, mas era impossível, ela era forte demais. E ter acumulado tanta fome assim não a ajudava à me ajudar! 

  Muito bem, precisava me acalmar, precisava manter a calma... Só foquei em uma única coisa naquele momento, se meu lado "angelical" não queria aparecer por bem, então faria o outro lado aparecer por mal. Abri os olhos empurrando Rachel para longe. 

  Um arrepio passou pela minha espinha. Era como se naquele momento eu tomasse conta de mim mesmo, o selo ainda não havia se rompido, mas eu tinha de me virar com o que tinha.

—  Rachel... Sou eu... Rebecca! — Chamei e ela avançou em mim com tudo, fiz um X com os braços enquanto o sangue escorria de meu pescoço, em busca de defesa, ela era rápida demais.

  Foi então que senti ela e aproximar e meus olhos acho que por mecanismo de defesa, brilharam em um prateado único. E abriu os braços de uma vez, fazendo com que as chamas azuis se dissipassem afastando Rachel. Minhas mãos estavam em fogo. 

  Eram poucas e rasas, mas era um início, e tinha de tomar cuidado, se eu a queimasse poderia desta vez causar sua morte de verdade... Se o que Rachel disse era verdade, minhas chamas poderiam matar um ser imortal.

  Ela não me ouvia mais, acho que a fome ou a magia das bruxas estavam sob influência dela... Rachel avançou usando sua velocidade me dando um soco no rosto, veio por trás de mim em me deu um empurrão que me levou para frente,  e correu do meu lado me dando um chute na lateral, tentei certá-la com um soco, mas era muito rápida que se abaixou e me abraço levando-me contra a parede.

  Segurou minhas mãos agora ao normal, e com a outra mão segurou meu pescoço parra que continuasse perdendo sangue, tentei contra atacar e implorei para que a magia voltasse, mas não vinha, ela não saía.

  O que diabos eu precisava fazer para que esse selo se soltasse? Para que eu conseguisse usar tudo o que tinha?!

 Tarde demais, ela abocanhou meu pescoço no mesmo local já machucado onde gritei com a dor.

— R-Rachel! — Tentei chamar por seu nome, porém ela já não ouvia mais.

— Rebecca aguente firme! — Gritou Adam desesperado do outro lado.

— Adam... Dany... Ela não está legal, e eu também estou começando a me sentir estranho! — Disse Taylor tentando não apavorá-lo, mas agora era tarde de mais.

— LYSSA! PELO AMOR DO BOM MERLIM OU SEI LÁ EM QUE FEITICEIROS ACREDITAM, ESSA SERIA UMA BOA HORA PARA VOCÊ FAZER ALGO! — Gritou o médium.

— ME COLOCAR PRESSÃO NÃO VAI ADIANTAR! ESTOU TENTANDO PORRA! — Xingou igualmente nervosa recitando diversas vezes palavras em outra língua.

— Becca?! — Chamou Adam. — BECCA! — Chamava, porém devido a dor tudo o que se ouvia eram os meus gritos abafados do outro lado.

  E perto dali, correndo entre os corredores da tumba e fugindo das bruxas, Handriel puxou a camisa de Blake o fazendo estranhar aquela agressividade.

— Ouviu isso? — Perguntou tentando buscar fôlego.

— Isso o que? Enlouqueceu? 

— Shhhh. — Pediu fazendo sinal de silêncio.

— Shhhh, você! 

— Escuta Blake! — Disse ele e Blake parou para escutar ouvindo pequenos sons abafados a uma certa distância dali.

— Adam? — Perguntou Blake ao perceber que eles estavam gritando de desespero, logo os dois se olharam desconfiados e pensaram exatamente a mesma coisa juntos.

— Rebecca! — Responderam juntos voltando a correr seguindo o som da voz.

***

  Enquanto isso, Lucy e Natallie andavam as estreitas tentando conter o medo por dentro com relação ao que estava acontecendo.

— Acha que as bruxas acordaram? — Perguntou Lucy não desgrudando do braço de Natallie.

— Você ainda duvida? — Respondeu com uma pergunta enquanto iluminava o caminho com as mãos pegando fogo.

— Você faz umas coisas maneiras com sua magia, por que não revida nessas bruxas...

— Por que não estou vendo nenhuma Lucy! Será que dá pra me largar? — Perguntou Natallie já agoniada com tanto grude da Lucy.

— Eu não! Dá ultima vez que larguei o braço de Blake, ele e o Handriel saíram voando e desapareceram! E se você sumir e me deixar sozinha?

  Natallie revirou os olhos.

 Quando viraram a esquerda alguém mirou um soco na direção de Natallie que desviou jogando o soco na direção de Lucy que soltou um grito com a dor.

— Ai! Bruxa escrota! — Gritou ainda mais alto com os olhos fechados.

— Lucy? — Perguntou uma voz. Ah era apenas mais um aluno. — Que susto! Jurei que fosse uma das bruxas! venham rápido os outros estão aqui! — Ele guiou as meninas até uma parte da tumba grande o suficiente, porém sem nenhuma saída de emergência. Apenas aquela.

— Graças a deus! Estamos salvas! — Disse ela voltando para perto dos outros.

— Onde estão os outros do seu grupo? — Perguntou o professor de geografia.

— Sumiram, tipo do nada! — Respondeu ela e Natallie franziu o cenho da testa.

— As bruxas acordaram... — Disse ela.

— Sabemos disso. — Foi a vez da professora de história. — Vimos uma a pouco tempo atrás, ela deu trabalho, mas conseguimos fugir, desde então estamos procurando por outros alunos.

— E a saída da tumba? — Perguntou Lucy.

— Trancada. Ninguém sai ou entra. — Disse um aluno amedrontado.

— Os únicos que faltam são o grupo do Taylor e os meninos do seu grupo. — Disse o professor.

— Achei que fosse seguro essa droga de lugar! — Disse outro aluno abraçando uma moça que chorava em desespero.

— Nós também! — Disse o professor de geografia. — Não era pra isso acontecer, já fomos aqui uma vez se lembra? Sem contar que já averiguamos essa área diversas vezes! Não tem como acordar as bruxas!

— Exceto por um renegado do inferno... — Disse Natallie atraindo a atenção para ela.

— Não tem nenhum renegado do inferno aqui, Nat. — Disse o amigo da bruxa iluminada que não pareceu satisfeita com a resposta.

— Enquanto andávamos, Blake esbarrou em algo pontudo, aí quando observei direito o que era, percebi que era a serpente alada. — Respondeu Natallie.

— Sim... A serpente que selou as bruxas e daí? 

— E daí que Blake é filho de um renegado. Ninguém aqui é filho de um demônio, somos descendentes. Nada mais do que isso, somos todos mortais, mas Blake? Ele é filho de um renegado. 

— E cortou a mão... — Completou Lucy.

— Ah droga. Como ninguém teve essa ideia! É claro. — Disse a professora de história.

— Não! Mas... Teria que ser um demônio puro! Blake deveria ser um demônio de sangue puro para abrir aquilo! Eu li e reli a profecia dessa tumba milhares de vezes! Nada a não ser um anjo ou um demônio legítimo conseguiria abrir essa tumba! — Disse o professor.

— Bom... Ou o senhor leu errado. Ou... — Disse Lucy antes de ser interrompida pela professora.

— Ou Blake Styles é um renegado do inferno.

Renegados do Inferno - Selada - Vol 1 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora