Prólogo.

265 37 89
                                    

Quando se está acostumado a ser sozinho e a gostar da solidão, ao ver sua tão bem-vinda calmaria ser abalada a primeira reação é erguer um muro mais alto e de preferência com arame farpado, raios lasers e uma barreira mágica em volta. Foi o que eu fiz, me escondi no lugar mais remoto da Sibéria e fui curtir minha própria presença longe de toda aquela correria que era o mundo moderno. Saia ocasionalmente para chutar alguns traseiros, recuperar artefatos mágico interessantes, tirar gatinhos de três metros de uma árvore. Tudo muito simples e eu estava bem feliz com isso.

No entanto ganhei uma cunhadinha irritantemente adorável cujo o olhar pidão era dez vezes pior que as covinhas de meu irmão, ela me convenceu a treinar suas crias gêmeas e para completar Edward aderiu a ideia e se convidou para mandar também a filha única com a desculpa que seria perfeito já que os três eram bons amigos. Não adiantou bufar, fazer cara de mal e ameaçar dependurar os três pestinhas em um penhasco. Fui vencido pela insistência, passei a receber os três pré-aborrescentes todo ano e lá se foi minha paz e meu precioso silencio.

Mas sabe o que é pior? Acabei por gostar de ter os três por perto, ensiná-los a se virarem e eles me surpreendia com o progresso rápido. Principalmente a loira problema, aquela garota era impulsiva, desobediente e muito, muito curiosa. Não importava o desafio ela estava pronta para aceitar e tinha a língua afiada que não cansava de me questionar. Se Charlotte fosse ruiva diria que estava lidando com a duplicata de minha irmã Mira. Não conto as vezes que tive que me controlar para não deixá-la do lado de fora na neve apenas com um saco de dormir, claro que não adiantaria muita coisa, a garota era como bambu que enverga, mas não quebra. Christian e Melissa não ficavam muito atrás, sorrateiros, inteligentes e com um censo se humor irritante.

Eu estava deveras apegado, sorte que sempre fui bom em ocultar meus sentimentos. Para eles eu era o tio ranzinza, legal que deixava brincar com armas. Eles me respeitavam e era engraçado quando os desafiava de alguma forma, os três pares de olhos brilhavam cheios de entusiasmo. Quando eles voltavam para casa e eu voltava a ficar sozinha sentia-me estranhamente... Sozinho. Era angustiante e só muito tempo depois foi que me dei conta que sentia falta do barulho, das brigas, das risadas e das explosões. A solidão já não me era tão atrativa e quando Sky fez aquela vídeo chamada contando da suspeita de que as tropas de criaturas estavam se deslocando para as dimensões sombrias mal pude conter o entusiasmo.

Mal via a hora de sair em uma aventura, a possibilidade de dá uma bela dor de cabeça em Acrab era a melhor parte. Aquele patife já estava ameaçando minha família por tempo demais, era hora de dá um pouco de dor de cabeça a ele e eu faria isso com todo prazer e cantarolando Mikhail Glinka. Só não esperava que essa aventura me levasse direto a enfrentar uma parte de meu passado que estava muito bem esquecida e que agora retornou para abalar ainda mais minhas defesas. 

***

Olha eu aqui meus guardiões o/ nem deu para sentir saudades em? kkkkkk Esse spin estava sendo cobrado a muito tempo e aqui está ele finalmente. Vamos viajar pela mente do nosso caçador e ver que nem tudo que aparenta realmente é. Isso já ficou claro nesse prólogo. A historia terá dois narradores, cujo o segundo narrador será apresentado mais adiante. O enredo vai contar o que Orion andou fazendo durante a historia de Guardiões descendentes, ou seja diferente do origens que foi contado no passado esse será no presente, teremos alguns flashbacks para esclarecer algumas coisas, mas isso é coisa de mais adiante. Acho que é isso pessoal, digam o que acharam dessa primeira impressão :3 Estarei postando o primeiro capítulo que já está em andamento na quinta. 

Guardiões. - Orion. O caçador. #Cte2018Onde histórias criam vida. Descubra agora