4° temporada- 3° Capítulo

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Min Misoo P.O.V

   Eu só queria tomar banho e fazer meu jantar... Resminguei comigo mesma indo até a porta para receber a visita que eu não esperava. Não pode ser meu pai... Ele estava no Brasil, eu acho... E o Joon... Está com a esposa tirando um tempinho para os dois. Ele nem atende o celular esses dias.

  Saí da empresa morrendo de frio esfregando minhas mãos em meus braços descobertos a procura de quem me chamou em pleno horário de janta. Senti uma cutucada nas costas e me virei me deparando com um adolescente.

— Posso te ajudar?

Perguntei confusa.

— Bom, eu sou seu irmão. nosso pai falou que iria me ajudar no meu intercâmbio.

  Olhei para o garoto boqueaberta tentando processar a sua frase que parecia ter sido ensaiada.

— Você é meu o que?

  Perguntei só para ter certeza que eu não estava louca ou se eu tinha entendido direito.

— Seu irmão e...

— Tá intercâmbio entendi, quantos anos você tem?

  Perguntei ainda aturdida, Senhor me diz que eu tô delirando de fome... Esfreguei a mão na testa tentando me manter calma com a situação.

— tenho quatorze anos, bom nosso pai...

  Ele dizia com a mochila nas costas e com os pezinhos prontos para entrar, bom pezinhos não.

— Bom, primeiro de tudo: Não fala "nosso pai", isso é estranho. E segundo... Você acha que eu posso abrigar e desabrigar quem eu quiser? Não é bem assim...

—   Sobre o primeiro, tudo bem, você é muito gata para eu chamar de irmã mesmo.... E segundo: Você vai me deixar na rua? Isso é abandono de incapaz, é crime.

  Olhei para ele indignada, ele estava disposto a me denunciar? Tombei a cabeça para trás rapidamente respirando fundo. Eu balançava de um lado para o outro inquieta e confusa.

—O que você tá falando? Você veio até o outro lado do mundo sozinho!

— Tá de qualquer jeito...

  Ele abriu a boca para tentar me convencer mas eu o interrompi com pressa para terminar aquilo logo.

— Que tal começar a sua aventura de intercâmbio e dormir numa sauna até eu decidir o que eu faço com você?

— Eu não sei chegar a lugar nenhum!

  Suspirei frustrada, passando a mão pelo meu rabo de cavalo bagunçado olhando para o nada.

— Tá, entra aqui, vou ver o que eu faço. Mas fique ciente que ainda tem a possibilidade de eu te colocar num táxi para qualquer lugar. E eu imagino que você não fale coreano, então não me irrita.

— Se enganou, eu falo sim. Ele respondeu.

— Como você aprendeu a falar coreano?

— Minha mãe é coreana! — Ele falou apontando para seu olho levemente puxado, confesso, não reparei.

— Ah eu não acredito.

  Meu pai era todo "ai Ásia é um lixo" mas casou com  uma COREANA? Ah me dê paciência.

  Subi até o andar que não era o meu puxando o garoto pelo tecido que sobrava da sua blusa.

— Sorria.

Será Que....? (JB)Onde histórias criam vida. Descubra agora