Capítulo especial Nathan | 2

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Capítulo ambientado no dia do aniversário da Emily quando o Nathaniel está esperando por ela no Terraço.

*

O toque da mão da Emily descendo no meu peito me faz automaticamente fechar os olhos.

Quero segurar o pulso dela e puxá-la para mim, mas me contenho. Depois de um dia achando que ela nem olharia para mim, isso é mais do que eu estava esperando. Além disso, essa proximidade inesperada dela me deixa nervoso demais. Paralisa-me.

— Isso não quer dizer que estamos bem. — Sinto o coração acelerar quando Emily sussurra essas palavras na minha boca.

Consigo sentir a raiva que ela está sentindo, mas também sinto o desejo.

— Eu sei — digo.

De repente, não há mais nada no mundo, apenas nós dois e a intensidade do que a boca dela na minha me faz sentir.

Apesar de o beijo ser lento.

Carinhoso.

E curto.

Muito curto.

Suspiro quando ela se afasta rápido demais.

— Estou exausta — Emily diz em um sussurro baixo, como se não quisesse confessar isso. E deve ser a primeira vez que a ouço reclamar de alguma coisa. Talvez seja apenas uma desculpa para se livrar de mim, para manter a distância depois de tudo o que me ouviu dizer hoje no quartel. — Preciso dormir.

E por mais que eu não queira me separar dela, não digo que não quero que ela vá. Apenas torço para que ela me chame para ir junto.

Emily encosta a cabeça no meu peito e isso me faz acreditar que ela também não quer ir sem mim.

Sinto ela cheirar o meu perfume, o perfume que eu sei que é o preferido dela, enquanto espero ela decidir sem pressão.

Depois de alguns minutos, estou quase desistindo e perguntando se ela quer ir para o apartamento, arriscando que ela responda que sim e não me chame, mas não quero que ela se canse ainda mais.

Emily está acordada há quase vinte e quatro horas porque eu a despertei quatro horas da manhã. Além disso, deve ter passado à noite andando de salto alto na festa de aniversário dela.

E é melhor não pensar nisso.

Fiz tudo o que pude para poder estar ao lado dela hoje, mas impedir que os Setorianos presos na explosão ontem tivessem ordem de execução levou o dia todo.

Estou exausto também.

Mas satisfeito.

Ela ficaria feliz em saber o motivo de eu não ter aparecido em um dia tão importante para ela.

Depois do que pareceu uma eternidade, Emily se afasta, segura a minha mão e sem dizer uma palavra me guia para o apartamento dela.

Antes de deixarmos o terraço, faço um sinal para os meus seguranças, não quero que eles fiquem na porta do apartamento, mas não tenho como tirá-los do prédio.

Claro, isso mais uma vez será notícia amanhã.

Assim que entramos na sala de estar, Emily me beija de novo.

Sem pararmos de nos beijar, ela me guia para o quarto devagar, apenas a luz da varanda atravessa as portas de vidro e ilumina o ambiente.

Ela para o nosso beijo e, mesmo contra a minha vontade, se afasta para acender a luz do abajur. Vou atrás dela incapaz de ficar muito tempo longe.

A Resistência | À Beira do Caos (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora