Out Of Control - Peter Parker [concluída]

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|Peter Parker|

Eu estava fazendo umas modificações no uniforme do aranha, quando meu celular começou a tocar. Olhei as horas no despertador ao lado da cama, vendo que ainda não era muito tarde. Torci para ser Calliope, me ligando apenas para falar um oi, já que não havíamos nos falado desde que eu havia tentado beija-lá, três dias atrás.

Sentamos longe durante as aulas, ela sentou com suas irmãs durante o intervalo e ela não havia aparecido durante a tarde para me ajudar a cuidar do Queens, como fazia todos os dias. Me surpreendi ao ver o nome de April brilhar na tela.

— Oi April — disse ao atender — aconteceu alguma coisa?

— Sim, Callie precisa de você! — ouvi a garota soluçar do outro lado da linha.

— O que? Por que? O que aconteceu?

April me contou toda a história. Contou-me que Callie não era filha de sangue de seus pais, contou-me que ela é meio alienígena e disse que a garota havia se trancado no quarto, e que ela provavelmente precisava de alguém, por mais que não fosse abrir a porta para ninguém da família.

— Nós brigamos, não sei se minha companhia vai ser o melhor agora — suspirei.

— Peter, confia em mim, Calliope precisa de você!

— Okay, estou indo!

— Obrigada — ela suspirou — não venha pela porta, ela não vai abrir.

— Como você quer que eu entre?

— Nāo se faça de idiota, eu sei quem você é! Vai pela janela.

— Como você...?

— Não sou burra, muito menos cega — ela disse calma, mas ainda com voz de choro — e o meu quarto é do lado do da Callie, nossas janelas dão para o mesmo telhado — como eu pude ser tão desatento? — Rápido Peter!

***

Olhei a janela de Callie, vendo a garota deitada de costas para a mesma. Não bati e nem pedi permissão, apenas empurrei o vidro abrindo a janela o suficiente para eu poder passar. Ela se virou ao me ouvir, olhando-me assustada.

— O que está fazendo aqui? — perguntou sentando-se na cama.

Ela estava de pijama, com o cabelo preso e os olhos vermelhos e inchados.

— Callie... — suspirei vendo sua expressão de choro quebrar meu coração.

Eu não disse mais nada, apenas caminhei até ela, a abraçando com força, ela precisava disso. Ela não demorou em colocar sua cabeça em meu peito e chorar enquanto eu afagava seus cabelos ainda presos em um coque.