Eu estava com o lápis na mão, encarando frustrada a folha com inúmeros cálculos, não tinha enontrado a resposta da equação. O barulho da porta interrompeu os meus pensamentos, encarei a figura na minha frente sorrindo. Naquele dia eu recebi a melhor notícia que poderia: conseguir o emprego.
O fato da minha tia trabalhar há anos para o seu patrão foi crucial. Ela demonstrou ser uma pessoa confiável, por isso foi mais aceito que uma parente sua preenchesse a outra vaga. Foi somente essa informação que ela me deu, fiz outras perguntas mas nenhuma dúvida minha foi sanada.
Ela orientou-me a ter calma visto que todas as minhas perguntas seriam respondidas na entrevista de emprego. Aliado a isso, também seriam apresentadas às regras, sendo a parte mais importante e que eu deveria seguir disciplinadamente.
Estranhei a princípio toda essa cautela, nunca irei entender as pessoas com grande poder aquisitivo. Como a minha mãe sempre disse: "Quanto mais rico, mais exigente". Deixo esses pensamentos de lado enquanto procuro no guarda-roupa algo que seja apresentável.
Sigo o conselho da Tia Eunjin, visto a melhor roupa que tenho para passar uma boa impressão. Olho-me no espelho e agradeço por residir em Seul, assim ninguém saberá que usei incontáveis vezes a mesma roupa na pequena cidade onde morei.
- Você está ótima menina - ela diz enquanto pega a sua bolsa. - Vai passar uma boa impressão.
Sorrio como resposta. Aproveito e também pego a minha mochila e confiro rapidamente se não estou esquecendo de algo. Em seguida, desço as escadas e a espero trancar a porta.
- É muito longe daqui? - Observo a chave girar na fechadura.
- Daqui é sim, mas o bom é que fica perto da tua faculdade. - Tia Eunjin caminha em minha direção.
Esse emprego é tudo o que preciso nesse momento. Irei trabalhar com uma pessoa que confio, teremos uma a outra para ajudar. Além disso, fica perto da minha faculdade. Com isso, não precisarei sair mais cedo e, consequentemente, é um motivo a menos para eu ser demitida. Apenas preciso cumprir com louvor as minhas obrigações.
Ainda não amanheceu. A Terra não rotacionou o suficiente para que o Sol apareça e, assim, energizar o dia. As plantas o aguardam para realizarem sua principal função: a fotossíntese. Enquanto que o resto da população o espera para realizarem as suas obrigações, como estudar ou trabalhar.
Chegamos perto da estação de metrô, explico para a Eunjin que preciso ir ao banco e que irei encontrá-la depois. Eu deveria ter feito isso há alguns dias, mas acabei adiando porque não há nenhuma agência bancária perto de Guryong e também eu não tinha dinheiro para gastar com a passagem de ônibus.
Entro na agência e deposito rapidamente o dinheiro para a minha mãe e avó. Espero que essa quantia seja suficiente, pelo menos para ajudar com a alimentação. Desejo que o meu salário nesse novo emprego seja maior, assim poderei ajudá-las mais.
Em seguida, realizo uma missão praticamente impossível: correr e desviar da multidão apressada na estação do metrô. Felizmente, chego a tempo e encontro a minha tia. Esperamos alguns minutos e entramos quando o metrô chegou.
Conversamos um pouco enquanto o veículo percorria pela cidade. Tentei colher algumas informações dela sobre o local que irei trabalhar, porém ela continuou imparcial. Alegou que estávamos perto e que lá tudo seria respondido. Bufei, esse sigilo realmente é necessário?
Descemos em frente a um condomínio fechado. Na entrada tinham dois funcionários que reconheceram a minha tia, mas mesmo assim ela teve que mostrar sua identificação. Após passarmos pela recepção, deparo-me com várias mansões em minha frente. Fico estática observando o local que parecia ser de um filme de Hollywood.
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A Empregada - Jungkook
FanfictionLee Yura, ingressou em uma das faculdades mais renomadas e concorridas da Coréia do Sul. No entanto, isso não anula sua precária condição financeira atual. Ela terá que trabalhar arduamente até o dia em que receber o seu diploma; um vasto caminho co...