Na minha infância pensei que as nuvens eram o acúmulo de lágrimas e, consequentemente, a chuva era o choro da humanidade. No entanto, eu estava errada. Nós somos como a água, passamos por diversos - sentimentos - estados físicos, mas jamais perdemos a nossa essência.
Não somos feitos somente de tristeza - simbolizado pela chuva -, possuímos diversas facetas, sentimentos e estados que nos agregam sabedoria. Porém, nenhum átomo que possuímos muda; ele continuará sendo o mesmo até o fim.
Eu sentia cada gota que caia em minha jaqueta, o tecido molhado grudava na minha pele. O pequeno guarda-chuva não era capaz de proteger nós duas, a única solução era encarar a natureza para não chegarmos atrasadas no trabalho.
É difícil chover nessa época do ano. E quando acontece, a cidade inteira fala sobre o clima: alguns agradecem por cessar parcialmente o calor enquanto outros reclamam por ser um empecilho na sua rotina.
- Vamos vestir o uniforme logo para não ficarmos gripadas - Tia Eunjin diz assim que entramos no quarto das empregadas.
Espero ela se vestir primeiro. Olho para a minha calça que está completamente encharcada, molhando o piso do quarto. O homem já foi à Lua e desvendou grandes mistérios, porém ainda não inventou um guarda-chuva eficiente.
Depois que ela sai, entro no banheiro. Tiro a roupa molhada e enxugo a minha pele, posteriormente visto o meu uniforme. A sensação de usar uma roupa limpa e quentinha é indescritível, infelizmente só damos valor nessa situação.
- Quando parar de chover nós vamos sair - ela diz antes de sair do cômodo.
A bagunça está no mesmo nível de ontem: roupas jogadas, louça suja e objetos desorganizados. Recolho os pratos e talheres que estão espalhados nos diversos aposentos e coloco-os em cima da pia. Em seguida, lavo tudo cantarolando alguma música que me remeta ao clima de hoje.
Após concluir essa tarefa, ajudo a Sra. Myong que está lustrando os móveis. O cheiro de material de limpeza emanava pela sala principal. Aproveitamos para conversar e, dessa maneira, nos aproximamos mais visto que trabalharemos juntas todos os dias - exceto pelo final de semana.
- Yura. - A voz da Eunjin ecoa pelo aposento. - Parou de chover, vamos lá.
Despeço-me da Myong com um sorriso e sigo a minha tia. Há outros guarda-chuvas aqui e cada uma pega um para nos prevenirmos caso chova novamente.
- Essa chuva atrasou tudo - Eunjin diz caminhando apressadamente.
- Aonde vamos? - Aumento a velocidade dos passos para tentar alcançá-la.
- Hoje é dia de fazer supermercado. - Ela inspira, recuperado o fôlego. - É preciso comprar tudo o que eles precisam durante a semana.
Caminhamos durante alguns minutos até chegarmos ao supermercado que é relativamente perto do condomínio. Entramos e pegamos dois carrinhos, não há muitas pessoas no estabelecimento. Quando paramos em um dos corredores, tia Eunjin tira do bolso uma lista enorme, aproximo-me dela para tentar ler.
- Vamos comprar tudo isso? - faço um pergunta óbvia, porém precisava me certificar.
Ela apenas maneia a cabeça positivamente e diz:
- Depois vamos ter que pegar mais alguns carrinhos.
Eunjin entrega-me a lista para eu decorar os itens e com isso poupar tempo durante as compras. São vários produtos com nomes estranhos, suponho sejam estrangeiros e que possuam um preço elevadíssimo.
Perdi a noção do tempo enquanto procurava por cada produto. Além de comprar o que eles solicitaram, também tínhamos que comprar os materiais para a manutenção da casa. Eram muitos produtos e não podíamos esquecer de nada já que só voltaríamos a trabalhar somente na segunda-feira.
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A Empregada - Jungkook
FanfictionLee Yura, ingressou em uma das faculdades mais renomadas e concorridas da Coréia do Sul. No entanto, isso não anula sua precária condição financeira atual. Ela terá que trabalhar arduamente até o dia em que receber o seu diploma; um vasto caminho co...