18. Falsidade

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"Às vezes as piores dores vem de quem menos imaginamos."

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Era tarde da noite. Na sala da casa dos Mason, Lauren estava sentada no sofá em frente a tv. Em 2006, na era dos DVD's, ela acompanha pela tv o dvd de seu casamento.

A música Mississippi, acompanhava ela e Pete há muito tempo. Nas filmagens, ela e Pete aparecem felizes, dançando e se divertindo. Foi uma noite muito feliz.

Abby estava em seu quarto dormindo tranquilamente.

Lauren sorria e matava a saudade do marido, já que faziam alguns meses que ele estava fora de casa trabalhando. Ao seu lado, uma garrafa de vodka.

A campainha toca.

— Ué... Mas quem será a essa hora? Será que Pete voltou e esqueceu as chaves? - Diz ela, sozinha e meio alterada.

Ao abrir a porta, ela fica surpresa.

— Chris?! - Diz ela, vendo o amigo do marido.

— Precisamos conversar. - Responde ele, sério.

••••

Pete e Lauren são "expelidos" do espelho e a experiência não é muito confortável.

Eles caem no chão com força.

— Droga! - Pete reclama da dor.

— Como... Como você fez isso? E onde é que nós estamos? - Questiona Lauren.

— Minha mãe. Ela... Tinha poderes paranormais. É muita coisa pra explicar agora mas... Durante a minha visita ao sanatório, eu li diversos documentos e anotações sobre ela. - Pete lembra que estava sentado chorando no Asylum. É quando ele finalmente se recompõe e volta a sala de arquivos. Novamente pegando a pasta de Helen Mason, ele lê, folha por folha, tudo o que havia ali. — Tudo o que eu posso dizer sobre ela... É que ela era um monstro. Não se abandona e nem tenta se matar um filho... Isso é a pior atrocidade que um pai ou uma mãe pode fazer.

— Querido... - Lauren toca nos ombros dele.

— Ela tentou me matar e... Nunca me amou. Lauren... Isso me mostra o quanto eu sou diferente dela. Eu me importo tanto com Abby que daria a minha vida por ela. E tudo o que a minha mãe conseguiu foi tirar as coisas que eu mais gostava... Eu não tive infância, não tive um pai, cresci atormentado pelas minhas memórias e perturbações por tudo o que vivi... Mas aí eu encontrei você... E tudo mudou. Obrigado por me amar e me aceitar como eu sou. - Ele abraça a esposa.

— Eu amo você, amor... E faria qualquer coisa por você e pela Abby. Qualquer coisa! - Ela o beija.

— Como se não bastasse ter lembranças e momentos ruins... Eu descobri isso... Ela dizia que falava com as pessoas nos espelhos, que podia vê-los, e atravessar para o mundo deles e voltar para o "nosso" mundo sempre que quisesse. Eu também posso fazer isso... Eu só não entendi o que é este lugar e como eu consigo. Mas... Depois que estive no sanatório... Tive uma outra visão sobre tudo. - Diz ele.

Os dois levantam, Lauren suspira, ela parece ter sido muito tocada pelas palavras de Pete.

— Você está bem? - Questiona ele.

— Pete... Eu amo você independente de tudo... Mas... Isso nem deveria ser hora pra isso e nem lugar, mas eu tenho que conversar algo com você. - Diz ela.

CHERNOBYL 3: ØRIGINSOnde histórias criam vida. Descubra agora